Deslize -

Deslize - E você é capaz. Para isso, não se incomode com coisas pequenas, com obstáculos que aparecem do nada, com gente que não vale a pena. Simplesmente leve a sua vida de acordo com os seus valores, seguindo a trilha da sua consciência. Não se deixe levar pela irritação, a raiva; não aceite provocações, não se incomode com a opinião de pessoas mal intencionadas. Não caia nessas armadilhas - é só desgaste e perda de tempo. Agir assim é um desafio diário, mas vale a pena.
- Chuck Palahniuk -

28 dezembro 2009

Engel


E a isso se dá o nome de sentir.
E sentir é a mais sublime das coisas da nossa vida. Talvez porque não escolhemos fazer isso.
E sentir-se bem é divino. E sentir-se triste é gracioso.
A tristeza só existe porque existe a felicidade. Uma não existe sem a outra. Se nunca tivermos uma, nunca teremos a outra.
Eu tive a felicidade maior da minha vida. Anos de companhia. E depois tive a tristeza maior da minha vida. Anos de dor. Infinitos anos de dor. Mas esses infinitos só existem porque existe um infinito sentimento de felicidade. De amor.
E amar é sentir, mais do que qualquer outra sensação.
Dividir, viver os mesmos momentos. Viver os mesmos momentos juntos ou separados. Sentir juntos. Estar juntos. Sorrir. Sorrir e não conseguir parar mais.
Rir. Rir e não conseguir parar mais. Mesmo sem olhar. Mesmo sem saber talvez.
Sentir juntos. Raiva, ódio, amor, paixão, tristeza, alegria, euforia, saudade, desprezo, calma. Dividir sentimentos.
E a isso se dá o nome de sentir. Sentir de verdade. Se duas pessoas vêem algo, aquilo, de fato, existe. Se duas pessoas sentem algo, aquilo, de fato, une.
União. União. No meu coração, na minha coragem.
E é quando um anjo da guarda de verdade vive em um destemido de verdade.

17 dezembro 2009

Review


Tava trocando de roupa quando lembrei de umas manias minhas que tinha escrito aqui no início do ano. Lembrei porque não consegui mudar a ordem de me despir e me vestir, como havia descrito lá.
Fui ler o texto.
Qual não foi minha surpresa quando percebi que era praticamente tudo igual.
(“Qual não foi minha surpresa quando...” totalmente sem nexo essa expressão né?)

Bom, vou uma a uma, veremos:

Tirar a camiseta antes da calça – Eu NÃO CONSIGO fazer diferente. Tentei hoje, mas não consegui. Acho que não suporto a idéia de ficar de camiseta e cueca.
Vestir a calça antes da camiseta – É o mesmo princípio. E sabe do que eu me lembro? Do Tom Cruise num filme, talvez Cocktail, de camiseta branca, cueca (não, eu não lembro a cor da cueca do Tom Cruise) e óculos escuros. Acho que ele tava de meia e escorregava. Cena bizarra. E imagino também um tiozão na praia, não na beira, tipo numa calçada passeando com a família, com uma camiseta branca escrito algum nome de praia chinela aqui do Brasil, de sunga e pochete. Com essas duas visões do inferno, talvez seja plausível o fato de eu ficar sempre de calça e sem camiseta e não de camiseta e sem calça.
Tirar e guardar os tênis amarrados – Basicamente igual, ainda não os desamarro. Tirando o fato de que a palavra “guardar” aqui passa a ser usada cada vez menos. A maioria dos meus tênis estão aqui do lado de fora me olhando.
Cozinhar ouvindo música – Exatamente igual. Creio que isso será eterno, só vão se atualizando as músicas. Hoje acredito, inclusive, que a boa música tem grande influência no tempero da comida. Experimente fazer um risoto ao som de “seu guarda eu não sou vagabundo, eu não sou delinquente, eu sou um cara carente...”.
Comer vendo TV – Tenho estado cada vez menos tolerante com televisão, mas um bom seriado americano com o típico humor idiota americano tem seu valor.
Dormir logo antes e/ou logo depois do almoço – Tenho feito bastante, e isso é uma dádiva, uma das minhas maiores alegrias. O logo antes tem significado “ATÉ logo antes” em alguns dias. Maravilha.
Ler deitado na rede, no verão, depois do almoço – Estamos entrando no verão. Veremos. É uma das coisas que mais espero, deve se confirmar. Ainda mais com a pilha de livros que ainda tenho pela metade.
Camiseta toda branca – Elas só se somam no meu armário. Com uma costura a mais ou a menos no ombro, a Hering vem me vestindo ao longo do tempo. As vezes uma mancha. Compro duas.
Musica alta dirigindo – Continua ali. Só sei que preciso me acalmar no trânsito, talvez falte um pouco de volume.
Celular no bolso direito – Deus me livre, acho que caio no chão se tiram ele dali. Juro que já tentei. Impossível.
Documentos e dinheiro no bolso esquerdo – Uso mais o cartão hoje em dia. Acho que se não tiver ali, eu ligo pro banco e bloqueio ele antes de procurar no bolso direito.
Beber somente água durante a refeição – Agora ela já pode vir acompanhada de um bom vinho.
Dar um (bom) intervalo entre refeição e sobremesa – Acho que deixa de ser nomeado sobremesa, e sim um doce no meio da tarde ou da noite. E o cafezinho então, que fique bem longe das refeições, tornou-se laxativo quando de sobremesa. Vai entender.
Dois travesseiros e duas almofadas pra dormir – Quantidade igual, mas qualidade superior. Meu travesseiro da NASA abraça minha cabeça e induz o sono. Isso é bom de noite, de manhã nem tanto.
Sentar no sofá, com os pés pra cima, logo após o almoço – Bah, e cada vez mais quero fazer isso. É um prazer inenarrável. Não dá pra imaginar um lugar pra mim que não tenha onde colocar os pés depois do almoço. Não consigo entender as pessoas que acabam de comer e vão lavar a louça correndo. Aliás, é com muito esforço que consigo entender aquelas que simplesmente lavam a louça.
Esperar muito tempo pra dar a primeira garfada ou mordida – Acho que essa foi a única que mudei mesmo. Na verdade nem me lembro mais de ser assim. Onde já se viu! E a fome, fica onde?
Cabeça inclinada pra direita – Tento reposicioná-la, quando lembro. Pena isso acontecer uma vez a cada duas semanas mais ou menos. Talvez fazendo RPG. Tenho desconfiado que meus olhos e o horizonte não estão bem alinhados, talvez seja isso.
Roupa confortável – As vezes tenho usado um tênis da Adidas que é mais bonito do que confortável. Dói o calcanhar e as costas e eu fico reclamando, ele não tem amortecimento. Mas sigo usando, eu gosto dele. De resto é só conforto. Minhas camisetas brancas da Hering e minhas bermudas de basquete que o digam.
Perna cruzada – Algumas pessoas dizem pra eu descruzar, que é de mulher. Não dou ouvidos. Eu gosto, e faz muito tempo que gosto. Conforto né, sempre. Se for depois de comer, de lado na cadeira então... esse sou eu.
Musica no quarto, na sala e no ouvido – Musica SEMPRE. Quero acrescentar no banheiro tambem, mas duas vezes estragou o aparelho por causa da umidade. E não tem na cozinha porque ela é junto com a sala e boto o som bem alto.
Camiseta curta por cima da comprida – E tenho dado uma atenção especial pras compridas, puramente, tambem. Mas é pensando nas sobreposições que tenho quase todas as cores de camiseta lisa. Confesso a fonte: A Mexicana (2001).
Computador na cama – Aqui e agora. E não gosto daquelas almofadinhas/mesinhas especiais pra isso.
Shampoo na cabeça – sabonete pelo corpo – água no corpo – água na cabeça – Diminuí o tempo do shampoo na cabeça, aprendi que não é bom. Somei o sabonete especial pra lavar o rosto, logo após passar o shampoo.

Minhas manias, ao invés de mudarem, foram se fortalecendo com o tempo. Hoje elas tem explicações quase que científicas.
E o pior é que na cadeira onde eu jogo minhas roupas, eu gosto de deixar a camiseta por cima da calça, pra não amassá-la. Mas tirando ela antes, isso se torna complicado. Preciso de mudanças. Urgente.

05 dezembro 2009

Falando em monogamia...


Comprei os 3 livros do José Pedro Goulart. Ele é paciente lá da clínica e eu adoro conversar com ele e ouvir as idéias dele sobre tudo. Sobre tudo. Acho ele genial.
To lendo o primeiro, chama “Confissões de um Comedor de Xis”. Uma das crônicas chama Monogamia, bem como falei a pouco aqui.
Os outros dois livros se chamam: “Minhas Certezas Erradas” e o último “A Voz que se Dane”.

Tá na mão:
“Eu lembro bem daquele dia. Como poderia esquecer? Três amigos e eu subíamos a rua da minha casa conversando, bola de futebol debaixo do braço. Acho que eu tinha uns oito anos. Subitamente alguém fez a revelação que me deixou atordoado. Me disseram, e eu fui obrigado a acreditar tal a evidência do fato, que a minha mãe havia feito sexo com o meu pai. Quanto mais eu negava, mais eles apontavam para mim como sendo a prova definitiva. A minha própria mãe! A idéia de que havia infidelidade no mundo tinha sido cravada no meu coração feito uma estaca de vampiro.
Assim que esse é um assunto que sempre me inquietou. Não, não o da minha mãe a quem, aliás, eu já perdoei no ano passado. Mas o da fidelidade ou a idéia de uma relação monogâmica, estável e duradoura. E o que fazer com todas outras possibilidades? Como dominar a metralhadora giratória do desejo?
Sugiro um pequeno livro (121 páginas) sobre esse grande assunto: Monogamia. O autor, o psicanalista inglês Adam Philips, não tem nenhuma dúvida de que "a monogamia é a única questão filosófica séria". E se é uma "questão" é porque não há uma equação definitiva sobre o tema, mesmo porque não se trata de um julgamento moral. Mas a surpresa da abordagem está em aceitar a monogamia também como um ato de libertação. Isso depois de tantos anos em que o cinema ou a literatura, enfim, fizeram um tremendo esforço em tornar careta o casamento enquanto glamourizavam a galinhagem. A verdade é que, querendo ou não, a tal união monogâmica, estável e duradoura sobreviveu aos tempos modernos. E mais, faz sucesso.
Mas antes que se comemore a vitória da pantufa contra o salto alto é preciso compreender as razões do outro lado. Atire a primeira pedra aquele ou aquela que, estando numa relação monogâmica, nunca ficou olhando para as saídas de emergência, imaginando estar justamente ali, atrás de uma porta qualquer, o ser perfeito que irá lhe redimir daquela vidinha ordinária. A infidelidade é a ressurreição do desejo.
Adam Philips, entretanto, vê semelhanças nas atitudes daqueles que são monogâmicos e daqueles que não são. Ambos são idealistas quanto as suas convicções. Diferentemente dos céticos, esses é que são desalentadores, porque já partem para suas experiências convencidos de que se decepcionarão.”
É por essas e por outra que eu adoro pinguim.

29 novembro 2009

Dreams be dreams


Quem inventou a porcaria do pesadelo? Pra que a gente tem isso?
Sabe aqueles bem verdadeiros? Que a gente acorda tendo certeza que tudo aconteceu. E quando nos damos conta que não aconteceu, acreditamos que vai acontecer.
Quando criança a gente acordava e ia ver se tava tudo bem na cama dos pais. E tava.
Hoje, ainda bem, a gente sabe que era só um pesadelo e segue o baile.

E aqueles sonhos que a gente nao quer acordar nunca mais? Quando vê tem alguem te chamando, ou aquele inferno de despertador (que, seguramente, está na lista dos objetos mais odiados por mim). Aperta o soneca! Vira pr0 lado! Volta, volta, volta! Não, não dá mais, uma vez acordado meu amigo.... nunca mais. O sonho bom não volta mais. Nem o ruim, ainda bem.

Uma vez consegui voltar num sonho bom. Dei uma acordada, que poderia tranquilamente chamar de semi-acordada, voltei a dormir e segui no mesmo sonho. Tri bom.

Mas alegria mesmo é quando a gente descobre que é um sonho, no meio dele. Bah, isso sim é uma delícia. Livres! Pra fazer o que quiser. Dá pra fazer absolutamente tudo que quiser. Faz muito tempo que não acontece comigo, da última vez, há vários anos, eu voava. Aí, sabendo que aquilo ali era um sonho, a tranquilidade é outra. Maravilha.

Aliás, sonhar que se pode voar é outra coisa muito boa.

Tem gente que sonha que tá fazendo xixi e faz mesmo. Essa nunca aconteceu comigo, graças a deus. Umas duas vezes eu sonhei que tava cuspindo. Não lembro bem, ou comi alguma coisa muito ruim, ou tava só cuspindo mesmo, não lembro mesmo. Só sei que acordei me cuspindo. Hilário. Porco também, eu sei. Mas era um sonho, que que eu vou fazer...

Sonho é sonho. Não é de verdade. Apesar de existirem várias coisas sobre o sonho e no sonho que são verdadeiras.
Inclusive a saliva.

06 novembro 2009

Não ao secador de cabelo!


Como é bom ir descobrindo coisas nossas.
E eu descobri nesse ultimo final de semana que eu adoro a monogamia.
Mesmo depois de já ter desejado o meu harém com 4 ou 15 mulheres, ou até mesmo as minhas 72 virgens (!!!), hoje dou graças a deus por morar num lugar monogâmico.
O fim de semana que me abriu os olhos (tragicamente, já que, mesmo sabendo que algumas ainda continuariam virgens, setenta e duas era uma idéia tentadora) foi este último, em que estive no Congresso Brasileiro de Fisioterapia Esportiva e dividi um apartamento com as minhas colegas da clínica. Eram 3. Acreditem, isso é impossível.
Quando a sociedade diz, não é por acaso. E a sociedade diz que as mulheres falam muito. E eu digo que falam muito alto, e usam muitas partes da casa, e usam muito o banheiro, e usam muito (muito) o secador de cabelo, e comentam muito, e ocupam muito espaço, e tem muita roupa, muito sapato, e escolhem muito o que vestir. E tudo isso é tirado de letra, quando não são três! Multiplique os comentários sobre homens por 3, multiplique o uso de chapinha por 3, multiplique a reclamação sobre suas roupas estarem um pouco desorganizadas por 3. Não, essa ultima não multiplique, por favor.
Pelo amor de deus, não multiplique o numero de palavras que elas falam por 3! Tome esse cuidado.
3 ou 15 mulheres podem até ser possíveis, até que você queira dormir de manhã e elas queiram se arrumar pra sair de casa. 72 virgens podem até ser possíveis, até que você esteja botando a sua roupa e elas todas te apressando.
Não sei onde os muçulmanos e cia estavam com a cabeça.

21 outubro 2009

My world


SENTIR
Sente-se que a metade
De vinte por cento
Dos vinte milhões de mulheres
No mundo
Não sentem nenhum prazer
SABER
Sabe-se que o total de pessoas
Que sabem o que é o amor
É igual a metade
Dos que já não sabem
O que é amar
FALAR
Fala-se que só metade
Dos homens que sabem falar
Realmente não falam aquilo
Que sentem e falam e falam
PENSAR
Pensa-se que uma parte
Daqueles que pensam
É só a metade dos vinte por cento
Que pensam naquilo
Que é bom pra si

Uma música do Papas da Língua.

E vem rápido pra mim o que é geral. As generalidades.
E as generalidades são sempre acompanhadas de injustiças, normal.
Mas tão ali, números. E eles dizem muito sim, pra sociedade, pro geral, pra maioria.
Só que eu? Eu não gosto da maioria, do que é igual a todo mundo. Eu fujo disso. E sei que consigo.
O sentir? É bem verdade. Os homens não sabem tratar uma mulher como ela merece. Não fazem por uma mulher o que tem que ser feito por ela.
O saber? A maioria não conhece o amor de verdade, o que ele pode trazer e o quão bom ele pode ser. E pode continuar sendo, por anos, anos, anos, até o fim. Não se sabe mais o que é amar e ser amado.
Falar? Os homens não falam mesmo. Não falam o que sentem. Porque é mais bonito, porque é melhor perante os outros homens. Idiotas. Completos idiotas. Bando de fracos, que vão atrás de outros fracos.
Pensar? Há de se pensar. Em nós mesmos e naqueles que amamos.

E aí eu penso. Como quem escreveu a música.

Números, números, números
O que é, o que são
O que dizem sobre você
Essa não é a sua vida
Essa não é a sua história

Não gosto de ser um número, ser mais um.
Vou ser diferente disso tudo.
Essa aí? Não é a minha história.
E tão pouco vai ser a minha vida.
Nada disso vai ser.

12 outubro 2009

AI AI AI


Hoje é dia 11 ainda, só que já passou da meia noite.

(Parabéns pra minha maninha amada, hoje ela ta um pouco mais velha e um pouco mais adolescente.)

Bom, mas ontem, dia 10, esse blog fez dois anos de vida.
Como pode-se ver, nem todas as épocas da minha vida estou postando bastante aqui, as vezes fico um tempão sem. O legal é que isso nao significa que nao to escrevendo. Eu ando escrevendo bastantinho até, mas ta tudo por aqui, guardado. E fiz um outro blog tambem, só que ninguém tem o endereço, ele é só um instrumento pra minha memória, que é um lixo. Eu escrevo lá quase todos os dias, mas coisas curtinhas, só pra eu exercitar esse cérebro desprovido de lembranças.

Aliás, Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, já viram? Eu achei uma merda. Mas, duas coisas: Uma. Me identifico com esse título pela mente sem lembranças. Dois. As vezes queria tanto, mas tanto, apagar algumas coisas que tenho na minha memória. Queria muito poder escolher esquecer algumas coisas.

O fato é que queria dar os parabéns. Pra mim. Brincadeira. Em aniversários se dá parabens ne, e foi o aniversário do blog.
Queria escrever aqui mais do que escrevo. Tentarei.

Queria, ainda, aproveitar pra dividir uma maneira que eu tenho pra receber bons atendimentos e serviços. Pode até ser uma sugestão, mas, inicialmente, estou apenas contando.
A idéia é nunca ser um cliente igual aos outros. Isso, provavelmente, porque os clientes em geral estão vulneráveis ao humor do atendente/prestador. Se for tarde, se ele tiver batido a canela, se o salário ta atrasado, ou é baixo. Se brigou em casa, se o cabeleireiro cortou curto demais, se sujou o tênis de pano ou se é bipolar. A gente nunca sabe o que esperar.
O lance, então, é chamar a atenção de alguma maneira, ser diferente de todos. Eu, particularmente, escolho uma das técnicas: Ou eu sou MUITO educado/querido/atencioso, ou eu sou MUITO chato/exigente/cri-cri. Invariavelmente dá certo.
Em um restaurante, peço a carta de vinhos e pergunto algumas coisas sobre os exemplares, faço o atendente escutar alguns comentários sobre o conhecimento do vinho que faço pra quem está no meu lado (mas que na verdade é pro dito cujo) e logo ele acredita que eu entendo muito sobre o assunto. Pronto, mais algumas perguntas aqui e ali e ele me atenderá maravilhosamente bem. Chega o vinho e faz-se alguma parte do ritual todo. Bom jantar.
Na ex faculdade ou colégio, preciso de alguns documentos. E ainda preciso que seja meio logo. Dose grande de sorrisos, chamar pelo nome, encostar algumas (poucas) vezes, dar atenção, aproximar-se com alguns comentários pessoais, atender o telefone só quando necessário mesmo... ser querido.
Fazia e não me dava conta. Até me dar conta.

14 setembro 2009

O que Michael Jackson perguntou pra Saint Peter quando chegou no céu?


Fazem uns 5 dias que não para de chover. Nem um minuto sequer.

(faz/fazem: faço um parênteses (e faço outro aqui dentro pra, além de lembrar que deveriam ter chaves e colchetes no teclado dos computadores, caso quiséssemos inserir parênteses dentro de parênteses, como nas equações de matemática, comentar que acho que não existe a ação de FAZER um parênteses. Talvez abrir, e depois fechar, sei lá. E também que o mais correto seria fazer uns parênteses, ou um parêntese, mas como dizer que vou fazer um parêntese se são dois sinaizinhos?) para contar que sempre tive essa dúvida, sobre como usar o “faz” e o “fazem” quando me refiro ao tempo. Eu lembro claramente de aprender isso na aula de português com a professora Isabel (que falava “pedrestes” e sabia que falava, mesmo sendo professora de português. E onde estão os colchetes pra eu usar aqui?), mas absolutamente não lembro da conclusão. Então fica aquela coisa de eu sempre ficar na dúvida de qual usar, pensando que dessa vez vou acertar. Quando a gente sabe que sempre se confunde entre duas alternativas, a gente sempre pensa que agora vai acertar, só que isso nem sempre acontece. Esses dias encontrei uma prima de uma amiga, essa prima é casada com um cara, mas ela já foi casada com outro. Um dos dois era Ricardo, mas eu nunca sei qual, então sempre que encontro acho que vou acertar. Chega na hora H e eu prefiro não arriscar.)

Isso não pode fazer bem. Nem pra mente humana, nem pra vida humana.

Não pra vida humana porque foram diversas enchentes e muitas pessoas desabrigadas e/ou mortas.

Não pra mente humana porque isso enlouquece qualquer um.
Olhar pela janela e não ver nenhum raio de sol não evoca um sorriso nunca. E passar uma manhã e uma tarde sem evocar um sorriso também não pode fazer bem.
Sair na rua e ter que dar aquela corridinha até o carro, molhar um pouco a porta pelo lado de dentro e pisar na poça d`água que, invariavelmente, se forma imediatamente ao lado da entrada do motorista, irrita qualquer um. Mas irrita porque acontece todas as vezes que você quer sair, e já fazem(/faz) 5 dias que acontece, todas as vezes que você quer sair.
Ter que colocar casaco em dia de calor. Ou ter que deixar o calor de lado pra que venha aquele friozinho irritante que acompanha algumas chuvas. Especialmente as ininterruptas por quase uma semana.
Andar com o vidro do carro fechado. Quando tá 35 graus e o ar condicionado é indispensável tudo bem, mas quando não é esse o caso... É uma merda. Eu não gosto de ar condicionado, salvo os calores escaldantes, então ser obrigado a andar com o vidro fechado e ver tudo embaçar é muito irritante. E ter que fazer isso todos os momentos e todos os dias então...
Ah, pra piorar hoje é domingo. E quem nunca ouviu alguém reclamar de domingos chuvosos? E quem nunca reclamou?

Poderia discorrer bem mais sobre o quanto a chuva ininterrupta é massacrante, mas não vou.
Muito porque não sei se é uma boa idéia ficar reclamando de São Pedro. Afinal, ele tem que cuidar do tempo e de todas as pessoas que morrem e chegam no céu. Pelo menos é isso que falam todas as piadas sobre pessoas que chegam lá. Invariavelmente chegam lá e fazem alguma pergunta pra ele. Aí eu fico imaginando um portão grande, apoiado nas nuvens, claro, e ele por ali, tipo um host, abordando cada um que chega.
E muito porque o barulhinho da chuva caindo ali fora, na hora de dormir, dá sono e é uma delícia.

11 setembro 2009

Slowly

De volta aos meus afazeres.
De volta à minha vida.
De volta à minha rotina.


Posso dizer que cumpri com o que tinha combinado comigo mesmo.
Meu telefone ficou constantemente desligado e praticamente não vi meus emails nessas duas semanas. Abri ali o hotmail, vi se não tinha nenhum título que dissesse que alguém estava morrendo e saí. E isso foram apenas duas vezes.
Descansei. Fiz muito nada. Dormi. Fiz mais muitíssimo nada.
Foi simplesmente uma delícia.
Consegui fazer algo que julgava impossível. Eu julgava e sei que tem um dito popular que diz muito claramente que tudo que é bom dura pouco. E todo mundo baixa a cabeça.
Quis discordar. E consegui.
Fiz as minhas duas semanas durarem uma eternidade.
Cada minuto durou bem mais de 60 segundos e cada segundo pareceu gigante. Prestei atenção nos meus segundos inteirinhos. E isso, acreditem, é mágico.
O simples fato de olhar, atentar, sentir. Fazer isso faz o tempo passar devagar, arrastado e, principalmente, pleno.
Fiz o tempo passar devagar.

21 agosto 2009

On vacations


Meus caros amigos, a partir de amanhã estarei em um período que pode-se chamar de desligado.
Enfim, férias.
Pelas próximas duas semanas não atenderei meu telefone e pretendo ver meus e-mails no máximo umas três vezes.

Acho que sempre encarei o período de férias como um momento pra viajar, pra ir pra praia, pra fazer festa, etc. E também é, claro. Mas hoje em dia valorizo o simples fato de descansar.
Não fazer absolutamente nada é um prazer incrível pra mim.
Meu computador ficará em casa, desligado. Tenho passado muito tempo com ele, meu cotovelo ta até doendo.
Aproveitarei minhas férias. Com tudo que pode ser aproveitar.
Aproveitem:
- O Bolt brincando de correr e quebrar recordes.
- O US Open.
- A Yeda se enrolar no governo.
- O Sarney liberado de tudo.
- A Gripe A todos os dias nos jornais.
- A chuva, o frio e o calor se misturarem toda semana.
- O cinema, nem que seja de máscara.
- O tricolor ganhar todas em casa e perder todas fora.
- A expointer, mesmo sem os porcos.
- Serra, lareira, vinho, chuva e frio.
- A música boa.

Até a volta.

10 agosto 2009

Foto comentada.


Estava em Gramado há algum tempo. Rua coberta.
Eis que me deparo com o maior poodle da história. Gigantesco.
Parei pra conversar né.
O cara era inglês, mas enrolava um português. A raça é de lá da Inglaterra e diz que é bem raro por aqui. Eu achei mesmo, nunca vi um poodle tao grande.
Ele dava a pata e fazia aquelas coisas que se ensina cachorros a fazer.
Sentar, deitar, rolar, fingir de morto, pegar cerveja na geladeira...
Mas poodle?
Na minha família só existem dois cachorros. E são dois poodles. E grandes.
Mas poodle?
Eles não são desse gigante, mas eu até gosto deles. Dos dois. Um é completamente retardado, desobediente e escandaloso. O da minha vó. O outro é um chato e velho, meio louco. O do meu tio. E eu adoro os dois.
Não gosto de poodles em geral, eles são chatíssimos e escandalosos. Ficam latindo pra tudo e são feios. Mas sei lá, deles eu gosto.
Deve ser porque são os únicos cachorros de toda a família.
Meu pai já teve alguns e eu era louco por uma boxer branca que a gente tinha. Ela era genial. Muito inteligente e esperta, ela era adestrada e muito sem-vergonha. Ela se vingava da galera. A Padi (Padilha) era proibida de entrar dentro de casa, só podia ficar no tapete na entrada. Devagarinho ela ia se aproximando, até alguem se dar conta e olhar pra ela. Voltava. Quando alguem fazia alguma coisa que ela não gostasse ela entrava de fininho, quando ninguem tava vendo, e fazia xixi bem no tapetinho do lado da cama do meu pai, só alí. Desgraçada.
Ela conseguiu ser mordida por uma tartaruga uma vez. Meu pai tinha duas tartarugas (as Tongas), e a Padi adorava virar elas de barriga pra cima, ficavam elas se debatendo e se balançando. E a sacana olhando. Nessa vez ela tava implicando e a Tonga deu um mordidão no fuço dela.
Cachorro é demais. Não vejo a hora de ter o meu. Ele vai abrir a geladeira e pegar cerveja pra mim como eu vi na TV uma vez. Vai tomar banho de mar e gostar de música eletrônica.
O poodle gigante parece que tomava chá das 5.

28 julho 2009

The book is on the table.


E a eternidade que eu levo pra ler livros?
E a quantidade deles que estão na minha mesa de cabeceira? Empilhados. Esperando a sua vez.
Esperando a sua vez de ter o marcador de páginas descansado em absolutamente todas as suas páginas. Esperando a sua vez de ser lido duas vezes em uma.
Sim, os livros que leio, são lidos duas vezes, sempre. Isso se deve ao fato de eu ter a mania de sempre começar uma página antes de onde parei da última vez. Como eu leio cerca de duas páginas por dia, acaba que repito todas as páginas. Isso sem contar nas épocas que consigo ler o livro pra trás. Sim, retroceder na minha leitura, já que quando leio meia página, por exemplo, no outro dia volto ainda mais pra trás do que já estava. É incrível.
E já vou dizendo, de antemão. Os livros que leio são muito bons.
Mas como pode ser?
SONO!
É o maldito sono. Ele não me deixa ler tranquilamente, avançando na história como toda boa leitura merece.
E eu adoro ler. E eu odeio acordar cedo. E eu detesto ter sono o dia inteiro.
Existe uma força, que vem sabe-se lá de onde, que simplesmente fecha o meu olho ao ler livros.
O mais impressionante é que não importa a hora. Depois do almoço da sono, óbvio. Mas antes tambem dá. Fim de tarde, óbvio que dá sono. No começo dela tambem. E no fim da noite, e no início dela, e durante toda manhã, toda madrugada. Não interessa, dá sono.
Pelos meus horários, a hora que eu paro pra ler é antes de dormir. É o único momento em que leio.
Deitado, no macio, no quentinho. Vão-se meses pra ler um único livro.

22 julho 2009

Assunto sério


Eu odeio acordar cedo.
Uma vez ouvi – e concordei – que o ódio só faz mal pra quem sente. (talvez eu não tenha ouvido, e sim inventado)
Bom, mas o fato é que eu odeio acordar cedo e ponto. Muito provavelmente esse seja o meu único ódio de verdade. Eu não gosto de muita coisa. Muita mesmo. Mas ódio? Com toda a força que essa palavra, quando verdadeira, tem? É, acordar cedo é digno dela.
Entre parênteses: Não gosto do Garfield.
Eu NUNCA levantei antes das 13 horas por pura vontade, por estar satisfeito com meu sono. Nunca.
Dos graus mais variados de vontade que eu posso ter pra levantar, eu nunca levantei direto, sem titubear. Quando eu jogava vôlei e tinha algum jogo importante eu levantava com vontade, mas isso demorava uns 5 minutos. Eu pensava duas vezes. Ir pro aeroporto rumo às minhas férias no exterior. Demorava um pouco, eu pensava duas vezes. Final da Superliga no RJ, o Thiagao ia jogar. Demorava, e como (talvez pelo fato de dormirmos pouco lá devido à noite anterior). Final das olimpíadas. Passeio do colégio. Viagem com a galera. Ida pra Las Vegas. Qualquer coisa.
Não importa, eu SEMPRE vou pensar duas vezes antes de levantar da minha cama. Ultima prova do semestre da faculdade, se rodar vou ter que fazer toda a cadeira de novo. - Mas até que não é tão ruim assim, acho que dá. Tem paciente cedo esperando. - Dá-se um jeito, qualquer coisa consegue-se outro emprego, não vai ser difícil. Eduardo, vá buscar seu prêmio de 38 milhões na lotérica, você ganhou na mega-sena. - Eu sou tão feliz assim, acho que não vou precisar de tanto, deixa prá lá.
Eu sempre vou pensar que posso ficar mais um pouquinho. Virar pro outro lado é uma coisa tão boa, eu faço sempre sorrindo.
Quando eu não tenho que trabalhar de manhã e me programo pra fazer algumas coisas de ordem burocrática, ou exercício, ou qualquer coisa, são sempre uns 10 sonecas no celular. No mínimo. Quando não desisto e coloco pra despertar 20min antes da minha hora de ir trabalhar.
É raro eu acordar depois das 14hs. Isso quer dizer, literalmente, que é raro eu estar contente com meu sono. É raro eu acordar de bom humor. É raro eu estar satisfeito com minha noite e o tempo que ela durou. Mesmo nos finais de semana, que ou eu atendo na clínica no sábado, ou tem curso ou tem almoço com a família... eu posso acordar ao meio dia pra almoçar, mas isso não é o bastante. Nem perto. Pô, é fim de semana. O mínimo aceitável é acordar pelas 15h. O mínimo dos mínimos.
Não ouso falar dos dias em que trabalho de manhã cedo. Se tenho que estar na clínica as 8hs, tenho que acordar pelas 7h, 7:20h. O meu ódio de ter que sair da cama esse horário é uma coisa inenarrável. Todos os dias eu digo que não acredito que aquilo tá acontecendo. As minhas cobertas, o meu travesseiro da Nasa, o meu colchão, minha cortina preta, o meu quarto inteiro. Não é possível que eu tenha que deixar tudo isso.
No caso de eu ter paciente as 7:30 eu prefiro não comentar. Eu, sinceramente, acho desumano ver o numero 6 no relógio ao acordar. Acho isso um desrespeito com a minha pessoa. Com qualquer pessoa. Acordar e ver o numero 6 no despertador deveria ser contra a lei.
Para as pessoas que acordam e enxergam o numero 5 no relógio deveriam existir penas muito severas. Cadeia, extradição, pena de morte. Fogo em praça pública. Pensei em ser alí perto do moinho, no Parcão.
Amanhã acordo as 7hs. Desliguei o outro relógio que tem no meu quarto, vai que acordo e nele aparece 6:59.
Falta de respeito.

16 julho 2009

Para meus ouvidos.



A música faz tanto por nós.
A música inspira.
A música dá vontade, dá alegria, dá idéias.

A música fala com a gente, é impressionante. É só ter o dom de escutá-la.
Fala sobre o destino, fala sobre satisfação, fala sobre frustrações. Não fala, mas fala.
O destino é pra quem acredita. Mas também é pra quem tem intenção, pra quem espera e pra quem corre atrás. O destino é nosso, só nosso.
A moça que perdeu o voo da Air France que caiu e no outro dia sofreu um acidente de carro e morreu deve dizer alguma coisa pra quem acredita. E pra quem desacredita tambem.
Satisfazer. Ô palavrinha bem boa. Satisfazer-se. Tambem. Alcançar os objetivos, progredir, conseguir. Satisfação. Se olhamos pros nosso desejos, vamos em frente, desistimos dos nossos orgulhos, deixamos de nos esconder e lutamos por tudo que queremos. Se no final de tudo isso nos satisfazermos... isso é o que precisamos. Sorrir depois de toda essa luta e conquista é um troféu.
Frustração é aquilo que temos depois da espectativa. Já falei aqui uma (ou mais de uma) vez que a espectativa é, se não a única, uma das coisas que mais machuca a gente. Se não esperássemos certas coisas, quando elas não acontecessem não teríamos frustrações e tristezas. Não nos machucaríamos.
Frustrar-se é não satisfazer nossas espectativas.
Nossas espectativas estão, obviamente, no nosso futuro, no nosso destino.
Nosso destino nos frustra tantas vezes.

Mas a música salva.

06 julho 2009

CLIC!


Estava futricando nas minhas coisas e achei meu primeiro texto. Eu tinha uns 16 anos.

Usei algumas experiências minhas, algumas das pessoas ao meu redor, e comecei a escrever.




" CLIC!

Estou bem belo sentado no meu aconchegante sofá, vendo uma boa TV e nada mais... nada mais, não estou pensando em nenhuma outra coisa além de qual besteira que a Phoebe ou o Joey vão dizer.

Ta bom, de noite vou sair com aquela menina que eu fiquei há três dias atrás... mas não estou nada preocupado com isso, afinal, eu apenas fiquei com ela, nada demais. Trocamos beijos como qualquer um faz em nossas ricas festas. Vá lá, eu sabia sim da existência dela, eu já até tinha reparado no cabelo dela, mas eu saí de casa pra me divertir com meus amigos. Bom, mas só vou me arrumar quando acabarem os quatro programas que eu tinha programado pra ver hoje, não vai ser uma garota qualquer que vai me fazer perder meus ricos episódios de Friends, Seinfild ou Dawson’s Creek.

24 horas depois...

Estou deitado na minha cama, ouvindo uma música “mela cueca”, sozinho, apenas pensando... e, claro, esperando uma ligação ou até uma reles mensagem dela. VAI COMEÇAR FRIENDS!!! Grita minha mãe. Hoje eu não vou ver, mãe!!! Respondo. É óbvio, eu não estou nem aí pro seriado, não consigo tirá-la da cabeça. Aquela boca perfeita encostada na minha, aquela mão suave que mais parecia uma algema me prendendo a ela, aquele pescoço perfumado do começo ao fim da festa, aquele cabelo macio tapando parte das costas. As costas... que costas, aqueles olhos lindos que me avisavam que eu ia me apaixonar por ela. Eu não quero saber de nada que não seja dela, eu mal respiro longe dela.

É, essas coisas acontecem assim mesmo...

Em um belo dia você a vê, passa uma noite em uma festa, uma tarde em sua casa, tanto faz, você passa algum tempo com ela e quando chega em casa tudo mudou, todos os seus pensamentos estão diferentes. O seu plano para o fim de semana era cair na gandaia com os amigos? Ou ir pro sitio com os pais? Agora você não quer nada disso, quer fazer qualquer coisa, ir a qualquer lugar, desde que seja com ela. Seus amigos? Seus pais e irmãos? Você ainda os ama sim, e ái de quem duvide disso, mas o seu coração e seu pensamento estão temporariamente desligados. Dormir? Hahahaha, isto vai ser uma das coisas mais difíceis que você já fez desde que conseguiu decorar o nome das 13 capitanias hereditárias para aquela prova de história. Você agora fala com seus amigos única e exclusivamente dela, todas as besteiras que saiam, de todas as mulheres que falavam, aquela noite surreal que você e a gurizada fizeram, lembra? Não, você não lembra, aliás, você não quer nem saber desse monte de baboseiras, só quer contar o que você e ela fizeram, que filme viram, onde foram, e saber o que eles acham. Você não mais ouve música, agora você OUVE música... entende? As letras delas já não são mais apenas um acompanhamento do violão e do resto dos instrumentos, agora a letra é algo que a música tem a dizer a você, talvez uma explicação para esse seu sufocamento, ou uma frase bonita pra você dizer a ela...

Ontem você era um, hoje é outro. Ontem você sabia exatamente tudo que queria, hoje não sabe nem quem você é. Ontem você só queria saber de diversão, festa e agito, hoje só o que quer é o sossego do seu quarto. Ontem você precisava de muitas pessoas à sua volta, muita atenção, muita conversa, muita comida, muita TV, muitas risadas, muitos telefonemas, muito tudo. Hoje só quer ela, nada mais.

Acho que acontece isso com todos. Você está com uma menina, depois de ter estado com várias outras, sem sucesso e, um belo dia......... CLIC! Parece que um botão foi apertado em você. Agora você está apaixonado por ela. Sufocado.

Ninguém me tira da cabeça que basta um CLIC! pra você não tirá-la mais da cabeça."


26 junho 2009

MJ


Sei que o ultimo post foi terceirizado, mas vou ter que repetir a dose.
Minha irmã escreveu e eu acolhi. Excuse me Rezinha.


"To de luto.
La Times acaba de registrar a morte de um dos maiores icones da musica de todos os tempos: Michael Jackson. Ele morreu aqui perto de casa, no UCLA Medical Center, em Los Angeles e isso mexe muito comigo. Lembro dos tantos CDs que a gente tinha. Michael Jackson marcou muito a minha infancia, assim como ele marcou muito os anos 80 e 90. Michael Jackson, na minha opiniao, foi um dos maiores astros da musica de todos os tempos, podendo ser comparado somente a Elvis Presley e Frank Sinatra. Ele foi o unico conseguiu a facanha de ganhar 8 grammies em uma so noite. Tudo isso mexe muito comigo.
Lembro de assistir aos filmes da baleia "Free Willy" com o meu irmao. Decorei a letra dessa musica antes de mesmo de imaginar que um dia eu aprenderia a falar ingles. Dudi, lembra dessa aqui "Will you be there" ? A gente sempre chorava no final do filme. Lembro das tardes frias em que a gente sentava no sofa da sala, embaixo de cobertores e assistia TV juntos. (eu sei, to nostalgica...)
Quanta gente regravou "Man in the Mirror"? Lembro de ouvir essa musica enquanto pensava em alguem que eu nao tinha. Umas das melodias mais incriveis de todas.
Nada como "Beat it" e "Billie Jean" pra animar aquela balada que estava sem graca. "Thriller" que foi o clipe foi filmado na nossa amada Avalon Hollywood, palco tambem da minha filha Made In Brazil. Nossa, percam um minuto pra assistir a esse clipe, quando eles saem do cinema, no letreiro diz "Palace". Exatamente ali e que acontecem as festas Made In Brazil e os meus pagamentos sao feitos por uma empresa chamada Palace Holdings. Surreal.
Teve "Remember the time" que eu assistia muito na MTV, pois estava entre os 10 melhores clipes da MTV, assim como "Black and White" com o Macauley Culkin, que foi um dos meus favoritos naquela epoca.
Eu joguei muito o jogo do Michael no video game, onde "Smooth Criminal" tocava over and over na Tv da sala.
Enfim, agora rolam todas as controversias. Os a favor e os contras aparecem munidos das suas armas em formas de ideias. Nao dou suporte a pedofilos, nao defendo Michael Jackson e nao defenderia ninguem que maltratasse a uma crianca. Nao defendo quem nao aceita a sua raca, tampouco racistas. De qualquer forma, sinto a perda de um astro da musica, das musicas, das lembracas que eu tenho e dos bons momentos que a musica dele me proporcionou. Lembro de momentos legais com o meu irmao, que adorava todas essas coisas comigo. A gente tinha mania de dancar no meio da sala, imitando os cantores, inventando as nossas proprias letras. Bom ou ruim, certo ou errado, Michael Jackson foi um dos maiores mitos da musica e eu, como fa incondicional de boa musica, sinto muito a essa perda.
To de luto.
Rest in Peace Jacko."


Eu comentei:

"Sei que sou exagerado e radical as vezes. E sei tambem que, póstumos, os artistas tenderm a ser endeusados.
Mas não nesse caso. Michael Jackson foi o maior nome da história. Se eu pensasse em uma personalidade no mundo, eu pensaria nele, sem titubear.
E, mãe, nao me deixa mentir, eu sempre achei isso. Não é um engrandecimento póstumo.
Sempre disse, que se tivesse que escolher UM show pra ir na minha vida, iria no dele. E sempre disse que o único show que eu pagaria qualquer preço seria o dele.
Pena, vou morrer sem ter visto o show.
Agora vão surgir milhares de DVDs, coletaneas, coleçoes, ediçoes especiais, LPs. Vou comprar tudo.
Luto."


Pra mim, o outro grande ícone é Michael Jordan. Os MJs se juntaram no clipe "Jam", onde o MJ branco ensinava o MJ negro a dançar e o MJ careca ensinava o MJ cabeludo a jogar basquete. Eu via umas 5 vezes, uma atrás da outra, a cada vez que colocava uma das minhas fitas VHS, que contem clipes, o especial da vinda ao Brasil e o Moonwalker, pra rodar.

Ainda as tenho. E essa semana devo vê-las, nostalgicamente.

Agora, um minuto de silêncio.

16 junho 2009

Não fui eu.


Porque achado não é roubado.
Mas roubado, de fato, é roubado.

"Sabe aquela tranquilidade, de se estar completo e de saber que estamos no caminho certo? Pois é. Buscar isso sempre, todo dia, é o caminho. Algumas vezes a gente se perde, algumas vezes parece que não vai dar pé, e é aí que devemos persistir. O gostinho da realização de se fazer pelas próprias mãos, meu amigo, é melhor que chocolate."

Eu só trocaria o chocolate por goiaba. Ou Chandelle de chocolate branco.

08 junho 2009

Ao montar Lego...



Resolvi quebrar o Sigilo de Emails entre amigos.
Amigos com probleminhas em relacionamentos me fazem pensar.
E é claro que é sempre melhor cuidar dos dos outros do que dos nossos, é tão mais fácil.
Não dizem que pimenta nos olhos dos outros é refresco? Não que isso seja pimenta. Talvez uma casquinha de bergamota, aquelas gotículas no olho ardem pra caramba e nas mãos cheiram pra caramba. O bom é que nos olhos é jogo rápido, mas nas mãos... o cheiro fica cerca de 3 dias até sair por completo.
Mandei esse email ontem. Sigilo de Emails quebrado.

"Acho que uma boa relação complicada faz bem pra todo mundo. Uns já passaram por algumas, outros estão passando e/ou ainda vão passar. Mas sempre se aprende.
Lidar com os outros é tao difícil. Todo mundo é diferente. Cada um pensa duma maneira e isso da tanto conflito que a gente nem imagina. Só vê, chega uma hora que a gente vê. E isso, as vezes, pode ser tao frustrante.
A gente quer e espera coisas dos outros que a gente não vai ter, não adianta. E o pior, a gente quer e espera coisas da gente mesmo que não teremos tambem.
Se relacionar é bom mas é uma merda. É gostoso mas dói e frustra.
Acredito no amor e acho que ele pode superar essas diferenças e diminuí-las. O bom é que existem várias pessoas que acreditam nisso, dá mais confiança.
Acho que o tempo realmente é o pai de tudo. Ele cura, ele melhora, ele resolve. Acredito que ele possa resolver tanta coisa. Estragar tambem né, mas aí depende do que tu faz com o teu tempo. Depende do que tu planta pra colher quando ele passar.
Só que mais importante que plantar é o semear, o chocar. O durante. O caminho é o mais importante. O como tu leva o teu caminho, o que tu faz no durante. Esperar o objetivo ser alcançado, ter objetivos, pensar no futuro é tri bom, é necessário. Mas o presente, o que tu faz dele e como tu leva ele é o que te beneficia ou não, é o que vai determinar se tu vai conseguir teu objetivo ou não.
Te falei de um filme uma vez. Poder Além da Vida. O cara fala uma coisa muito legal. "A jornada é o que nos traz felicidade, não o destino."
Lembra como era melhor montar Lego do que brincar de Lego?"

01 junho 2009

"O que importa é fazer o bem"


Essa é uma parte do discurso que escrevi pra minha formatura.

Foi demais ser orador da turma. Uma honra e tanto. Agradeço muito aos meus colegas que me escolheram.

Aquele dia foi lindo.

Passados alguns meses, tive vontade de dividir aqui.



"Descansar. Divertir-se. Comunicar-se. Planejar. Exercitar-se.
Lembremos sempre de descansar, isso é uma parte importante. Faz com que possamos produzir mais e melhor. Não é a toa que descanso também é fisioterapia, ele regenera, ele prepara pra próxima.
Divertir-se é essencial. Sorrir todo santo dia, de forma verdadeira, é imprescindível pra que possamos realizar nossos desejos, sejam eles profissionais ou pessoais. Estar com os amigos, dar risada a toa, cantar no banho, viajar no final de semana, ver um filme, ler um livro. A diversão, qualquer forma dela, se faz necessário pra sermos melhores pessoas.
Passemos adiante nosso conhecimento. Conheçamos mais e mais pessoas e, com todas elas, dividamos o que é nosso. Dividamos experiências e conhecimento. Conheçamos pessoas, reconheçamos pessoas. Conversar, ligar, falar, ouvir, observar, deixar ser observado. Comunicar-se é essencial.
Quanto ao futuro, planejemos. Tracemos objetivos, ideais, sonhos. Escrevê-los. Uma vez aprendi isso, facilita na hora de enxergar o que se busca. E busquemos o que nos faz feliz, o que sonhamos quando ainda éramos crianças e queríamos voar alto, até a lua, como astronautas. Voemos alto como fisioterapeutas. Planos feitos? Mãos a obra.
Exercitar-se. Isso sim eu passo adiante. Exercitemo-nos. A mente e o corpo. E não mintamos pra nós mesmos, exercitemos o nosso corpo, que é o que todo mundo pode ver que estamos fazendo. Sim, como fiscais mesmos. Exercitar a mente é só nosso, é o mínimo, e ninguém mais pode ver se o fazemos ou não. Vivamos saúde, ensinemos saúde, façamos saúde.


- Eu acredito em reinvenção. Reinventar o que já existe. Reinventar o que nos foi ensinado. Reinventar o que já vimos e já fizemos. Reinventar, refazer, redescobrir. Não reproduzir, não repetir.
Inovar. Pensar. Elaborar. Concentrar. Concentrar-se. Adaptar. Adaptar-se.


- E acredito também que o amor não pode acabar. O amor pelo colega, o amor pelo paciente, o amor pela família.
E que a saudade não pode acabar. A saudade dos tempos de colégio, dos tempos de faculdade, dos tempos da descoberta da anatomia, da fisiologia. A saudade de ajudar, de curar, de sanar. A saudade de fazer o bem. E, principalmente, a saudade do que amamos.

Um amigo me disse uma vez: "O que importa é fazer o bem".
Fazer o bem, colegas.
Gostaria realmente que ninguém esquecesse de fazer o bem, nunca. E a gente vai descobrindo o que é fazer o bem pra cada uma das pessoas que passar pela gente."

26 maio 2009

Believe in me.



Olha o titulo de um dos livros de um (já citado aqui) gênio com as palavras: Minha Certezas Erradas. Só podia vir dele. Ah, ele é o Zé Pedro Goulart.

Eu detesto dúvidas. Apesar de tê-las.
Adoraria ter mais certezas. Adoraria que as certezas fossem soberanas, pra todo mundo.
Adoraria acreditar mais nas minhas certezas. Acreditar mais nos meu sonhos, a ponto de tê-los mais reais.
Adoraria acreditar mais no futuro.
Adoraria acreditar mais.
Queria muito que todo mundo acreditasse em si e no que deseja.
Queria que todo mundo desejasse.

Pause

Com licença, mas eu quero o meu futuro.
Uma vez existia uma idéia: Choose your future.

Play

Gostaria de menos incertezas. Menos dúvidas. Menos sonhos obscuros. Menos falta de sonhos. Menos falta da busca deles.
Gostaria de mais sonhos. De mais objetivos. De mais voracidade em busca deles.
Pode ser que eu quisesse menos realidade. Mais idealismo. Mas que o ideal pudesse vir a se tornar real. Na verdade acredito que pode, mas queria acreditar mais.
Adoraria que as pessoas tambem acreditassem.
Adoraria ver todo mundo buscando. Sonhando, correndo, focando, acreditando, se permitindo.
Queria ver todo mundo se permitindo sonhar.
E depois se permitindo acreditar.

18 maio 2009

Don`t be afraid



Vontade de escrever.
E as vezes essa vontade vem sozinha. Sem idéias acompanhando, ou sem inspiração alguma. Solitária, a vontade.

Pareço sempre tao positivo. E acho que sou mesmo.
Mas não da pra ser sempre assim. As vezes se está la embaixo. E não tem o que fazer, não tem como fazer.
Enjoy the moment. Sente aquilo alí. Dá ouvidos pros pensamentos, eles dizem tanto em tão pouco tempo. Eles nos dizem tanta coisa e a gente as vezes passa por cima, sem prestar atenção nos momentos down. Liga o som alto com musicas pra cima, liga pros amigos, sai com os amigos, vê um filme. Enfim, dá um jeito de não prestar atenção no que tá sentindo.
Aliás, ver um filme é uma excelente fuga pra quando se quer fugir de si mesmo. Vida de outros, história de outros. Muito boa estratégia. Eu uso. E recomendo.
Mas nem sempre o bom é fugir. Tem vezes que acho que se deve ouvir, prestar atenção, olhar pra dentro.
Coloquei um Placebo no som e pensei. Pensei, escrevi, construí idéias e definições, pensei mais e refleti um bocado. Bom.

Placebo consegue te fazer cantar e gritar no carro, com um sorrisão no rosto e consegue também ajudar os suicidas em potencial deixarem de ser em potencial. Tem música pra todos os “gostos” e momentos. Na verdade as letras são praticamente todas fortes e tristes. Bem fortes. A parte do cantar com o sorriso no rosto fica por conta do bom som que eles fazem. Eu gosto deles. Dos momentos todos e do Placebo.
Gosto de todos os momentos porque de vez em quando aproveito quando estou pra baixo. Aproveito me ouvindo. Me sentindo.

Vou deixar um exemplo de letra da banda. Eu realmente não sei como esse cara, o Brian Molko (vocalista e compositor da banda) ainda não se matou. Pelas letras que ele escreve seria o mais óbvio. Se formos ler sobre ele, acharemos muita tristeza, solidão, vícios e rebeldia, desde pequeno. Mora sozinho desde muito cedo e diz que gosta de ficar no escuro, bebendo whisky e escutando suas músicas.

Holocaust

Your eyes are almost dead
can't get out of bed
And you can't sleep
You're sitting down to dress
and you're a mess
You look in the mirror
You look in your eyes
Then you realize
Everybody goes
leaving those
who fall behind
Everybody goes
as far as they can
They don't just care
They stood on the stairs
Laughing at your airs
Your mother's dead
She said
"Don't be afraid"
Your mother's dead
You're on your own
She's in her bed
Everybody goes
Leaving those
Who fall behind
Everybody goes
As far as they can
They don't just care
You're a wasted face
you're a sad-eyed lie
You're a holocaust

13 maio 2009

Melhor é impossível.


Mania de você.
Música da Rita Lee que, inclusive, fala que nada é melhor do que não fazer nada. Não sei se nada mesmo, mas pouca coisa é melhor.
Ter mania de alguém é bom. Eu tenho. Mania de pessoas, sejam elas amores, amizades ou companhias apenas. Tenho mania de algumas delas.
Mas tem gente que tem manias diferentes.
João Cunha e Silva é um ex tenista português, hoje é técnico. Quando jogava, ele apresentava nada mais nada menos do que 11 cacuetes/manias/tiques. Isso na hora de receber o saque, porque antes de sacar eram 14. Arrumar a manga da camiseta, o cabelo, girar a raquete, puxar o calção... Como será que ele completava mais de uma dezena? No mínimo demorado o jogo ficava.
Quem me contou foi um tenista que é meu paciente. Ele diz não ter nenhum, apenas gosta de quicar a bolinha 3 vezes antes de sacar. E se quicar um pouco pro lado? Não vale, começa de novo. E têm de ser consecutivas? Sim, óbvio. Então precisar quicar a bola 3 vezes iguais, de maneira consecutiva e perfeita antes de sacar não é mania? Bom, esse mesmo paciente vai no banheiro e não encosta de jeito nenhum na maçaneta da porta do banheiro e nem na descarga. E ria de um cara que só tinha 14 manias a cada saque (sim, era em todos os saques).


Abre parênteses.
Só pra constar, é bem verdade que torneira, válvula de descarga e maçaneta de banheiros públicos são objetos extremamente burros. Todo mundo que ali vai, abre a calça, pega no seu comunicador entre a bexiga e o vaso, e depois dividem-se em alguns grupos, separados por locais de contato: Grupo 1 – Descarga, torneira e maçaneta. Grupo 2 – Descarga e maçaneta. Grupo 3 – Torneira e maçaneta. Grupo 4 – Maçaneta.
Os integrantes do Grupo 1 acham que são muito higiênicos, mas encostam nos três diferentes locais do (recém por mim) chamado “compartilhamento digital”. Os do Grupo 2 são os famosos que não lavam a mão depois do xixi, grupo este muito comentado entre as mulheres. Não menos comentado, agora no âmbito matrimonial, vem o Grupo 3, que não puxa a descarga. Grupos 2 e 3 encostam em dois locais de “compartilhamento digital”. Não têm a pretensão de achar que são higiênicos e, de fato, não o são. O Grupo 4 é considerado pela sociedade um grupo porco, este pessoal não lava a mão e não puxa a descarga. O fato é que este pessoal encosta apenas na maçaneta e, se pensarmos ainda mais a fundo, os Grupos 1 e 3 passaram pela torneira antes da maçaneta, o que coloca, em termos percentuais, o Grupo 4 em uma posição extremamente higiênica em comparação com todos os outros. Podemos ainda considerar um seleto sub-grupo do Grupo 4 que utiliza o oportunismo e aproveita/espera a entrada ou saída de alguém para não encostar em rigorosamente nada de dentro do banheiro. Intacto, limpíssimo.
Dica? Dê um tapinha nas costas ao invés de apertar a mão.
Fecha parênteses.


Sabem quando, depois da chuva, o chão da rua já está seco mas algumas folhas de árvore estão caídas e, embaixo e ao redor delas está molhado? Pois é, eu preciso tirá-las dali. Só de imaginar que dali a algum tempinho aquele trecho estará homogeneamente seco... que maravilha.
Desde que me conheço por gente (que caminha na rua) faço isso.
Não se assustem, mas imaginem a cena de hoje: Eu, saindo do psiquiatra, chutando todas as folhinhas úmidas do chão que conseguia.


“Mania de você/De tanto imaginar loucuras”

02 maio 2009

BI CAMPEÃO!

E veio Rio de Janeiro.
E veio acordar cedo (depois de ter ido dormir tarde pra curtir um pouco a noite carioca) pra ir pro Maracanazinho.
E veio a espera do jogo, nervosos.






Susto? Não, foi apelido. O adversário abriu 5 a 0 logo de primeira, assim, sem tempo pro time da Cimed respirar. Sim, ali do outro lado tinha André Nascimento e André Heller, dois ultra campeões pela Seleção Brasileira. Mundiais e Olimpíadas nas costas.
E foi assim, sem conseguir respirar entre um ponto e outro que escorreu o primeiro set. Gritaria, dor de garganta, palavrões, vibração e muita vibração foram o saldo do set. 29 X 27, foi esse o duro placar que fez todo mundo acreditar que seria mais um jogo de 5 sets daqueles de cansar quem ta de fora, como no ano passado.






MAS NÃO!


A Cimed deu um pau no Minas!
Foi 3 a 0, com duas aulas de volei nos dois próximos sets. O time dos ultra campeões não conseguiu fazer absolutamente nada pra parar os 5 atacantes do time do Thiago. O time tava fechadinho, tudo dando certo, as jogadas saindo fáceis.
Não existiu bloqueio triplo pra parar a diagonal curta do Negão. Meu irmão tava sobrando em quadra, soberano naquele Maracanazinho que via o jogo acabar e premiá-lo como o melhor atacante do Brasil.




É, meus caros amigos, o Thiago é o melhor atacante do Brasil. Eu já tinha dito isso, mas ele foi coroado, e o troféu tá na prateleira, como vários outros.
A felicidade de ver um irmão que cresceu comigo e com meus outros irmãos entrar lá, mostrar pra que veio, e sair coroado é inenarrável.



A alegria de ver a ultima bola cair no chão e o Thiago vir correndo pra comemorar com a gente é única.


( http://www.youtube.com/watch?v=DEicsZiaXdM )




Parabéns irmão. Tu merece, e muito, estar onde tu estás. Aproveita tudo isso.
Brigado pelas alegrias.

16 abril 2009

Rumo ao Bi


Meu querido pessoal,

No domingo, dia 12, meus amigo-irmãos vieram pra minha casa para vermos a semi-final da Superliga de Vôlei.

Resultado:

O Thiagão ta na final mais uma vez!!!!

Essa é a segunda final consecutiva dele e, espero, o segundo título.


Com minha descrição, todos podem imaginar a emoção que foi aquele jogo em pleno Maracanazinho.

E querem saber? Estarei lá de novo esse ano!!!!

Domingo agora, dia 19, às 9:30 da manhã estarei pronto pra guerra. Domingo às 9:30 começa o jogo que pode levar o time do Thiago ao tri campeonato. Mas quer saber? O que eu quero é o BI do Negão! A Cimed pode ser tri, mas meu irmão pode ser BI. E vai ser.

Esse ano temos reforços. Vai mais o Pasquali, o Rodrigo e o Victor pro Rio.

Nossa torcida e pensamentos positivos deram certo no ano passado. Quero muito que isso se repita.

Entao convoco todo mundo pra acordar cedo, botar na Globo às 9:30 da manhã, olhar o jogo, torcer muito e mandar muitas energias positivas pro time e pro Thiagão camisa 10.

Ele é o melhor atacante do campeonato. Muito legal isso. E agora chegou a hora de mostrar de novo o porque de ser o melhor. Sem pressão, mas ele já foi eleito mais de uma vez o melhor jogador do mundo. Ta na hora de mostrar pra galera quem manda no vôlei brasileiro.

Thiago neles!

Corre o risco de me verem na Globo ainda, gritando e vibrando a cada ponto.

Todo mundo lá, de espírito.


Rumo ao Rio de Janeiro.

29 março 2009

Idiossincrasias


Tirar a camiseta antes da calça
Vestir a calça antes da camiseta
Tirar e guardar os tênis amarrados
Cozinhar ouvindo música
Comer vendo TV
Dormir logo antes e/ou logo depois do almoço
Ler deitado na rede, no verão, depois do almoço
Camiseta toda branca
Musica alta dirigindo
Celular no bolso direito
Documentos e dinheiro no bolso esquerdo
Beber somente água durante a refeição
Dar um (bom) intervalo entre refeição e sobremesa
Dois travesseiros e duas almofadas pra dormir
Sentar no sofá, com os pés pra cima, logo após o almoço
Esperar muito tempo pra dar a primeira garfada ou mordida
Cabeça inclinada pra direita
Roupa confortável
Perna cruzada
Musica no quarto, na sala e no ouvido
Camiseta curta por cima da comprida
Computador na cama
Shampoo na cabeça - sabonete pelo corpo - agua no corpo - agua na cabeça

22 março 2009

Aqui vai ficar.


E a vida vai abrindo as minhas portas. Aquelas que sei que estão ali me esperando, e que só falta abrir, entrar e aproveitar. Vou abrindo e aproveitando, vou caminhando e crescendo. Gosto das coisas que a minha vida tem me jogado na cara. Jogado na minha frente. Fruto, provavelmente, do meu merecimento e do meu esforço. Novidades de todos os tipos. Adoro novidades. Penso, avalio elas e escolho. Quero, não quero. É bom poder escolher.


Bom poder apostar em si mesmo sabe? É. Aposto naquele cara loiro e magrão ali. Aposto mesmo em mim. E tem tanta gente capaz por aí. Capaz de tantas coisas, capazes de tudo. Mas quer saber? Aposto em mim. E essa segurança só me traz mais.... segurança. Confio, boto minha mão no fogo, aposto, todas as minhas fichas.



Caem do céu? Vai saber de onde as coisas boas saem pra mim. Só sei que saem, só sei que aparecem, que me são dadas. Conquisto. Mas talvez não conquiste diretamente, talvez eu não tenha corrido atrás exatamente daquilo, mas talvez o simples fato de eu merecer já basta. Basta eu ter feito o bem e continuar fazendo. Basta eu ter gostado das pessoas e continuar gostando. Basta eu dar atenção e carinho. Basta eu doar meu tempo, basta eu fazer a mais do que me é pedido. Basta eu amar. E continuar amando. Não sei se caem do céu, mas hoje estão nas minhas mãos. E sei que vem muito mais pela frente. Muito. E o que está na minha mão, aqui vai ficar.

14 março 2009

Body


Escrito por Silviane Vezzani. Fisioterapeuta, chefe e ídolo.
Foi publicado na coluna dela na Sul Sports.

O Zé Pedro Goulart é paciente da clínica e gênio com as palavras.

Aproveitem. Vale a pena.

Usem e abusem do seu corpo. Ta bom, não abusem tanto.




O Chato e O Prazeroso


"O prazer cobra um preço. Às vezes muito alto. Foi mais ou menos assim que começou uma maravilhosa conversa com José Pedro Goulart, onde ele fez uma constatação que tudo que é prazeroso tem uma moeda, e levou este pensamento à atividade física, o que me fez pensar tanto que pedi autorização para tentar descrever sobre isto.
Para ele existe o exercício Chato no caso o Pilates e o Prazeroso no caso o tênis.
Chato, tipo: estudar anatomia, fazer dever do colégio, ler livros obrigatórios, passar fio dental nos dentes, entre mil outras. Chato no sentido de exigir concentração, disciplina, de emocionalmente, desafiar muito pouco, tem que ser lento, tem que ser meticuloso e acima de tudo, tem que ser feito.
Prazeroso, tipo ir ao seu limite, desafiador, ter uma estratégia para executar a tarefa, competitivo, não pensar no corpo e sim no jogo.
Jogando isto na atividade física, podemos dizer que chato é o exercício estabilizador, aquele que constrói o corpo, que dá alicerce para executar os movimentos sem grandes prejuízos, é o exercício que protege, mas exige muito do executor.
São exercícios que devem ser feito com consciência corporal, pois o disparo dos músculos estabilizadores é diferente, eles só atuam quando solicitados corretamente e ainda são de fácil substituição por outra musculatura. O simples fato de fazer mais rápido pode tirar eles do trabalho. O beneficio deste tipo de exercício é o alicerce que deixa no corpo, mantendo o corpo capaz de absorver mais carga, estabiliza as articulações, dá suporte para gerar mais potencia em atividades dinâmicas. A cada dia vemos mais preparadores físicos optarem por exercícios estabilizadores nos seus programas, principalmente em época de pré-temporada. Os chatos tem vários nomes: estabilização central ou Core (técnica de fisioterapia que visa recrutar o disparo correto dos músculos estabilizadores e organizar a linha de força corporal), Pilates ( grau acima da estabilização), Yoga, Powerstretching, musculação ( baixa carga e solicitar o fechamento de força das cinturas pélvica e escapular) entre outros.
O prazeroso, não precisa de tanta explicação, talvez entender porque ele cobra o preço alto. Poderia ser um preço bem baixinho. O fato é que o executor exagera, chamamos que ele sai do “guarda chuva”, ou seja, sai da proteção e entra na faixa de risco. Bem, ai não adianta chorar. Também é preciso entender que todo o esporte lesiona, mas ficar só vendo televisão (prazer de alguns) também, preferível lesão por esforço do que por desuso. O correto é conhecer o seu limite, o tamanho do seu guarda chuva, e ficar jogando dentro dele, para aumentar este limite, temos que voltar para os chatos, preparar o nosso corpo para receber mais carga. Parar de jogar, desistir do esporte não é a melhor solução, adaptar mente e corpo, acho que é a equação correta.
O prazeroso sem o chato é perigoso, mas o chato sem o prazeroso não tem razão de existir. Amplie o seu guarda chuva, deixe o chato fazer parte da sua vida e com certeza o prazer será maior."

09 março 2009

Sabe aquelas conversas que recarregam as baterias todas?
Conversas que fazem bem de varios jeitos, mesmo quando nem tudo sao flores. Fazem bem por transformar a pessoa que iniciou a conversa na pessoa (melhor) que terminou-a.
Na verdade conversas desse tipo nunca acabam eu acho...

26 fevereiro 2009

Party all the time.



Agora de volta a rotina depois de uma época um pouco festiva eu diria.

Bom, sexta-feira 13 foi a festa da Rezinha. Foi simplesmente mágico. Sabe quando não cabe mais felicidade? Mais ou menos isso. Era tanta alegria e tanta, mas tanta musica boa.
A Miss Nine, meus amigos, merece uma coroa, como eu mesmo mostrei pra ela. Um som lindo, cheio de energia e sentimento bom. A musica dela me lavou a alma, de cima abaixo. Toda querida, cheia de sorrisos, e mandando uma sonzera pra galerinha. Um dos melhores sets de toda a minha vida, uma das melhores festas de toda a minha vida.
Brigado Rezinha, por me dar tudo isso.

Depois disso veio o carnaval. E que carnaval.
Florianópolis com meus irmãos de coração. Kuki, Tagor, Pasquali, Thiagão e eu nos divertindo horrores, como nos velhos tempos, só que agora nos novos tempos, com tudo que isso possa ter direito.
Bastante festa e bastante 'fazer nada' juntos, só rindo e falando besteira.
O Thiago tem um apartamento lindo no Estreito, um bairro pertinho da ponte, no continente ainda. Com tudo que a gente precisava dentro dele, fomos recepcionados e tratados como se estivéssemos em casa. Até demais, já que o Tagor estragou o fogão e a pia da casa. Mas amigo é pra essas coisas né.
Teve Warung (mágico como sempre), com direito a 5 horas de John Digweed, o gênio. Depois teve P12 com sol, piscina e muita música boa do Fabrício. Ainda teve El Divino, a segunda casa do Negão e Pacha no outro dia só pra descontrair. Diversão garantida todos os dias.

Valeu galerinha pelo carnaval nota 10.
Valeu Negão por tudo e até a próxima.

01 fevereiro 2009

Work


E veio Natal.

E veio Ano Novo.

E veio formatura.


Feliz Nata!

Feliz Ano Novo!


E pela formatura? Só tenho a agradecer a todo mundo que me ajudou e que fez parte disso tudo. Dessa faculdade toda que teve 5 anos e meio pra mim e que, um belo dia (belíssimo, por sinal) acabou.

Foi fechada com chave de ouro. A formatura tava muito bonita, corrreu tudo certo. Eu fui o orador junto com uma colega (a Cris, uma pessoa encantadora demais) e foi bem legal, fui bastante elogiado por um monte de gente. Gostei mesmo do discurso. Era bem como eu tinha imaginado. Depois disso ganhei, junto com a Cris tambem, o troféu que a PUC dá pro colega que é mais amigão da turma, que se dá melhor com todo mundo, ajuda a galera, etc. Nossa, essa foi uma felicidade sem explicação! Sério, foi simplesmente demais. Até a hora ninguem sabe quem é que ganha, pois é feita uma votação uns dias antes e revelado só la em cima. Sem palavras pr'aquele momento. Só tenho a agradecer pra minha turma. Baita turma.


Bom, agora a coisa ficou séria. E estou feliz como nunca no meu trabalho. Adoro estar na clínica e o tempo que estou lá é o melhor do meu dia.


As idéias brotando, as vontades chegando, as novidades querendo entrar. Nova fase. Vida nova.

Mãos a obra agora!