Deslize -

Deslize - E você é capaz. Para isso, não se incomode com coisas pequenas, com obstáculos que aparecem do nada, com gente que não vale a pena. Simplesmente leve a sua vida de acordo com os seus valores, seguindo a trilha da sua consciência. Não se deixe levar pela irritação, a raiva; não aceite provocações, não se incomode com a opinião de pessoas mal intencionadas. Não caia nessas armadilhas - é só desgaste e perda de tempo. Agir assim é um desafio diário, mas vale a pena.
- Chuck Palahniuk -

29 dezembro 2007

natalanonovo.com/peruabacaxi



Sexta antes do natal começou o feriadão de 11 dias. Acaba só na quarta depois do ano-novo. Onze dias com todo mundo fazendo muito nada. Maravilhoso.
Eu to dentro. Trabalhei 2 dias no feriadão. Em ambos tinha dormido depois das 3 da manhã. Acordo as 7. Depois aquela dormidinha justa de tarde.
Natal com criança é outro clima né? Muito massa. Um monte de presentes, bolas, bicicletas, cachorros... Aquela gritaria, os pequenos pulando, dançando, se divertindo horrores. Que coisa bem boa. Esse ano foi assim pra mim, fazia tempo. Adorei.

O que nunca muda são as incríveis, estranhas e repugnantes misturas de sabor que acontecem nessa época.
Quando Jesus Cristo nasceu, deram um peru ou uma ave que não existe - chester, tender, etc. - temperado com abacaxis, pêssegos, ameixas pretas e cerejas pra ele. Estas todas em calda, naturalmente. Acho que porque com certeza fica pior ainda do que se fossem frescas. E junto deram farofa temperada com passas de uva, aqueles deliciosos trequinhos pretos, murchos e secos que podem - e muito provavelmente devem - ficar armazenados durante meses ou anos em depósitos de supermercado. Tentaram dar tâmaras também, aquilo que se parece com barata. Mas tiveram que dar pros animais que estavam ali em volta. Parece que nem eles conseguiram comer.
Tudo que era salgado foi regado com uma boa quantidade de fios-de-ovos. De sobremesa inventaram um bolinho com gosto estranho e botaram um monte de frutas cristalizadas - que são piores do que as frutas em calda, e levemente menos piores que as passas de frutas. Chamaram panetone. Alguns anos mais tarde algum gênio resolveu substituir por gotas de chocolate. Eu acho que deve ter sido na páscoa, que em termos puramente gastronômicos, comparando com o natal... não, não ouso comparar.
Tem também as frutas oleaginosas. Aquelas castanhas, de caju, do pará, da índia, as avelâs, nozes, macadâmias, pistache, amêndoas, amendoins e todos esses piriris que têm basicamente o mesmo gosto.
Definitivamente, dia 24 de dezembro é o dia em que mais se come frutas. Particularmente, fujo como diabo da cruz (inoportuno este dito) dessas variações todas e como as frutas. Apenas frutas, como elas vieram ao mundo.

Ainda bem que existe champagne.

Feliz Natal.

18 dezembro 2007

The Neverending Story


Pensar no futuro cansa.

Por isso faz todo sentido o que aprendi há muito tempo e que uso sempre. Antes de dormir, se não estiver conseguindo, pense no passado, só no passado, nunca no futuro.

Pensando no passado a gente só usa a memória (que no meu caso sempre foi escassa). Lembra, relembra, escolhe no que quer pensar. Durma bem.

Futuro? Não se escolhe o futuro deitado debaixo das cobertas à meia-noite. Pensar no futuro cansa. Quando a gente menos espera já ta produzindo, estudando, investindo, malhando, escrevendo, falando, pensando no que falar, planejando, planejando, planejando. Bom dia, hora de levantar.

Uns aconselham viver o presente intensamente. Outros aconselham olhar sempre à frente. Li que temos que escrever nossos desejos e objetivos. Esqueceram de mim então. Todos os dias os objetivos mudam, uma mudadinha pequena nem que seja. Não da água pro vinho, mas eles se incrementam. Os itens de objetivos virariam um texto. E depois um livro. E o livro iria sendo editado todos os dias. Não ficaria pronto nunca. A história sem fim.

13 dezembro 2007

Choose your friends


Sério, os meus amigos são os melhores. E sei que todos acham que são os seus. Mas MUITA gente acha que os meus amigos são geniais. Familiares e internacionais virão depois. Alguns, dos nacionais.

Ala masculina.

O Pedrinho não perde uma, nunca. Ele não dá duas chances pras coisas passarem por ele, é muito engraçado. Sempre diz sim pros amigos, sempre. Faz coisas que todos duvidam e que te deixam de boca aberta olhando. Ele foi pro Peru com o Di e eu sou fã deles por isso. O Diego é louco, coitado, ele passa o dia inteiro correndo pra lá e pra cá, fazendo um milhão de coisas, ao mesmo tempo. E sempre arranja tempo pra ser amigo, pra ser parceiro, de qualquer coisa. De ver um filme dormindo no chão gelado. É daqueles que vai dar uma banda ali no inferno comigo se eu quiser bater um papo com o demônio. O Luquinhas nunca vem pra Porto, ou nunca me avisa, mas ele é o meu ídolo e sabe disso, e sabe também que sempre torço pra que ele esteja bem, em qualquer lugar. Ele sempre foi meu parceiro de tudo quando viajávamos juntos e eu morro de saudades dessa época. Sempre deixou sobrar pra mim uma torrada, do saco inteiro de pão que ele fazia. O Kuki some, não atende o telefone, não responde as mensagens, e cada vez que encontro ele, esqueço de tudo isso e morro de rir de cada palavra que ele fala. Adoro ouvir todas as histórias dele, sobre qualquer coisa, até sobre as inutilidades que ele aprende na faculdade (que acabou de acabar). É um gênio. Me lembro dele absolutamente todos os dias, por qualquer coisa. Deve ser porque ele imita tudo e todos, com perfeição. O Tagor tem o incrível dom de passar uma noite inteira falando SÓ merda. Não sei como ele consegue, mas ele consegue ficar 8 horas contigo e não falar nenhuma palavra séria. Cansa, de tão bom. O Luis não existe. Deus fez ele e perdeu a fôrma (ouvi essa ontem). O Luis é o maior gênio da atualidade, todo mundo mereceria conhece-lo um dia. É uma pena que nem todos possam, eu posso. Passar qualquer tempo do lado dele significa rir muito e ter certeza que eu vou passar um mês sem vê-lo e da próxima vez vai parecer que foi ontem. O Thiago é o que existe no mundo de mais chato. Ele é o fim de metódico, de organizado, de neurótico. Ele conta uma hora e meia de histórias pelo telefone sem respirar. E quando ele vem pra Porto Alegre eu já to morrendo de saudades de ouvir tudo aquilo de novo. Adoro ouvir. Porque um dia ele foi um gurizinho que não gostava de fazer nada, mal gostava de falar, e hoje ele é uma grande pessoa. Joga muito, é famoso e ficou MUITO inteligente, mesmo as vezes parecendo um jogador de futebol. É o meu maior orgulho. O Maso aparece uma vez por ano e é sempre o mesmo mongolão. O mongolão que não tem mais cabelo com 22 anos. Mas que vem lá de Canoas só pra ficar do nosso lado num churras ou outro e fazer parte dessa galera que adora a companhia dele, e ele insiste em aparecer pouco. Eu e a galerinha sentimos falta dele por aqui. O Rodrigo fala, fala, fala, dele. E não tem a mínima idéia de como ta me fazendo bem só de ficar ali falando, contando as coisas da vida dele, as idéias que ele tem e que invariavelmente não duram mais do que 4 ou 5 dias. Ele me atende até dormindo e marca de fazer nada do meu lado amanhã de tarde. Ou de jogar frescobol, taco ou futebol americano no parcão.

Choose your friends - cont.


Ala feminina.

A Paola, a Camila, a Manoela e a Gabi fazem a minha faculdade ficar muito divertida. Rimos até não poder mais, discutimos as vezes, principalmente (na real somente) quando a Manoela ta junto, estudamos quando precisa, e estudamos mesmo. Passamos a tarde inteira juntos e não enjôo um instante sequer. Nunca. Elas são a melhor coisa da PUC. Mesmo enchendo o meu saco do jeito que me enchem, ainda mais a Camila, quando inventa que eu não faço nada (quando na verdade sou eu que faço tudo no fim). A Manoela briga, a Paola grita, a Gabriela ri e a Camila chora. A Ana me deu aulas de inglês. Foram 3 ao todo. Em 3 meses. E ela me abandonou aqui no Brasil por um tempo que eu não sei bem quanto, mas que tenho a sensação de ter sido uns 13 anos. Ela é outra chata, meio anti-social, que eu não sei como as pessoas gostam dela, mas eu sei que eu adoro. Com 1,50m de altura ela consegue ser uma amigona gigante. A Keli não sei nem se ta viva, mas o que sei é o que todo mundo sabe. A petequinha que quer ser a Barbie não perde uma oportunidade de comprar futilidades, de preferência rosa. E quando me vê, me faz ter certeza da amigona que ela é pra mim. Assim como a Lê, morria de ciúmes de mim, era muito engraçado. Mas agradeço sempre. Bom, a é um caso raro. Em algumas épocas, na verdade quase todas, dava pra ver uma nuvem preta de raiva e tensão em cima da cabeça dela. Provas e trabalhos? Fujam, a Lê ta chegando! E eu tinha que ficar ali, ajudando ela a não desmaiar. E ficava com o maior prazer. Ela vai ser minha colega de novo, e eu to adorando isso. Ela é uma irmã e tanto. A Prisci é muito engraçada e me faz rir há 3 anos, praticamente todos os dias que eu me encontrei com ela. Não, eu acho que foram todos. No União ela achava que era minha chefe e tentava mandar em mim. Depois ia visitá-la toda semana, pra almoçar com ela. Ela ainda achava que era minha chefe. Ela sempre tem uma besteira pra falar e me fazer rir. Há muito tempo atrás eu ligava pra ela me queixando e ela ficava ali, só ouvindo. Depois contava que ela tinha um coelho, e que o coelho dela atacava e mordia. Mandaram embora o louco. Também pudera, quem quer um coelho assassino em casa?

04 dezembro 2007

Relax your mind!


Férias galerinha!

Até que enfim. Posso relaxar um pouco na tarde agora.

Sigo no meu estágio de manhã, mas pelo menos tenho um bom tempo livre pra descansar e fazer coisas que o cara fica 6 meses sem nem saber o que é. Dar aquela dormidinha sagrada de tarde? Esquece! Tem que passar o dia inteiro na faculdade. Putz, fiz 34 créditos, e sem as manhãs. Ou seja, passava-se das 14 as 21 naquela PUC. Pesado!

Ficar curtindo uma música? Sim, as 11 da noite, se quiser. Compromissos, consultas, banco? Depois da meia-noite, tem? Ah não, o pessoal do banco trabalha até as 16.

Já pararam pra pensar nisso? Eu penso sempre. Quem é que pode estar num banco as 3 e meia da tarde? Quem não faz nada, quem já ta cheio de dinheiro. Mas esses, na real, fazem suas coisas por telefone com seu gerente. Ah, e abre só as 10!

DEZ horas! –Vou no banco assim que abrir, bem cedinho. Não me espera pro almoço.

Sério, eu acho impressionante. Os caras ficam abertos só no horário que ninguém pode, que ta todo mundo trabalhando pra botar o seu dinheiro ali.

– Ah, mas vai ao meio-dia!

Alguém se atreve? Só cuida pra dar tempo de voltar pro trabalho. A cidade inteira pensou na mesma coisa.

Bom, o que importa é que eu vou ter tempo de fazer tudo o que eu quiser de tarde. Mas a imensa probabilidade é que eu durma a (bem) maior parte do tempo. Isso, na verdade, é o que mais me faz falta durante o ano. Vejo isso quando os professores tão tentando me ensinar alguma coisa e tem um hipopótamo pendurado no meu olho.

Dar uma arejada na mente. Não tem coisa melhor. Com aquele monte de compromissos a pessoa fica sem pensar em si mesmo, esquece que ta vivo e que tem que continuar assim, que tem compromissos consigo mesmo, e que esses sim são os mais importantes. Esses sim são inadiáveis. Faço, não gosto, e não recomendo adiar os compromissos de dentro da gente.

News.

Depois de quase 4 anos eu troquei de telefone (só o aparelho). Ele é muito massa. Botei o olho e quis. Ele tem tudo. O som dele é impressionante.

A mãe voltou de L.A. e me trouxe várias coisas legais. Aliás, muito legais. Várias coisas do Jordan.

Resumindo, coisas novas. Muitas delas. Como é bom.

25 novembro 2007

Tempo, seu juíz!

Sem tempo pra nada!

E eu ria das pessoas quando elas diziam que não tinham tempo pra nada na faculdade...

Pela primeira vez em 4 anos e meio de faculdade posso dizer que ta punk. Um monte de trabalhos pra entregar, mil provas pra fazer. Bah! Corrida a coisa.

Mas só falta uma semana e pouquinho. Depois disso vai dar pra dar uma relaxada de um mês. Que maravilha.

Em janeiro começa tudo de novo.

E aí, meus caros.... só vai faltar um ano pra terminar com isso. Já tava na hora de ter uma previsão.

Mas por enquanto, deixa eu dar uma estudada aqui.

08 novembro 2007

Movies


Já viram Snatch – Porcos e Diamantes? Vejam. Tudo que vai, volta. Olhem pros dois lados.

Já viram Mr e Mrs Smith? Vejam. E dêem uma segunda chance. Ah, e aproveitem Angelina Jolie e Brad Pitt.

Já viram Prenda-me Se For Capaz? Vejam. E aprendam. Apenas aprendam. Observem.

Já viram Little Miss Sunshine? Vejam. E prestem atenção no vovô.

Já viram À Procura da Felicidade? Vejam. E acreditem sempre. Lutem.

Já viram O Gladiador? Vejam. Não desistam nunca.

Já viram Clube da Luta? Vejam. E se livrem de futilidades. Vivam bem, com simplicidade. Façam o que têm vontade.

Já viram Tropa de Elite? Vejam. E não matem mais pessoas dando dinheiro pra essa merda.

Já viram Cidade dos Anjos? Vejam. E dêem valor pra todos os seus sentidos. Amem quem quer que seja. Mas amem.

Já viram A Outra História Americana? Vejam. As vezes um pouquinho de ódio faz bem, abre os olhos.

Já viram Cidade de Deus? Vejam. E continuem não matando gente.

Já viram Piratas do Caribe (os 3)? Vejam. Não se pode confiar em todo mundo. Aproveitem pra dar boas risadas com Jack Sparrow.

Já viram Ray? Vejam. E aproveitem bem suas oportunidades. As usem para o bem.

Já viram Click? Vejam. E preste mais atenção na sua vida e na dos outros. E o que você faz delas.

Já viram Trainspotting? Vejam. E escolham a vida.



- “Quantas crianças nós vamos perder para o tráfico para que um playboyzinho possa fumar seu baseado?” – Tropa de Elite -

- Acreditem em anjos. Eles existem.

02 novembro 2007

Absolut Money




















Não é meu esse
texto. Gostei bastante quando li. Umas boas palavras pra serem lidas e seguidas. Vale a pena. Ou deve valer.
Fala do Brasil. Mas tomo a liberdade de generalizar. Mesmo achando que em Serra Leoa não seja muito facil ganhar dinheiro, ainda defendo que pode ser em quase qualquer lugar.
Fala de margens de idade. 20 anos, 40 anos, 50 anos. Tomo a liberdade novamente de generalizar. Apesar de achar que com 75 anos é um pouco mais dificil de acumular alguma riqueza, ainda penso que qualquer idade é idade de garantir um futuro (por mais próximo que possa ser) mais tranquilo e confortável.




Como Acumular Riqueza

Apesar de muitas pessoas dizerem que não é fácil ganhar dinheiro no Brasil, tenho certeza que mais difícil ainda é poupar e acumular riqueza. Ouso-me a dizer que ganhar dinheiro é fácil, talvez ganhar muito dinheiro não seja tão fácil assim, mas ganhar dinheiro é relativamente simples perante a dificuldade das pessoas em poupar. O exercício de somar todo dinheiro já ganho na vida pode muitas vezes até ser motivo de depressão para alguns, mas demonstra o volume financeiro que passou pelas nossas mãos e foi parar no bolso de outros, quando poderia estar servindo de garantia para um futuro mais tranqüilo.

Dos 20 aos 40 anos é o período onde os profissionais possuem a maior capacidade de ganhar dinheiro através de seu trabalho, coincidentemente acaba sendo também o período onde acabam gastando mais, adquirindo bens e comprometendo-se com financiamentos a perder de vista. A partir dos 50 anos a curva de rendimento se inverte, a capacidade de gerar ganhos através do trabalho começa a reduzir-se e é a hora onde os ganhos gerados pela remuneração do capital acumulado devem começar a compensar. Mas isto só será possível para aqueles que souberam acumular riqueza em seu período atividade profissional plena.

Acumular recursos inteligentemente significa ter disciplina, fazer planejamento e conhecer investimentos. Ter disciplina nada mais é do que abrir mão de um consumo imediato para regularmente reservar uma parte dos ganhos para a poupança. Neste caso poupança não possui relação com a forma de investimento mais conhecida pela população, a famosa caderneta de poupança, mas sim com o fato de possuir dinheiro guardado através do ato de poupar. Já o planejamento é essencial para sabermos onde queremos chegar, é necessário programar-se, sabendo quanto pretende ter poupado dentro de um ano, cinco anos ou dez anos. Definindo também quanto pretendo ter para me aposentar de forma tranqüila sem perder padrão de vida. E por fim de nada adianta possuir disciplina e planejamento se as pessoas não souberem de que forma multiplicar o dinheiro poupado. Neste momento a escolha de um bom investimento é essencial para possibilitar uma aposentadoria sem surpresas e com o padrão de vida desejado.

28 outubro 2007

Family Guy















Fui questionado por minha irmã sobre os meus medos.
Respondi a ela. Sobre ela.



Meio paradoxal, mas a verdade é que: Meu medo e minha vontade de ser quando crescer eram a mesma coisa. No caso, a mesma pessoa. Pelo menos uma delas. A Renata! É, eu me pelava de medo da Rê e, apesar de encher muito o saco dela e começar com brincadeiras de lutinha, sabendo que aquilo acabaria em mais uma sessão de pancadaria (dela sobre mim, sempre), eu fazia igual tudo isso e me pelava de medo igual. A Rê jogava vôlei e fazia musculação acho que já com uns 10 anos, não podia alguém dar um soco no braço tão forte. E eu era um anão magricelo. Machucava demais. As vezes ela partia pra ignorância e dava tapas na cara e chutes naquele lugar, mas isso não era sempre, só em momentos extremos (como o dia em que ela tava deitada com febre e eu enfiei os 4 pés de uma banco nela). Eu tinha muito medo da Renata.

O fato é que eu queria ser ela quando crescesse, claro que com barba, cabelo curto e uma outra porção de hormônios que mudariam muita coisa. A Rê jogava vôlei pra caramba, pena que era anã. Queria fazer aquilo, e por muito tempo consegui inclusive ser o anão do time. Eu não via a Rê estudar e ia bem no colégio. Sempre fiz o mesmo, mas anos depois descobri que ela estudava sim. O que os olhos não vêem o coração não sente não é mesmo? A Rê conseguia vários arregos em tudo, ela conhecia muita gente. Consegui, ou melhor, ela conseguiu grande parte pra mim. A Rê jogava futebol tri bem. Eu sentia que isso seria importante pra minha vida por mais que não gostasse, um homem tem que saber jogar bola. Frustrante! Até os 22 ainda não consegui, e agora com ela longe então, ta ficando cada vez mais difícil. Mas quer saber? Não faço questão. Joga futebol quem não sabe fazer outra coisa. Desculpem a crítica. A Rê sempre ganhava jogando Lince, Diga Logo e Jogo da Vida, ela era muito inteligente. E essa eu até já passei dela (risos).

Tirando outro medos, como de aranha (que me cago até hoje), do psicopata (que não aprendi “quem” era exatamente durante muito tempo, mas não dormia só de ouvir falar), dos cintos da mãe (que eram divididos em cores conforme a dor que ele causaria, onde o vermelho era o pior de todos) e mais alguns por aí, tinha medo da Renata. Não pensava muito em quem seria quando crescesse. Não sei bem porque, mas não pensava muito nisso. Alguém que pudesse dormir mais de 17 horas por dia, talvez...


PS1. Não, a mãe nunca encostou em mim com seus cintos. Apenas ameaçou. Era o suficiente.

PS2. Sim, tenho muito medo de aranha até hoje. Seja ela do tamanho que for.

PS3. "PS" não é Play Station. Eu odeio videogame.

22 outubro 2007

Reflection

É incrível como o desuso faz a capacidade de qualquer coisa diminuir.

Mil anos que não escrevo. Mil anos que não me expresso assim, desse jeito, que pra mim é o melhor jeito de todos.

O fato é que a vida dá mil voltas e as pessoas mudam como se nunca tivessem sido outras totalmente diferentes. E eu sempre disse o contrário. Dizia que as pessoas não mudavam, que, a menos que realmente se esforçassem e vissem que aqueles não eram os melhores valores, ou pelo menos mais adequados à sua vida, elas não deixavam de ser de uma maneira para serem de outra diferente. Defendia com unhas e dentes a idéia de que quem fez, fará, e de que quem foi, será.

Vem de berço. Sim, grande parte de tudo que pensamos e sentimos vem do colo da mãe e dos braços do pai. Mas não tudo. As pessoas vivem cercadas de outras pessoas, elas interferem nas vidas umas das outras o tempo inteiro. E é aí que aparecem as mudanças. Muita gente influencia na nossa vida e a gente nem percebe, até que se dá conta que mudamos. Mudamos para melhor, mudamos para pior. Mas quem sabe o que é pior e o que é melhor? Melhor pro João, pior pro José. Melhor pra mim, pior pra ele. O meio passa nos influenciando e nos dizemos pouco ou nada influenciáveis. O que as pessoas pensam, o que elas falam, tudo nos toca, tudo nos pede uma resposta, mesmo que em silêncio.

Quero falar da minha família, quero falar dos meus amigos, quero falar de todo mundo que eu amo. Surpresa, eu falo de mim o tempo inteiro. Sou um deles, sou como eles, tenho parte deles em mim, sou parte deles e eles são parte de mim. Somos uma mescla de valores que nossos pais e nossos meios nos deram. Ajo como o pai do meu melhor amigo agia quando tinha 10 anos e nem sei o que ele fazia ou onde vivia. É sim, gerações são influenciadas por outras, filhos são influenciados por pais e os amigos pelos amigos.

Aprendi muita coisa nos últimos tempos. Os 50 anos em 5 do JK se fizeram dentro da minha cabeça. Cresci como nunca, aprendi como nunca, mudei como nunca. Idadezinha chave essa, eu sei, mas a coisa saiu do controle. Muita novidade, muita coisa nova pra pensar e decidir. Muita informação pra assimilar. E isso resulta numa baita mudança de valores. Idéias que me regiam, hoje passam por obsoletas. Velharias que têm de ficar guardadas num baú antigo de madeira e cadeado.

O que você não entende pode significar qualquer coisa.

19 outubro 2007

Deslize!

Deslize - E você é capaz . Para isso, não se incomode com coisas pequenas, com obstáculos que aparecem do nada, com gente que não vale a pena. Simplesmente leve a sua vida de acordo com os seus valores, seguindo a trilha da sua consciência.
Não se deixe levar pela irritação, a raiva; não aceite provocações, não se incomode com a opinião de pessoas mal intencionadas. Não caia nessas armadilhas - é só desgaste e perda de tempo.
Agir assim é um desafio diário, mas vale a pena.

"Sei disso porque Tyler sabe."

- Chuck Palahniuk –

15 outubro 2007

Advice


Aquele filmezinho bem conhecido do filtro solar aconselha as pessoas a morar em NY e em LA. Eu, no auge da minha audácia, faço o mesmo. Aconselho a morarem em algum lugar desse mundão por algum tempo. Mas não digo pra morarem em Dubai, no topo do hotel em forma de vela, nem dentro do Coliseu, ao lado de tigres e gladiadores. Digo que todos deveriam morar algum tempo na serra. Mais especificamente na serra gaúcha. Gramado, Canela, Nova Petrópolis... onde quiserem. Essa região transmite uma paz inigualável. É tudo bonito, é tudo novinho, é tudo pequeno e acolhedor.
Em época de movimento fica bem cheio, mas dá tranquilamente pra aproveitar só o lado bom disso, ao passear na rua coberta de Gramado de tardezinha, ou comer na Toca da Bruxa em Canela, num sábado de noite, quando aquilo tá cheio de criancinhas correndo pra lá e pra cá e se divertindo com bruxas e palhaços que ficam dando voltas com um potão de bala e pirulito. No cardápio tem até Joãozinho. Sim, ele está dentro de uma gaiola bem grande, só esperando o dedo engordar. Nessa época ta cheio de gente bonita e carros bonitos pra serem vistos por lá. Jogar um boliche e depois esticar por lá mesmo, ouvindo uma musiquinha e tomando alguma coisa. Praticamente tudo vale a pena na nossa serra.
Em baixa temporada, aproveita-se demais, e os lados bons crescem exponencialmente. Curtir aquele monte de lugares bonitos lendo e tomando um chimarrão. Dando uma caminhada no sol e comprando chocolates e mais chocolates. E melhor, tudo mais barato. Ficar em casa jogando conversa fora na frente do fogão à lenha. Comendo um pinhão largado de qualquer jeito ali em cima mesmo.
Na nossa serra o custo de vida é bem mais baixo. Na real como praticamente qualquer outro interior. Mas tendo em vista um monte de coisas maravilhosas que tem lá, o custo/benefício é maravilhoso. Morem na serra gaúcha. Mas acreditem no seu dermatologista quando ele fala sobre o filtro solar.

10 outubro 2007

ABSOLUT ME




Começar
Iniciar
Principiar
Encetar















Encetar? Essa palavra existe? Pois eu achei. Ela tem até conjugações. Todas elas.
Bom, enceto aqui (eu enceto, tu encetas, ele enceta, nós encetamos, vós encetais, eles encetam) um desses blogs que as pessoas falam de si e de coisas que pensam. De si, das coisas e dos outros. Especialmente das coisas. Seja lá o que for "coisas".