Deslize -

Deslize - E você é capaz. Para isso, não se incomode com coisas pequenas, com obstáculos que aparecem do nada, com gente que não vale a pena. Simplesmente leve a sua vida de acordo com os seus valores, seguindo a trilha da sua consciência. Não se deixe levar pela irritação, a raiva; não aceite provocações, não se incomode com a opinião de pessoas mal intencionadas. Não caia nessas armadilhas - é só desgaste e perda de tempo. Agir assim é um desafio diário, mas vale a pena.
- Chuck Palahniuk -

10 dezembro 2010

One day we're gonna live in Paris.

Difícil fazer isso, mas escolhi as 11 músicas que eu mais ouvi, mais gostei e que mais trouxeram sentimentos e sensações legais em 2010. Acho que um bom resumo – e conclusão – seria que essas foram as 11 músicas que mais passaram pelo modo “repeat” do iTunes.
É difícil porque tiveram várias outras muito marcantes pra mim nesse ano, mas como minha memória nunca anda por aqui pra me ajudar, o máximo que consegui dela foi essa lista. Acho que ta bem fidedigno até. Mas não tem uma ordem, estão todas misturadas.
Ouvi algumas músicas melhores que as que estão na lista, mas não ouvi tanto quanto ouvi essas 11. Centenas de vezes seria uma forma adequada de contar.


Lusine – Two Dots

La Roux – In For The Kill

Massive Atack – Paradise Circus (Gui Boratto Remix)

The XX – Infinity

Friendly Fires feat. Au Revoir Simone – Paris (Aeroplane Remix)

Monarchy – Black, The Colour Of My Heart

Darius Rucker – Exodus

Craig David – Walking Away

Flight Facilities – Crave You

Alanis Morissette – I Was Hoping

Flunk – Blue Monday (New Order Cover)


Fiz um arquivo com todas, pra quem quiser baixar.
http://dl.dropbox.com/u/12376902/11.zip


01 dezembro 2010

You're with the band.


8 bandas que eu mais comentei, gostei, pensei, senti e ouvi esse ano. As que ficaram mais próximas de mim durante esse 2010. Ano lotado de novidades musicais, mas também, como dá pra ver na lista, com algumas coisas antigas, que simplesmente resolvi que deveriam estar mais nos meus ouvidos. Bandas que descobri aqui, bandas que me aproximei mais aqui, mesmo já conhecendo, e bandas antigas conhecidas e próximas, que só continuaram o sendo. Me dei conta que indicar algumas poucas músicas é bem bem difícil, mas separei algumas (tentei 3) das minhas preferidas.

The XX
Conheci aqui, no início do ano. Conheci e foi uma paixão avassaladora, daquelas que tu nao consegue ficar nenhum dia longe. Ouvia absolutamente todos os dias, o álbum inteiro. De vez em quando, até umas 3 vezes ao dia. Um som calmo, tranquilo, com vozes diferentes, bem únicas, e lindas. Os três (dois caras e uma menina) são uns esquisitos, caras de gente estranha mesmo. O som é completamente delicioso, e sim, eu parei de ouvir todos os dias, mas a cada vez que volto a ouvir, é a exata mesma sensação (muito) boa.
Bom, há pouco tempo fui no show deles. Comprei meses antes o ingresso, não perderia por nada. Não preciso dizer que foi simplesmente sensacional. Aquela música muito alta te deixava dentro daquelas músicas, toda uma outra atmosfera. Eles lançaram o primeiro – e único até agora – CD no ano passado, e desde então o show deles é basicamente o álbum, não se acrescenta muita coisa, mas mesmo assim não perde toda a magia da banda. E ainda não deu pra enjoar. Indicação? “Shelter”, “Crystalized” e “Infinity”.

Madredeus
Conheci no início do ano passado. Já são dois anos de convivência. Essa banda é de uma paz e de uma pureza inigualável. É em português, de Portugal, e a voz da cantora é apaziguante que só ela. Sempre que vou estudar é ela que fica nos meus fones de ouvido, e também sempre que quero relaxar em casa, tomar um vinho, olhar pro nada, pensar na vida... Me agradar. Tenho uma coisa meio egoísta com essa banda, que eu gosto de curtir meio que pra mim, um clima mais meu, mais introspectivo. Talvez também por eu saber que não é todo mundo que gosta, e que praticamente ninguem na minha volta adora. Eu tenho toda a discografia da banda, e são mais de 15 álbuns. Acreditem ou não, eu escuto todos. Indicando, “Maio Maduro Maio”, “Haja o Que Houver” e “Lisboa Rainha do Mar”. Putz, “Oxalá” tambem.

Monarchy
Monarchy leva uma estrelinha. Sou inclinado a dizer que é a melhor banda que eu escutei esse ano. Não só das que descobri esse ano, como é o caso, mas de todas que passaram pelos meus ouvidos em 2010. E tenha certeza que esse número não é nada pequeno. Bom, é um vício, horrível. A banda são 4 caras, mas só aparecem 2, nas reportagens, entrevistas e afins. Mas eles tem uma coisa ainda, absolutamente ninguem sabe quem são eles. Simplesmente não se sabe quem são aqueles dois caras que escrevem, cantam, tocam e se apresentam com umas máscaras. Não existe foto, não existe vídeo, não existe nomes, nada. Amam o assunto espaço/galáxia/universo, vivem nesse mistério, leem Palahniuk (!), e eu poderia citar mais várias coisas incríveis deles, já que acompanho tudo que dá, o que não é muito. Tenho um grave problema, cada vez que eu escuto o CD eu escolho uma música diferente pra ser a minha preferida. Isso muda no dia seguinte, ou na hora seguinte, se eu não consigo me segurar por 24 horas. Indicação (to escutando pra escolher a/as da vez): “Black, The Colour of My Hearth”, “The Phoenix Alive” e “You Don't Want To Dance With Me”.

The Doors
The Doors. (pensei em deixar só assim)
Doors é Doors. (também daria pra deixar assim)
Mas tá. Doors não foi sempre grande pra mim. Sempre vi as camisetas com aquele rosto que é meio do Val Kilmer, meio do Jim Morrison mesmo. Sempre conheci uma meia dúzia de músicas, raramente ouvi uma por livre e espontânea vontade, tirando algumas raras vezes de Light My Fire. Fui formalmente apresentado a eles no início do ano passado, quando, de fato, fui passar a ler, conhecer e curtir cada segundo de cada música. E aí isso cresceu. Foram dois anos de muita companhia. Ouvi, li, ouvi, vi filme, ouvi. Fui até em show, sorry. Vi dois shows de uma cover de Porto Alegre, por sinal bem bem boa.
Esses caras cresceram aqui pertinho, onde eu vou toda semana, na praia de Venice. Isso é muito massa. Tudo bem, indico: “Riders On The Storm”, “People Are Strange” e “Touch Me”.

Angels & Airwaves
Essa é a banda que escuto pra ficar alegre. Ela é realmente mágica pra mim. Uso ela como um remédio, então sempre que estou mais pra baixo e quero sair, já sei qual a única coisa que tenho que fazer: selecionar a banda e apertar play. Bem simples, fácil e rápido. Na verdade, instantâneo. Antes de fechar o primeiro minuto da primeira música do mesmo CD – o segundo – o meu ânimo já é totalmente outro. Isso é estranho, e duradouro. Que bom.
O vocalista é aquele retardado ex do Blink 182, e o baterista é o ex do Offspring. Eles tem um som muito pra cima, e isso foi muito bem comprovado quando fui no show deles. Um baita (baita!) show. Eu conheci essa banda meio sem querer, procurando umas bandas novas, acho que ano passado. Sou viciado no segundo álbum deles, o I-Empire, o que me atrapalha um pouco, pois raríssimamente escuto os outros dois. Indicaciones: “Call to Arms”, “Breathe” e “Love Like Rockets”.

La Roux
A – por mim apelidada – Deusa Vermelha. Vou começar pela indicação: “In For The Kill”. Que música incrível. Coitadas das pessoas na minha volta, mesmo. Eu devo ter escutado mais de 900 vezes esse ano, sendo realista. Conheci La Roux esse ano, depois que cheguei aqui, e venho batendo récordes de vezes que ouvi. Mas é que não tem muito como ser diferente, a Elly – a cantora – tem uma voz sensacional, um estilo sensacional e umas músicas muito deliciosas. E uma música indescritível. Além de um cabelo que parece um sunday do McDonalds. Só que vermelho. Essa gente esquisita que eu adoro, que me chama atenção sempre. Continuando a indicação, “Quicksand” e “Tigerlily”.

Jack Johnson
Aquela coisa que tu pode escutar todos os dias durante toda a tua vida. Som agradável demais, violãozinho, voz tri boa, tranquilidade, sentimento do bem, memórias e mais memórias. É sempre uma delícia ouvir Jack Johnson, não importa em que situação. É, esse conheci ha bastantes anos atrás, não sei bem quantos. Aquela época que “Flake” tocava até em supermercado (ta, o que é um péssimo indício em todos os casos do mundo, tirando esse). A partir de lá fui tendo álbum à álbum e deixando ele fazer cada vez mais parte da minha vida. Tenho sempre lembranças muito felizes, de épocas maravilhosas da minha vida, de ocasiões e pessoas inesquecíveis. Esse ano, aqui, tive uma alegria gigantesca quando consegui ver um show dele. Um showzinho pequeno, numa estrutura pequena em cima do píer de Sta Mônica, onde eu fiquei a uns 10 metros dele. Foi incrivelmente incrível aquela sensação toda. O bem estava ali naquele ambiente. Difícil, mas indico: “Inaudible Melodies”, “In Between Dreams Medley” e “It's All Understood”.

Michael Jackson
Eu nunca deixei completamente de ouvir Michael. Volta e meia ele andava por ali, dando uma cantada nas minhas caixas de som. Mas tive dois grandes momentos dele na minha vida, muito provavelmente os mesmos dois da grande maioria dos brasileiros. A primeira quando ele foi pro Brasil e a segunda agora, depois da morte dele. O que eu tenho de grande com ele é o fato de eu sempre ter dito na minha vida que, se existisse um show na minha vida que eu pagaria todo dinheiro do mundo pra ir, esse show seria o dele. E que se fosse pra eu pensar em uma única pessoa, em termos de grandeza no entreetenimento todo, essa pessoa seria ele. Acho ele um imenso gigante. E, bom, depois do meio do ano passado, ele tem andado mais vezes nos meus ouvidos. Isso já faz um ano e meio, e ele segue grande no meu iTunes. Indicando Michael Jackson: “Heal The World”, “Human Nature” e “The Way You Make Me Feel”. Tá, Free Willy mandou dizer “Will You Be There”.

17 novembro 2010

you bring light in

Vídeo massa da nossa querida Absolut.

03 novembro 2010

Absolut Pajamas



Estava há alguns dias guardando as ultimas páginas do Menino do Pijama Listrado.

(vivo economizando livros, séries, filmes, roupas...) (reais, dólares).

Agora acabei ele.

Tudo bem se eu não gostei desse livro?

Esse é o primeiro best-seller que leio. Nunca li nenhum desses campeões de venda, que estão sempre bem no meio das grandes livrarias e todo mundo ama. Sim, tem uma parte de pré-conceito, eu não nego, mas sempre me interessei por alguns outros antes de qualquer um desses. Enfim, de um jeito ou de outro, o do John Boyne foi o primeiro que me propus.

Eu não vou ficar falando mal desse tipo de livro, generalizando e colocando todos num mesmo saco de livro popular. Não vou porque já ouvi muito elogio de pessoas que considero muito interessantes e inteligentes, sobre vários desse, vamos dizer assim, gênero. Não li, não pretendo ler tão cedo, mas não vou dizer que nunca vou ler um da prateleira grande com 1032 cópias expostas.

Depois de acabar de ler o Assombro, do Chuck Palahniuk (que não é um suspense ou um terror, é apenas Palahniuk), e ao já ter começado Trainspotting, do Irvine Welsh (é só ver o filme e ligar as coisas), fica difícil de eu me ver profundamente entretido com esse livro de linguagem infantil e simples. E esses dois adjetivos, aqui, não são usados de forma pejorativa, não mesmo. Todas as milhões de pessoas que ficaram encantadas com o Menino do Pijama, se referem justamente a isso ao explicar seus fascínios, à linguagem simples que o tema é abordado, já que a história é contada por um menino de 9 anos.

Tudo bem que a justificativa seja essa. É uma criança quem conta a história, não podia ser muito mais profundo ou elaborado. Esse é o intuito, dizem. Talvez se o menino tivesse visto mais coisas e contado com suas palavras, mas ele viu tão pouco, ele passou por tão pouco. Um livro de 180 páginas – e letras grandes – que faz passar 1 ano e não muda praticamente nada após esse tempo, pra mim torna-se pobre, vago. Sim, ele é vago porque vem dos olhos de uma criança, eu entendi. Vago demais na minha opinião, bobinho demais. Mas, essa é a minha opinião, e mais, essa é a minha opinião hoje. Talvez seja pela minha época de vida, talvez seja por ter lido ele entre dois livros tão fortes. Ou talvez eu tenha realmente pensado nessa história como algo que praticamente pudesse (apenas) ser lido por crianças. Elas não entenderiam algumas coisas, mas essas são tão poucas que é isso que pode ter me feito pensar.

Bom, ainda temos uma chance. Sabe os dois escritores que citei aqui? Palahniuk e Welsh? Ambos já fizeram algo em comum, que é o que pode salvar nosso querido livrinho. Os dois já escreveram livros que, algum tempo depois, entraram no hall dos raríssimos livros que tiveram sua história transformada em um filme e ficaram pra trás da versão de cinema. Clube da Luta do primeiro, e o próprio Trainspotting, do segundo. Dois super mega ultra excelentes filmes que, contados nas páginas impressas não tem a mesma magia que os gênios David Fincher e Danny Boyle conseguiram botar na tela. Eu sei que Ewan McGregor, David Carlyle, Brad Pitt e Edward Norton ajudam um tanto quanto bastante, mas todo mundo sabe que a maioria esmagadora das adaptações, das páginas pro cinema, não consegue superar a boa leitura.

Vamos torcer pra que esse tal Mark Herman, também conhecido por dirigir um filme que foi pro Brasil com o nome de “Na Maior” - nome perfeito pra passar na Sessão da Tarde, entre a Lagoa Azul e Férias de Verão, tenha feito um bom trabalho e salvo a fábula do menino de pijama.


23 outubro 2010

Absolut Shot



Não sei nem o que dizer.

Pelo menos no Japão eles me entendem.
Para Japão, leia-se China, Korea(s), Taiwan e todos esses vários japoneses.


09 outubro 2010

Som em silêncio.




Precisava agora de uma massagista.
Características específicas: Gorda, bem gorda. Dedos grossos e pesados. 59 anos. Russa. Meio loira, meio grisalha. Mal-humorada. To imaginando aqui uma camiseta meio larga (pra ser larga nela tem que ser tamanho XXXL), listrada horizontalmente, branco e cinza.
Ela tinha que falar só russo. E ficar aquele clima de acordo entre as partes, de que ninguem queria falar nada mesmo. Entre um gemido de dor e outro, ela saberia exatamente onde devia pegar mais pesado. Com gestos, pediria para dar especial atenção aos meus antebraços. Nesse momento, lágrimas escorreriam dos meus olhos, juntamente com urros de dor. O medo atravessaria meus olhos. A velha, ao se dar conta que ainda tem alguma coisa próxima de sentimentos, em algum canto daquele coração pequeno, gelado e amargo, aliviaria a pressão dos fortes dedos. Sim, essa seria a minha massagista velha/gorda/russa, fria e amarga. Mas o medo, nesse momento, não é de todo ruim. Aquela enxurrada de adrenalina vem e, logo depois, relaxamento. Ao me deparar com aquele breve momento afetuoso da senhora de camiseta listrada, com apenas um olhar, pediria que não parasse, deixando transparecer que é dolorido mas que alguma coisa de masoquismo há nas dores musculares.
Quando tu vai em um massagista, tu sabe que ele não quer conversar. E tu, muito menos. Mas não adianta, o silêncio incomoda a maioria das pessoas. Logo, o desconforto te pega dos dois lados. Ou existe uma conversa, e isso é desagradável, já que o que voces dois querem é ficar quietos e cada um fazer a sua parte, ou fica aquele silêncio, desagradável pra maioria, e invariavelmente interrompido por amenidades, como tempo, futebol, "a vida" e outros assuntos que ninguem fala por vontade própria por aí.
Eu sou apaixonado pelo silêncio, e por tudo que ele traz junto. É impressionante a quantidade de informação que - estranhamente - o silêncio pode trazer das pessoas. Ele, é claro, tem o poder de trazer paz, só que ele tambem tem o poder de trazer inquietação, e são dois sentimentos tão contrários e distantes. Mágico silêncio.
Quer saber uma coisa legal? Eu consigo escutar musica bem alta no fone de ouvido, e mesmo assim estar em silêncio.
Mas a nacionalidade da minha massagista pouco tem a ver com o silêncio. Está bem mais relacionada ao simples fato de ela ser uma russa e, bom, todo mundo sabe que de russos, só o que podemos ter é medo.

04 outubro 2010

Postergar é viver.



E é quando tu te pára querendo falar e escrever tanta coisa, que só um gravador de voz – e um posterior livro – poderia suportar e acompanhar.
Mas não, (ainda) não tenho um gravador de voz e (ainda) não estou pronto pra escrever um livro. Logo terei e logo estarei.
Muita gente que eu conheço que tem blog, volta e meia tá por alí dizendo que faz tempo que não escreve, que anda sumido, que logo vai voltar a escrever bastante.
Tenho esse incrível poder de deixar quase tudo pra depois. A magia de postergar tudo que você pode. E quase tudo pode. Mas quem te embala depois disso? A culpa, óbvio.
E-mails tem uma excelente ferramenta chamada “marcar como não lido”. Nenhuma outro botão é mais apertado por mim do que este. Recebe o e-mail, lê o e-mail, seleciona o e-mail, marca como não lido. Perfeito. Ele segue amarelinho, destacado, tu segue olhando pra ele e ele segue te dizendo que tu tá devendo. A culpa. Eu estou sempre devendo, pra mim mesmo. Devendo e-mails, devendo ligações, devendo respostas, devendo posts, conversas, visitas. Trato sempre de não fazer alguma(s) dessas, pra poder ficar sendo cutucado por mim mesmo, lembrando-me que devo. Que ainda tenho que.
Em minha defesa (contra mim mesmo), alego que tenho trabalhado bastante. Estou inteiramente contente com isso, tenho me dedicado horrores pra todas as coisas novas que tenho descoberto nos ultimos tempos.
Mas... as culpas seguem acumulando. Alguns vários e-mails “não lidos”, posts por aqui que quis fazer e não fiz, e várias outras modalidades de faltas que tenho comigo mesmo.
Vale lembrar que a dor nos meus antebraços é bem grandinha, e que isso é fator somatório nas minhas não-postagens, não-emails, não-respostas e afins. Digitar, depois de tudo que passo de horas na frente do computador durante meu dia, tem sido sacrificante.
Bom, não é de todo ruim e “sacrificante” não é uma palavra que denote impossibilidade.
Depois de algumas desculpas esfarrapadas, dou algumas atualizadas do amigo enrolãozinho aqui.
  • Ando feliz com esse lugar que estou morando. Começando a me acostumar e a gostar. Sou completamente apaixonado pelo meu Brasil e isso faz eu ser um chatão por aqui as vezes, achando defeitos e mais defeitos nessa sociedade que tanto acredita ser a melhor. Sigo sendo chato, não gosto de quem fala mal do Brasil, e estou curtindo cada vez mais as coisas daqui.
  • Após ter passado por épocas de controversos vícios em seriados como Dawson's Creek e Felicity, e óbvios e unânimes vícios em seriados como Friends, House e Seinfeld, passo agora por um fortíssimo vício nos recém descobertos Six Feet Under e How I Met Your Mother. O primeiro, uma série mais séria, deve ser considerado um drama, é a história de uma família que é dona de uma funerária. Cada capítulo começa com uma morte e depois todos os sucessivos acontecimentos para o velório dessa pessoa. Em meio a isso são as histórias de todos os personagens: a mãe e seus três filhos. O pai morre, mas como é no primeiro capítulo, posso contar. Vício pesado. O segundo seriado é uma comédia, bem do estilo Friends. São 5 amigos que vivem sua vida entre um dos apartamentos e um bar. Friends são 6 e eles vivem tomando cafés no Central Perk. How I Met Your Mother são 5 e eles vivem tomando cerveja e whisky num bar. Sabe quando tu se apega aos personagens? É por aí, já anda difícil passar um dia sem ver um episódio que seja. Vício com elevados graus de dependência.
  • Estou aprendendo a andar de skate. Nunca fui fã disso que vive quebrando as pessoas, mas ando curtindo esse aprendizado. Sigo não achando legal ou inteligente aquelas mil rampas, degraus, pulos e (especialmente) corrimãos. Se arrebentar de graça não é comigo. Mas ando gostando de dar uma volta, calçadão, beira da praia, esse clima. Mas subir alí, se empurrar e pronto. Uma descida pra te ajudar e descansar a perna que embala é o ápice. Não passa disso.
Esses dias vim aqui pra botar um vídeo e não consegui. Estranho. Há pouco tempo postei um – do Madredeus – e me gabava por ter aprendido. Desaprendi.

25 agosto 2010

Vivendo e tuitando.



Depois de algum tempo tuitando pra lá e pra cá, a gente se dá conta do quanto se aprende sobre si mesmo. Se dá conta de várias conclusões que se tira, sobre nós mesmos e sobre o que tá em volta da gente. Conclusões, que são a base do que essa galera coloca alí.
Mostra-se tambem muita coisa. Sites, imagens, notícias, novidades, velharias... Mas quando falam, basicamente, contam ou tiram conclusões.
E aí, conhece-se, e reconhece-se.

Se tu nao tem twitter, facebook e escova de dente elétrica, tu nao pode morar na América

Nada como as águas do Pacífico. São capazes de quebrar um dedão.
Wine and Wii. Awesome, but not so safe.
Não sei quem disse que ficar na cama mais de 12 horas dói as costas.
Ô barulho irritante aquele alto que fazem enquanto mascam chiclete.
I would like to have a sleep button.
Eu tenho sono o tempo inteiro da minha vida. Tirando alguns momentos que eu gostaria de ter.
Um pacote de espinafre fazendo alusões católicas: No preservatives.
Alguem se sente util arrumando a cama?
Eu ainda sou daqueles que ve filme de super-heroi e quer ser um. E o pior, fico achando que sou um.
Juizes sao ladroes ao nascimento. Todos
Coisinha bem de americaninho, mas peanut butter and jelly é muito bom.
A palavra "samba" já me dá arrepios.
Tem roupas que insistem em ficar fora do armário. Arrumo, arrumo, arrumo e elas nunca vão lá pra dentro.
Lavar a parte de baixo do prato é uma questão puramente de tentar ter a consciência tranquila.
Ta rolando uma Diana Krall na minha casa. Reconheci a voz, ela tocava na praça de alimentação do Bourbon.
Venho por meio deste expressar publicamente meu respeito, admiração e fanatismo por Galvão Bueno.
Alguém já tentou colocar meias com uma mão só?
Depois que quem limpa o teu banheiro é tu mesmo, tu começa a respeitar o ato de mijar sentado das mulheres.
O espirro, pra ser aproveitado de verdade, tem que ter o grito envolvido. No mínimo dois vizinhos precisam ouvir.
Pimenta é testar os limites do cara. Eu fico com ÓDIO se eu como pimenta.
Poucas coisas são mais irritantes do que o aspirador de pó do vizinho.
Estamos em 2010, não podem mais existir manchas em roupas.
Velha mania: "bah, olha que gosto horrível isso, parece que ta podre. prova."
O verão californiano é uma mentira.
Metade dos textos que rolam nos e-mails são do Jabor, a outra metade é do Veríssimo.
Sobre qualquer assunto que você precise na vida, existe um fórum.
O cheiro da salada com vinagre me remete instantaneamente aos tratamentos de piolhos feitos em tempos em que Kwell não existia.
Difícil respeitar plenamente alguém que usa sapatênis.
Sempre que vejo uma palavra que começa com O, tento lê-la de trás pra frente.

16 agosto 2010

Barba, cabelo e bigode.


Esses dias li um texto genial sobre barba.
Me senti (por mim mesmo) obrigado a escrever sobre o assunto.
Assunto este, que vem sendo recorrente nos meus dias.
Eu não sei exatamente quando eu comecei a não passar mais aquela gilete no meu rosto, mas certamente faz algo por volta de dois meses. E a gente vai conhecendo as inúmeras funções que uma barba pode ter.
A mais óbvia é o aquecimento do rosto, mas esse quesito não deve ser levado em consideração no exato momento, pelos simples fato de que estamos no auge do verão californiano – que diga-se de passagem, é uma mentira, pr'aqueles que acreditavam no sonho americano. Mas, de qualquer maneira, não ando precisando esquentar meu rosto, apesar do vento gelado que temos todos (sim todos) os dias no fim da tarde.
Nestes últimos tempos, tenho aprendido que uma coisa que faço muito bem é deixar crescer uma barba, com todos os cuidados, precauções e paciência que este ato demanda. Muito provavelmente isto não deve ser algo que se aprende, mas um dom.
Bom, outra função que vem se tornando evidente é o envelhecimento. Com certeza, sem a barba eu não pareço ter 25 anos de idade. Nesse momento eu me torno apto a ter a idade que eu desejar entre 20 e 30 anos. Aqui na América se pede identidade por não ser permitida a venda de bebidas alcoólicas para menores de 21 anos, em qualquer lugar. Enquanto um homem sem barba, sou solicitado praticamente todas as vezes que tento uma cerveja ou um whisky, mas agora a coisa mudou de figura, além de não me pedirem nada, ainda me chamam de senhor. Trata-se, claramente, de um elemento que traz respeito e credibilidade.
Mas, sem dúvida alguma, a melhor função da barba aparece ao ser indagado sobre alguma coisa. Imagine-se sendo perguntado sobre alguma coisa qualquer. Agora responda essa pergunta. OK, pode ter sido uma boa resposta. Mas agora tente de outra maneira: Ao receber a pergunta, escute atentamente, agora alise sua barba, com uma expressão pensativa. Agora responda. A alisada na barba dá um peso e um respaldo para sua resposta que nenhum outro gesto consegue dar.
Em termos puramente sociais, uma barba pode ser comparada a um terno.
É preciso estar preparado para comentários, apelidos e retaliações. Mas digo a vocês que vale a pena. O valor de uma penteadinha no bigode com os dedos é inestimável.

06 agosto 2010

Essa fé que ainda me faz otimista até demais.



A vida tem colocado algumas situações muito parecidas umas com as outras pela minha frente.

Na minha vida, nas vidas à minha volta, nas vidas dos personagens dos filmes que ando vendo.

Aquelas situações que envolvem um futuro, uma decisão e uma dúvida. Não muito mais do que isso. Talvez um pouco mais complexo, mas não muito mais. E aí nos perguntamos: Isso cabe a mim?

Sim, da nossa própria vida, ainda assim essa pergunta é feita.

E o mais interessante é que a resposta nem sempre é que sim. Aliás, muitas vezes, a resposta é não.

Isso cabe ao futuro. Isso é por conta do destino. Ah, isso aí deixa pra vida. Deus vai decidir. As energias vão conspirar. O mundo vai estar a teu favor.

E quem aqui vai bater o pé e dizer que nada disso é verdadeiro? Que sorte e destino não existem nem nunca vão existir.

E quem vai bater o pé e dizer que é tudo coisa de uma força maior, que nós não temos poder nenhum? Que a nossa influência é meramente ilustrativa.

E eu fico cansado dos discursos de todo mundo, de ficar tentando pender pra um lado ou pra outro. De tentar acreditar em um dos dois pensamentos.

Vi um filme em que algumas pessoas foram muito ajudadas. Curadas, pra falar a verdade e correr o risco de cair na bíblia. Bom, no filme, ou essas pessoas foram curadas por uma imagem de deus numa parede, ou foram curadas pela fé nessa imagem, ou foram curadas por uma coincidência.

O filme chama Henry Poole is Here, foi pro Brasil como O Paraíso é Logo Aqui. Não, ele não é um filme sobre religião. É uma coisa um pouco comédia, um pouco sei lá o que. Eu (fortemente) recomendo.

E as pessoas todas estão aí, à nossa volta, tentando fazer a gente acreditar que as coisas vão conspirar por/para nós. Que alguma força maior está preparando tudo pra nós. E o interessante é que o simples fato de alguns acreditarem nisso, faz com que essa força maior fique mais e mais forte. E ok, isso é bom. Bom mesmo. Que as coisas aconteçam pro bem, seja por energia ou seja por força.

Mas quer saber? Vai tu te mexer!

23 julho 2010

Struck



Short movie muito legal.


O cupido aprontando das suas. Filme premiadíssimo.

09 julho 2010

Economias e socos.


Achei um blog bem legal. Comecei a lê-lo de vez em quando. Esses dias eu tava procurando rankings de sites, e achei um ranking de blogs. Sabe-se lá quem faz esses rankings e qual a validade deles, mas alguém faz. E esse blog tava lá, encabeçando a lista.

O nome é ZenHabits. A frasezinha embaixo do nome é “smile, breathe & go slowly”. Ele é inteiramente branco, as imagens são claras e leves. Sim, um pouco oposto desse ambiente todo preto que a gente se encontra, aqui no meu querido absolutthing.

Bom (numero 1), eu adoro preto.

Bom (numero 2) (eu adoro começar frases com “bom”) (sempre me cuido pra não começar todas), o ultimo post desse blog foi muito muito legal, e resolvi trazer ele pra cá. Eu sei, não se pode copiar assim, copiado, mas vou semi-copiar. E, de qualquer maneira, o nome ta alí, o que acaba por desconfigurar plágio.

Aquele ambiente todo leve, calmo, branco. A foto é de uma menina de branco – na frente de uma parede branca com uma janela tapada por cortinas brancas, abrindo uma caixa branca – e o texto falando sobre simplicidade. O que me vem na cabeça? Clube da Luta, óbvio.

O filme que, do seu jeito, só quer falar sobre a simplicidade. Sobre deixar de se apegar tanto às suas coisas. O blog usa thing ou stuff, mas pra nós, coisa é qualquer....coisa. Mas vamos falar sobre coisas como sendo coisas. Digo, objetos, bens materiais. Bens.

Coisas.

Bom (3), dizia eu, que o Clube da Luta fala exatamente sobre isso, sobre se desapegar e viver o lado simples da vida. Claro que talvez isso só seja realmente notado depois da vígésima segunda vez que se vê o filme. E claro, tambem, que tem uns socos, uns chutes e umas atitudes um pouco... um pouco... diferentes.


Ao texto. (semi-copiado/resumido/levemente modificado/selecionado/eduardiado)


Como simplificar quando você curte as suas coisas.

Pare de comprar! (Adoro pensar assim.)

Conheco algumas pessoas que resolveram adotar esse tipo de pensamento, mais simples e menos consumista. Essas são as pessoas mais fascinantes e inspiradoras de todas.

Mas vamos ser realistas, a maioria das pessoas adora suas coisas e adora comprar mais delas. Assim como nossas atitudes em relação a comer bem, nossos sentimentos em relação aos nossos bens materiais são complicados. A gente sabe o que nos faz bem, mas a gente só não quer deixar de lado as coisas que gostamos. Nossas coisas fazem com que nos sintamos bem.

Existe como ter uma vida simples e ainda assim adorar nossas coisas? Será que deixar de lado nossas coisas conta muito nesse lance de vida simples?

Viver de forma simples e se desapegar dos materiais vão fazer sua vida melhor, isso é certo. Já existem horrores de pesquisas e evidências confirmando. Mas é possível que alguns bens materiais possam nos dar mais felicidade e diversão? Como podemos saber o que é ruim e o que é bom? O que é exagero e o que não é?

A motivação pela qual compraremos algo é o que vai decidir. As coisas que temos, ou que queremos comprar, são pra satisfazer nosso ego ou fazem bem pra nossa alma? Alguns bens podem nos trazer sentimentos realmente bons, mas tem outros muitos que servem só pra aliviar nossa vontade de comprar.

Se prestarmos mais atençao nas nossas idéias sobre os materiais, podemos ter um equilíbrio entre adorar nossas coisas e viver simples.

Alguns pensamentos que podem ser úteis:

1 – Olhe pra sua casa. Toda ela. Você vê coisas que nunca usa e não dá bola? Por que você não dá isso? Faça mais espaço tirando essas coisas do seu ambiente. E provavelmente alguem vai precisar dessas coisas.

2 – Pense no porque você está guardando algumas coisas. São verdadeiramente úteis ou significantes? São pra impressionar os outros ou pra fazer você se sentir mais importante?

3 – Preste atenção em como você gasta seu tempo. Você tem coisas pra hobbies que você nunca pratica? Você tem uma cozinha cheia de utensílios mas você quase nunca faz comida? Se você realmente acredita que vai voltar a praticar um hobby, encaixote as coisas e guarde até você fazer. Mas pense bem. E seja realista em relação a quanto tempo voce tem pra usar aquelas coisas exóticas que você comprou numa promoção.

4 – Sua profissão lida com coisas? Tem algumas que lidam sim, e essas pessoas podem ter dificuldades com isso, já que vivem rodeados por coisas cada vez melhores e mais novas. Existe beleza e arte em muita coisa, mas considere isso: você não precisa ter todas essas coisas pra apreciá-las. Uma vez o Eckhart Tolle (um escritor, falo depois sobre ele) falou pra Oprah (a José Eugênio Soares deles) pra ela não comprar tudo que ela gostava ou queria. E ela poderia, se quisesse.

5 – Prefira experiências à coisas. Gastos com vivências dão muito mais prazer do que gastos com materiais. A memória das experiências melhora com o tempo. Vivências fazem você se relacionar mais com pessoas, o que, certamente, traz mais felicidade. Se você quer muito gastar dinheiro, gaste com uma baita experiência com alguem que você goste.

6 – Quando você pensa nas suas coisas, ou quer comprar algo novo, avalie essas questões:

  • Isso faz a sua vida mais bela e faz bem pra sua alma.

  • Isso faz parte de uma paixão ou hobby.

  • Isso ajuda a deixar a família e os amigos juntos de uma maneira criativa e significativa.

  • Isso ensina.

  • Isso faz a sua vida mais simples.

  • Isso ajuda alguem.

  • Isso é útil e necessário pro seu dia-a-dia.

  • Isso faz parte de uma tradição ou faz você lembrar de uma ocasião especial.

7 – Você vai saber que está comprando sem pensar direito se você:

  • Comprar por puro capricho.

  • Comprar pra impressionar os outros.

  • Comprar porque você acha que mereçe. A frase “ah, eu mereço isso” é o maior veneno de todos.

  • Comprar quando tá sem grana.

  • Comprar somente pra repôr algo que ainda está bom.

  • Comprar porque outra pessoa tem e você quer ter tambem.

  • Comprar porque a propaganda seduziu você.

  • Comprar porque você está entediado.

  • Compra porque comprar acalma você.

É possível equilibrar a simplicidade com as compras e posses. Você tem que curtir coisas sem viver de aparências.

Uma vez que você conseguir ter algumas coisas e não deixar que elas tenham você, você vai ter uma deliciosa harmonia entre o que você tem e quem você é.


Fiquei de falar do escritor, o Tolle. Esse cara escreveu um livro desses de auto-ajuda que chama “O Poder do Agora”. Eu ganhei ele, e li as primeiras 50 páginas, nem isso. Esse livro fez uma diferença gigantesca na minha vida, mesmo estando na prateleira dos auto-ajuda, que junto com a dos best-sellers (e me parece que esse livro é auto-ajuda E best-seller juntos), eu procuro passar longe.

Bom (4), O Poder do Agora começa falando que nossa mente não se resume a pensar. E isso é incrível. Eu aprendi a pensar menos e isso foi importantíssimo na minha vida. Não falo em pensar menos nas coisas, em me tornar mais inconsequente, falo em conseguir descansar minha mente dos meus pensamentos.

Logo continuo lendo o livro. E digo mais, recomendo.

Dizem que os grandes gênios tiveram suas idéias quando de cabeça vazia.


29 junho 2010

Minimalistas, eles chamam.

Pra comemorar o novo (e não muito diferente) layout do meu parceiro blog, coloco uns posters de filmes que eu gosto e recomendo. Os posters são muito legais, feitos por um designer brasileiro. Ele fez um montão, mas escolhi só os dos filmes que gosto. E tem aí Tarantino, Tim Burton, David Fincher, Irmãos Cohen e Guy Rirchie, alguns dos caras que mais gosto.

Holmes, aquele humorzinho do Downey Jr. que me diverte e as cenas pausadas e extraordinárias do Guy Ritchie. Aquele clima Snatch e Canos Fumegantes que é o meu clima preferido.
Os Kill Bills não foram bem assim. No início acho que dei uma relutada, mas, pra variar, caí nas graças - e na sangüeira (ainda posso usar a trema por mais uns dois anos, se eu quiser) - do Tarantino.
Bom, Pulp Fiction não tem o que falar. Já vi umas 385 vezes e pretendo ver mais quantas forem necessárias. Não sei quantas são, nem necessárias pra quê. Talvez pra decorar o resto que ainda não consegui. A fala do Jules antes de matar é bem difícil e longa. E em inglês.
Só o Tarantino pode mudar a morte do Hitler. Só o Tarantino pode pegar uma metralhadora e encher a cara do nazista de furos. E mostrar pra todo mundo. O Brad Pitt com aquele queixo pra frente, falando italiano é sensacional. Isso somado a todo resto do filme deixa o Inglorious Basterds perfeito, do início ao fim. "And I want my scalps."
Clube da Luta não comporta palavras. É uma lição de vida. Um dos filmes mais geniais de todos os tempos, mesmo vindo de um livro. Raros filmes são tão bons ou (raríssimos) são melhores que seu livro. Esse é.
Forrest Gump é Forrest Gump né. Legítimo filmão. A guerra e a vida vistas daqueles olhos ingênuos e gênios. "Life is like a box of chocolates. You never know what you're gonna get."
A Lista de Schindler é aquele filme em preto e branco que dura umas 36 horas. Em VHS eram duas ou três fitas. Com essas características dá pra imaginar né. Mas não. O filme é demais. Forte, bem forte, mas é o holocausto, não tem como ser muito diferente.
Ironman é aquele clima piadinhas do Downey Jr. de novo, que eu curto. E super-herói daqueles que eu fico meio eufórico, querendo ser um, como quando eu era pequeno e via Jaspion, Jiban, Jiraya e todos aqueles super-heróis com J. Um herói que é super porque é rico e inteligente me chama a atenção.
Queime Depois de Ler é engraçadíssimo. O Brad Pitt naquele estilo retardado, e o George Clooney cheio de tics nervosos e manias tão hilários. Os Irmão Cohen devem ser umas pintas bem estranhas. Muita gente falou mal, e tudo bem, mesmo. Ele é bem estranho, não tem como negar. O filme começa, rola inteiro, termina e nada acontece. No fim é aquele clima "Acabou? Como assim?", e é pra ser isso mesmo. Inclusive falam isso. " - O que aprendemos então? - Não faço a menor idéia. - Nem eu."
O Pianista é outro dos (vários) grandes filmes herdeiros da Segunda Guerra e/ou do nazismo. Filmão, com a força da palavra. Aquela agonia. E aquela lata.
Edward, Mãos de Tesoura é nosso sessão da tarde com o gênio pirata do caribe. Ver bem sentado no sofá, com aquele solzinho do meio da tarde entrando, e a gente roubando nas regras das avós ao comer bolinhos de chuva sem chuva. Ele que vem das imagens iradas do Tim Burton e do castelo que todo mundo já teve medo/vontade de ir uma vez.
Alice não podia ser muito diferente se é de uma história que já existe, não sei que tanto reclamaram disso. E a genialidade das imagens não podia ser muito diferente também, já que é do Tim Burton. Filme bonito de ver, e, pra variar, irado de acompanhar o Jack Sparrow em uma outra pele estranha.

Mas, de qualquer forma, os posters tão muito bons.









16 junho 2010

The Two Stooges.

Futebol e Copa do Mundo por Eduardo Amaral – ex-jogador de vôlei que conseguiu fazer 3 embaixadinhas uma vez.


O Brasil tá com um time ruim. O sistema de jogo contrário ao sistema de jogo europeu não dá confiança pra ninguém. Enquanto os europeus correm o campo – e o jogo – inteiro e marcam a saída de bola do adversário, os brasileiros caminham ou ficam parados esperando a bola chegar nos seus pés. E marcam só antes do meio do campo. Se tivéssemos pela frente vários jogos contra seleções européias, a coisa tava feia.

O lado bom de tudo é que todos os times respeitam muito o nosso. Isso ameniza um pouco a presença do merda do Robinho e a escalação do Grafite.

Outro lado bom é que no Show do Intervalo tem Latino.

Não consigo explicar como alguém deu um prêmio de melhor jogador pro bolha do Kaká. Deve ser pela boa aparência ou pela fama de certinho. Quem viu o jogo hoje não viu absolutamente nada que ele tenha feito. Galvão dizia: “Com Kaká sempre tem, NO MÍNIMO, três marcadores.” É, a questão do respeito, mesmo que as vezes infundada. Mas o nome pesa. De qualquer forma ainda fico imaginando que se o mínimo são 3, na média são quantos? 5? “Ó pessoal, hoje vai ser o seguinte: um no gol, 5 marcando o Kaká e os outros 5 dão um jeito no resto.”

O Galvão disse que Kaká foi o terceiro que mais correu no time brasileiro. Tão precisando de maratonistas, depois que o Vanderlei Cordeiro foi afastado. Por um irlandês.

Frank Abagnale Pai já dizia que os Yankees sempre ganhavam porque os adversários não conseguiam tirar o olho do uniforme deles.

A camisa pesa, o nome pesa.

Depois fiquei pensando que eu poderia ser o Pai Dinah. Foi quando estava comentando – comigo mesmo – que era o momento do Maicon, que ele que ia fazer a diferença nesse time. Ele, o Elano e o Julio César. Bum, gol dos dois. Perdi de ganhar dinheiro como Pai Dinah. O cara sempre pensa no dinheiro, mas sei que nunca vi a Mãe Dinah andando de carro novo.

O tal Luis Fabiano nunca teve nada de fabuloso pra mim. Faz lá meia duzia de golzinhos em uns timecos quando o Brasil não tá olhando pra ele. Mas tudo bem, acho que é a vez dele, tomara ele também ache.

Nilmar, colorado, 25 kilos com a roupa molhada, sem joelho. Mas... no fim das contas é rápido e faz gol. Até gosto dele um pouco.

Juan gênio. O melhor jogador da seleção. Faz tempo. Resolve muito lá atrás, e ainda periga fazer um de cabeça.

Diferente da porta do Lucio. Ainda não avisaram ele que ele é zagueiro? E que lugar de zagueiro é atrás? E que lugar de zagueiro mongolão que não consegue nem correr direito não é na frente? Será que nem a familia deu o toque? - Escuta filhão, todos nós te amamos, tu é um ótimo jogador, estamos sempre torcendo por ti. Mas faz o teu. Só o teu.

Maicon e Dani Alves, maravilha. Mas uma vez pra cada um, ta? Os caras fazem exatamente a mesma coisa, pra que estarem ao mesmo tempo em campo? Deixa o Maicon jogando muito, fazendo gol e, na hora de salvar o Brasil com uma falta, bota o Dani Alves.

Michel Bastos, muito bem. Seja lá quem for, de onde saiu e do que se alimenta, gostei. Falcão ficou muito feliz que o cara não chutou tão por cima do gol. Não entendi, mas fiquei feliz também, por via das dúvidas. Será que ele era Kicker de futebol americano antes? Faria sentido.

Ramires genialmente jogou 1 minuto e meio e tomou um amarelo.

A narração não tem como não ser do Galvão. Formula 1 e Copa do Mundo sem Galvão é como [aqui tem aquela infinidade de comparações que se pode fazer]. Tá, Formula 1 e Copa do Mundo sem Galvão é como ônibus que vai pro centro as 14hs de uma segunda-feira de verão sem desodorante.

O Casão podia ser abatido por um vírus sulafricano que ataca somente as pregas vocais.

Precisa-se de Fenômeno, Imperador ou Baixinho.


Time de jogadores bons. Só bons. Medianos talvez. Isso. Time de jogadores medianos com pouco tempo de treino. Ótimo. Tomara que respeitem bastante e não tirem os olhos do brasão da CBF, com suas 5 estrelas.

Porque engana-se quem acha que não estou torcendo pro Brasil. Falo mal porque é mais fácil. Falo mal porque me irrito de 30 em 30 segundos durante os jogos.

E ninguém entende porque eu fico irritado e nervoso durante jogos importantes do meu Brasil e do meu Tricolor.

Nem eu.

06 junho 2010

I'll be there for you...


E é quando a gente sabe que o futuro está certo.

Não, não certo de certeza. Certo de correto.

Quando a gente sabe que ele vai vir e ele vai acertar na mosca.

Sabe-se lá o que ele ta pensando do amigo dele, o presente.

O amigo dele? Este aí que se vire.

E esse tal amigo vai nos mostrar um monte de coisas novas, um monte de coisas que a gente não sabe se gosta. Mas ainda assim vai pensar na gente. Ainda que pensar na gente não seja exatamente nos tratar bem. Talvez seja só lembrar que a gente existe e saber que temos que passar por algumas coisas não boas pra aprendermos e crescermos. E esse amigo vai fazer isso com a gente. Vai nos jogar um monte de coisa na cara, nos jogar pra baixo, e depois nos dar a mão. Pro futuro nos pegar no colo.

Aí o presente e o futuro – amigos que são – vão caminhar por aí, num pôr-do-sol qualquer, jogando conversa fora e rindo daquela galera que eles, juntos, combinaram de ensinar algumas coisas. Mas agora, nessa caminhada de tardezinha, vendo o sol bem grande lá se deitando no horizonte, nessa tarde, nós estaremos bem. Nós teremos passado pelos planos dos dois amigos e estaremos crescidos. Prontos.

Prontos pra esperar o irmão gêmeo do futuro. Que, aliás, tem o mesmo nome.


Medo? Não, não precisa. Presente e futuro não são irmãos, mas são muito, muito amigos. Eles conversam sempre, estão sempre ligados um ao outro. E se preocupam com a gente, mais do que imaginamos, e, principalmente, mais do que temos que nos preocupar com eles.

27 maio 2010

Absolutely right.


Do livro Haunted ("Assombro"), do gênio Palahniuk.

“Já naquela época o Sr. Whittier argumentava que sempre estamos certos.

- Não é uma questão de certo ou errado – dizia ele.

Realmente, não existe o errado. Pelo menos na nossa cabeca. Nossa propria realidade.

Você nunca pode fazer a coisa errada.

Você nunca pode dizer a coisa errada.

Na sua propria cabeca, você está sempre certo. Cada acão que você realiza – o que faz, diz ou aparenta – é automaticamente certa para o momento em que você age.

Com a mão tremendo enquanto levanta a xicara, o Senhor Whittier diz: - Mesmo que você pensasse “Hoje vou tomar café do jeito errado... numa botina suja”, estaria certo, porque você escolheria tomar café na tal botina.

Porque não podemos fazer algo errado. Sempre estamos certos.

Mesmo quando pensa “Sou um idiota. Estou tão errado”, você está certo. Está certo quanto a estar errado. Voce está certo mesmo quando é um idiota.

- Por mais que a sua ideia seja imbecil, você está condenado a estar certo, pois a ideia e sua – dizia o Senhor Whittier.

Todos nos estamos condenados a estar certos. Acerca de tudo que podemos considerar.”

07 maio 2010

Soltas...



O que as pessoas não sabem é que quando você não tem uma unha, você pode chegar tão perto do osso quanto você chega quando encosta na sua canela. Ou quando bate com ela na quina de uma mesa de centro. A parte óssea da sua falange distal está muito mais perto do dorso do pé do que da sola, ou muito mais perto da unha do que da pele que encosta no chão. É por isso que seu dedão do pé tem uma almofadinha tão macia, pois abaixo do osso tem bastante carne.
E é impressioante como algumas pessoas acham que carne é uma coisa e músculo é outra. Deve ser porque voce vai no supermercado e compra uma carne chamada "músculo". É aquela dura que ninguem quer e, quando alguém dá uma mordida, sentenciona instantaneamente: "-Urgh! Isso aqui só pode ser músculo!" E se essa carne é o "músculo", o que seriam todas as outras? Então as pessoas acreditam que, anatomicamente, somos totalmente diferentes dos animais que comemos. E isso faz com que elas pensem que temos músculos que se contraem pra nos mexermos, e tambem temos a carne, que seria alguma coisa que só fica ali, parada, e que não tem serventia nenhuma a não ser preencher espaços e servir de alimento para alguns canibais com dentes mais fracos. Muito parecido com o caso do boi, que tem aquela carne que se chama "músculo" e que, muito provavelmente, seja só aquela partezinha (a não muito macia na hora de mastigar) a responsável por ele se mexer. O resto é só carne.
O que as pessoas não sabem é que, em termos puramente anatômicos, somente 1 par de ossos nos separa do cachorro.


28 abril 2010

Sim, existe o paradoxo tambem.



Eu gosto do romantismo do livro.

Meu bisavô sempre guardava uma porcentagem da renda mensal dele pra comprar livros, ele não encarava isso como gasto, e sim como investimento. Ele tinha uma biblioteca enorme na casa dele e, ouvi dizer, ela foi a primeira ou uma das primeiras da cidade ou do estado, mas não sei muito bem essa história. Sei que ele emprestava livros pra muita gente e incentivava a todos o hábito de ter aquele calhamaço com histórias embaixo do braço. E eu adoro isso.

Adoro bibliotecas e livrarias, fico horas e horas nelas, olhando dezenas de coisas velhas e novas. Adoro olhar livros. Adoro comprar livros. Adoro ir acompanhando, descobrindo, aprendendo, desvendando. Adoro acabar de ler. Botar meu nome e a data neles, à caneta, pra sempre. Adoro guardá-los. Adoro escolher o próximo. Adoro começar um novo, aquela sensação de estar perdido em alguma história, algum contexto. Mais um assunto, ou mais uma vida que vai me ser apresentada agora. Delícia de sensação.

Tenho o hábito de estar com 2 ou 3 livros em andamento ao mesmo tempo. Um que me ensina algo e outro que me conta uma história - que no fim acaba ensinando também.

Mas, como eu ia dizendo, eu gosto do romantismo do livro. Do jeito que ele é, com capa, com páginas e páginas, amassadinho no canto, as vezes um pouco amarelado, de vez em quando até riscado - sublinhar algumas partes é algo que sempre quis ter como hábito, mas estou começando só agora, até então não me permitia riscar meus ricos livros.

E-books e iPads estão aí pra facilitar as coisas, pra diminuir as traças, pra desocupar espaço na sala, pra ter quinhentos livros dentro do computador, ou dentro de um... de um... porta-retratinho digital que tu vai "folheando", dando mais ou menos zoom, aumentando ou diminuindo a iluminação (brilho, matiz, contraste...), girando na vertical ou horizontal, vendo os emails, entrando na internet, e todas essas coisas que qualquer livro faz. Tem tambem os livros pra ouvir, mas me recuso a acreditar que alguem não cego ou não analfabeto compre um.

Mas e o sabor de folhear uma página? De usar um marcador? De olhar pra preteleira, ver 20 livros enfileiradinhos e lembrar de cada um deles? E o prazer de emprestar um livro? E o prazer de emprestar o livro certo pra pessoa certa? E o prazer de ter uma estante cheia? E uma parede cheia? E o prazer de ter uma biblioteca? E o prazer de revirar um sebo? E acumular pontos num cartão de livraria? E o cheiro da folha novinha?

Mas você pode clicar no botão de comprar, depois clicar no botão de ler e depois ir clicando no botão de passar pra próxima página. Ou, como Steve Jobs, imitar o movimento de folhear na tela - me parece que, inclusive, aparece uma imitação da página virando. Livro touch screen.




Ah, minha irmã mais velha tinha uma característica que é a persuasão. Ela se orgulhava bastante disso, já escreveu num livro sobre isso, inclusive. Hoje já passou de característica para, na opinião de muitos, um super poder.

Ela me convenceu a entrar de cabeça no mundo internético, de modo que agora, além dos antigos e-mail, msn e blogs, tenho orkut, facebook e twitter.

Acontece uma coisa legal. Depois que cheguei a conclusão que eu gosto mesmo de escrever, à toda hora e a todo momento me pego tendo idéias de assuntos e textos. Os blogs ajudam. Os cadernos e pastas no computador tambem. E sabe do que mais? O twitter deve ajudar um pouco tambem. Mini idéias, mini textos. Idéias de 140 letras (caracteres, para nós internéticos) que tenho, que me dão idéias pra algumas páginas. Ou vice-versa. Estou gostando.

http://twitter.com/eduardoamaral