Deslize -

Deslize - E você é capaz. Para isso, não se incomode com coisas pequenas, com obstáculos que aparecem do nada, com gente que não vale a pena. Simplesmente leve a sua vida de acordo com os seus valores, seguindo a trilha da sua consciência. Não se deixe levar pela irritação, a raiva; não aceite provocações, não se incomode com a opinião de pessoas mal intencionadas. Não caia nessas armadilhas - é só desgaste e perda de tempo. Agir assim é um desafio diário, mas vale a pena.
- Chuck Palahniuk -

30 maio 2008

Missing you!

Saudades da minha mana...
Ainda bem que logo ela vem me visitar. Nao vejo a hora.
É sempre tri bom quando ela vem ou eu vou, a gente faz varias coisas legais juntos. Conversamos bastante, lembramos várias coisas da nossa infância, rimos um monte.
Vai ser massa.

07 maio 2008

É CAMPEÃÃÃÃO!!!

E fiquei sumido. Desaparecido pra todos e pra mim. Recluso num sonho.



Esse sonho foi realizado no domingo dia 20 de abril. Por volta do meio dia eu vi o Thiago ser campeão da Superliga em pleno Maracanazinho, no Rio de Janeiro. O dificil é achar um adjetivo pra descrever aquele momento. Só posso dizer que foi uma das coisas mais emocionantes que eu já presenciei na minha vida. Foi incrível, foi lindo, foi nervoso, foi cansativo, foi equilibrado, foi mágico, foi desgastante, foi merecido e, com a certeza da ajuda de um anjo da guarda, foi divino, celestial, angelical. Foi simplesmente inesquecível.


O jogo começou com toda aquela pressão em cima dele, que ja vinha ha algum tempo, por causa do fundo de quadra. O tão falado e cobrado fundo de quadra. 4 toques na bola depois... rua, banco. Entra Kid, sai Thiago. P... que pariu! Ali de fora fiquei muito brabo. E ja tinha avisado que eu ia xingar sim, quem quer que fosse, mesmo sendo do time de Floripa. Eu tava ali pra torcer pro Thiago, e era ele que eu queria ver e ver ganhar. Bom, não deu nem tempo de ele entrar no jogo direito e ja teve que sair. Me sentei. 4 toques na bola depois... e o Kid seguia em quadra. Esse cara joga muito, é experiente pra caramba, tem a manha, sabe jogar. Mas o Thiagão é o melhor atacante do time e do mundo. Técnico burro! Vá lá, o set acabou, perdemos, óbvio. Eu avisei, não me ouviram. Ah, a torcida ali em volta ouviu sim.

Segundo set começou, eu sentei e pedi que o anjo da guarda iluminasse o Thiagão. Disse que ele merecia e que essa era a hora. Aquela era a hora das coisas darem certo, como tem que ser, como vem dando pra ele nos ultimos anos. Mais ou menos no meio do set, entra o camisa 10 em quadra. Pronto, temos chance de novo. Do outro lado botaram o gênio deles, Nalbert. “Duelo de gigantes”, eu disse. Dito e feito, jogo equilibrado, era lá e cá o tempo inteiro. Set nosso.



Terceiro set, começa o show. Era dos três, era na rede, era na ponta, era na saída... A partir daí ninguém mais segurou o Thiagão. Kuki avisou, com aquela entonação que não se sabe mais se é dele ou do Galvão Bueno: “Brilhou! A estrela de Thiago brilhou!” No meio do set minha garganta ja doía, eu ja tava todo suado, jogando junto. Quando via, eu tava em posição de defesa, pronto pra botar pra cima. Vinha o Negão e dava nela. AAAAHHH!!! Ele vinha e vibrava com a gente, pra gente. Apontava pra nós como se quem dissesse: “Isso aqui é pra vocês!” E era mesmo. De manhã cedo, antes do jogo, ele ja tinha dito, e não era a primeira vez. Estávamos lá, com nosso amigo, nosso ídolo, nosso irmão. Por dois pontos, como no primeiro, perdemos. O Minas jogou muito.
O quarto set foi uma aula. O Thiago mostrou porque é o melhor jogador do mundo. Virou bola de tudo que é jeito, defendeu, bloqueou... Bom, a essa altura eu já tava em outro mundo. Podia o Papa me chamar que eu não ia nem ouvir. Eu só agradecia. Na minha época aprendi que podíamos perder, mas tínhamos que jogar. E o Negão já tinha jogado, já tinha mostrado toda a moral que ele tem nesse país. Mas eu cresci competidor, e aquilo alí era vôlei. Não tem empate e a derrota, ali, não me adiantava. Esse era o ano de ele ser campeão do Brasil. Não descansei um segundo sequer, não sentei um segundo sequer. O fim do set foi chegando, o placar tava muito aberto, ja dava pra ver que o set era nosso. O sonho do titulo voltava a ser muito claro na minha cabeça, quase certo. Tinha um pequeno medo sim, Nalbert como adversario não é bem assim, nao se pode esperar jogo entregue. Mas vou confessar aqui, em alguns momentos ja me veio a imagem da comemoração, do Thiagão vindo comemorar com a gente, da galera gritando, pulando, se abraçando. Fechou 25 a 15. Uma aula.
Parafraseando Kuki-Galvão: Haja coração! Agora era o 5º e ultimo set. Era um tie-break em pleno Maracanazinho, com 11 mil pessoas gritando. Aquele nervoso que até o jogador mais experiente de todos sente nessa hora, os rostos das pessoas eram assim, extranhos, com dúvida, ansiosos, nervosos. Eu ja gritava com toda a força e mal saía voz, eu pulava como uma criança, jogava como se tivesse em quadra, vibrava como... ia dizer agora “como final de copa do mundo”, mas com toda certeza era muito mais do que isso. Nesse meio tempo teve bloqueio do Thiagão sozinho e a comemoração era com a gente. Teve bolada no peito do Nalbert e a comemoração silenciosa, concentrada. Isso era superioridade. Ha dois pontos de fechar o jogo, com uma vantagem de 5, Minas faz 3 pontos seguidos, dando aquele velho susto na galera toda. Mas nao era aquele dia que o Thiagão ia deixar isso acontecer. Desde os 13 anos que eu sei que nessas horas é bola pra ele. Ele só olha pro levantador e avisa, sem nenhuma palavra, que a bola é pra ele que ele vai decidir. Dito e feito! Bola na ponta e o Negão fecha o jogo. 5X2. A bola cai no chão, ele sai correndo e, em menos de 1 segundo, vira pra nós e sai correndo. Aquilo alí era a maior alegria que eu senti nos últimos tempos. A emoção era muito grande. Ele agora é campeão da superliga, é campeão do Brasil. Eu, o Kuki, o Pedrinho e o Tagor descemos até ali e abraçamos ele muito, ele merecia. Ele merece.










Uma breve descrição de algo indescritível. Uma sensação de dever cumprido, de sonho realizado. Obrigado Thiago.