Deslize -

Deslize - E você é capaz. Para isso, não se incomode com coisas pequenas, com obstáculos que aparecem do nada, com gente que não vale a pena. Simplesmente leve a sua vida de acordo com os seus valores, seguindo a trilha da sua consciência. Não se deixe levar pela irritação, a raiva; não aceite provocações, não se incomode com a opinião de pessoas mal intencionadas. Não caia nessas armadilhas - é só desgaste e perda de tempo. Agir assim é um desafio diário, mas vale a pena.
- Chuck Palahniuk -

18 agosto 2008

My sister, my friend!


Aquelas ligações que ninguem consegue explicar.
Eu tenho muita saudade da minha irmã. Muita mesmo.
Faz muita falta a presença dela. Ela fazendo suas cagadas, ela irritada em TPM, ela deixando a torneira aberta e a luz ligada, ela dizendo que vai fazer algo e no fim acabar dormindo, ela dormindo a cada minuto que pára, ela nao largando aquele computador dela... Faz muita falta.
A Renata disse que eu sou o anjo da guarda dela aqui na terra. E sou mesmo, sou porque cuido dela como o meu tesouro mais valioso, que ela é. Ela é o meu anjo aqui na terra tambem, e temos isso desenhado no nosso corpo.
A Re me da saudade a cada momento triste que tenho aqui, a cada alegria que tenho aqui, a cada vitória que tenho aqui. Ela me da saudade todos os dias.
Eu tenho certeza que o lugar dela é na Califórnia, e isso nao me atrapalha, isso nao me entristece. Eu escuto as nossas musicas e lembro que a energia dela ta aqui do meu lado, eu olho a lua e lembro que o pensamento dela ta aqui comigo, eu sinto vontade de chorar e sei que ela ta ali, a uma ligaçao de distancia pra me ajudar.
A gente tem um monte de musicas que são as nossas musicas. Vários momentos com as músicas, várias letras de música que nos une, várias lembranças legais com músicas. E não é nem um pouco por acaso que respiramos música. Ela até foi trabalhar com isso. Eu não trabalho com música, mas vivo com música. Vivo de música, assim como a minha Rezinha.
A Re é daquelas irmãs que todo mundo gostaria de ter. E sei que tem muita gente que acha isso tambem, muita gente nos tem como algum tipo de exemplo de amizade entre irmãos. Isso é muito legal.
Eu me orgulho dela todos os dias, eu admiro ela muito. Ela me ajuda e deixa ser ajudada por mim. Ela fala bem de mim pras pessoas e sabe que eu falo bem dela tambem. Aliás, a gente acha que ninguem nos aguenta quando um começa a falar do outro. - A Re é isso, a Re é aquilo, a Re faz isso, a Re faz aquilo, ela já fez isso e aquilo, ela pensa assim e assado, ela é assim e gosta disso e daquilo... bla bla bla bla bla. Eu teria vontade de dormir me ouvindo falar dela. Mas até que respeitam. As vezes acho até que admiram, vai saber.
Quero que a minha irmã seja muito feliz no lugar que ela escolheu pra morar e fazer o que ela gosta de fazer. De vez em quando eu vou e de vez em quando ela vem. E pro tamanho da nossa ligação, isso basta. A gente consegue fazer bastar.

"We fussed and we teased, had fights and had fun, and always in my heart i knew i would do anything for you. You can never know how proud i am to tell the world, 'That's my sister', but i'm even prouder to say, 'That's my friend'."

08 agosto 2008

Uruguaiana - RS - Brasil


E assim começou a viagem pra Uruguaiana, fronteirão da gauchada. Bem gaudério, nao se pode ir até lá sem estar com o mate na mão. Claro que se corre o risco de ser multado, mas é necessário.
Rumo à casa da Gabi e sua família maravilhosa, que viríamos a conhecer.
Dudi, Paola, Camila e Gabi partiram cedinho da manha de uma quarta-feira.



De fato, a visibilidade não era boa. Isso porque a chuva apertou logo aqui pertinho. Mas o terço da Paola, ao mesmo tempo que dava uma atrapalhada na visão, nos protegia, enroladinho ali no espelho.

Caminhão é o que não falta e, sabendo que demoraríamos algum tempo fazendo compras em Rivera, umas 15 horas até nosso destino era o esperado. Quando a chuva dava uma trégua, o barro no vidro secava e a falta de água no reservatório do carro fazia realmente muita falta.


Mas enquanto nao tinha trégua não tinha barro.

Calibrar os pneus, lavar o vidros e completar o reservatório do limpador do vidro.

Parece que existe sol no caminho da fronteira. E ele andava querendo dar as caras.


Na saída do posto deu até pra parar o carro, descer e tirar um foto pro meu vô, que adora essa cidade aí. Tentei ligar pra ele de lá, mas não consegui.

Vôqui! Essa é pra ti! Grandes cidades do nosso querido estado gaucho.



Mas era só uma trégua. Da chuva e do pneu.

Frio, chuva, borracharia com aquele tanque-viveiro-de-dengue e pôster de mulher pelada antigo, ou mulher antiga pelada.



Bom, tudo passou, passamos por tudo e, depois da tempestade, de toda aquela água, achamos, naufragado em Rivera, o Wilson. Queria que Chuck Noland estivesse lá pra ver que seu melhor amigo ainda está vivo. Ilhado, no Uruguai.

Fizemos uma gritaria tão grande quando o vimos que o pessoal da loja levou o maior susto do dia deles, depois nao conseguiam mais parar de rir. Nem nós.

Deixamos o Wilson lá com a esperança de que Chuck vá resgatá-lo.

Naquele antro de coisas boas e baratas pra comprar já dei uma boa turbinada no meu bar e na minha adega.


Seguimos até Uruguaiana. Aí começou um fim de semana nota um zilhão, cheio de lugares legais, lugares bonitos, coisas interessantes pra se fazer, pessoas legais pra se conhecer.


Tem um pôr-do-sol lindo no Rio Uruguai. A gente vê o sol indo dormir ali do outro lado, na Argentina. É muito legal.


Com direito a barquinho pra foto e tudo.


A boa e velha praça da cidade do interior. Só que essa é a melhor boa e velha praça de cidade do interior que eu já vi.

Tem um café muito massa dentro dela. As pessoas sentam ali, lêem o jornal, tomam um bom capuccino e ficam batendo papo, em plena praça. É super agradável. Foi uma das coisas que eu mais gostei de lá.

Um mate sentado num dos vários bancos virado pra uma das quatro esquinas, olhando o movimento e conversando. Agradabilíssimo.

Tem várias pessoas famosas na praça. Aproveitei pra tirar uma foto com nosso glorioso Getulio Vargas. Achei válido. Tinham uns outros caras famosos, mas nem tão famosos assim. Não que eu conhecesse.


Essa é a ponte que atravessa o Rio Uruguai e liga Uruguaiana-Brasil com Libres-Argentina. De noite, bem no meio dela, as lâmpadas dos postes de luz mudam de cor, indicando que bem alí é outro país.

Essa vista aí é muito bonita, tiramos várias fotos nesse lugar. Até pedrinha n'água eu joguei. No momento meu esporte preferido.

Se bem que posar pra foto foi bem divertido tambem. Eu queria dar uma volta nesse barquinho, mas não me deixaram. Ele se chamava "morena".

Pois bem, atravessamos a ponte. Paso de los Libres.

Reforçar a adega...


Comer uma boa carne e tomar uma Quilmes no Cassino...

E jogar uma boa sinuquinha com essa galera maravilhosa.

Gabi, meu muito obrigado pelos 5 dias que tu nos proporcionou. Foram muito divertidos.

Vou agradecer sempre esse dias de coisas tão boas e pessoas tão boas.
Tua família é o máximo e tudo que tem dentro dela também.

Casaria de frente pr'aquele pôr-do-sol.







06 agosto 2008

Free hug!

Frouxidao dos abraços. Ta aí uma coisa que eu sempre notei nas pessoas. Os abraços são coisas que falam sem voz. Eles dizem muita coisa. Abraços longos, apertados, frouxos, rapidos, distantes, proximos, com sorriso, sem sorriso (sim, a gente sabe quando tem um sorriso atras de nós quando abraçamos, tipo aquele lance de sorrir ao telefone)... Eu sempre pensei nisso. Eu sempre senti os abraços, sempre soube o que tinha por tras daquele ou daquele outro abraço. Mais ou menos assim: dê-me um abraço e te direi o que sentes. Viagens do Eduardo talvez. Talvez não.


Veio desse texto do Luis Fernando Veríssimo:

"Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no Outono. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência. Porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Para os erros há perdão; para os fracassos, chance; para os amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando. Porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu."