Deslize -

Deslize - E você é capaz. Para isso, não se incomode com coisas pequenas, com obstáculos que aparecem do nada, com gente que não vale a pena. Simplesmente leve a sua vida de acordo com os seus valores, seguindo a trilha da sua consciência. Não se deixe levar pela irritação, a raiva; não aceite provocações, não se incomode com a opinião de pessoas mal intencionadas. Não caia nessas armadilhas - é só desgaste e perda de tempo. Agir assim é um desafio diário, mas vale a pena.
- Chuck Palahniuk -

17 novembro 2010

you bring light in

Vídeo massa da nossa querida Absolut.

03 novembro 2010

Absolut Pajamas



Estava há alguns dias guardando as ultimas páginas do Menino do Pijama Listrado.

(vivo economizando livros, séries, filmes, roupas...) (reais, dólares).

Agora acabei ele.

Tudo bem se eu não gostei desse livro?

Esse é o primeiro best-seller que leio. Nunca li nenhum desses campeões de venda, que estão sempre bem no meio das grandes livrarias e todo mundo ama. Sim, tem uma parte de pré-conceito, eu não nego, mas sempre me interessei por alguns outros antes de qualquer um desses. Enfim, de um jeito ou de outro, o do John Boyne foi o primeiro que me propus.

Eu não vou ficar falando mal desse tipo de livro, generalizando e colocando todos num mesmo saco de livro popular. Não vou porque já ouvi muito elogio de pessoas que considero muito interessantes e inteligentes, sobre vários desse, vamos dizer assim, gênero. Não li, não pretendo ler tão cedo, mas não vou dizer que nunca vou ler um da prateleira grande com 1032 cópias expostas.

Depois de acabar de ler o Assombro, do Chuck Palahniuk (que não é um suspense ou um terror, é apenas Palahniuk), e ao já ter começado Trainspotting, do Irvine Welsh (é só ver o filme e ligar as coisas), fica difícil de eu me ver profundamente entretido com esse livro de linguagem infantil e simples. E esses dois adjetivos, aqui, não são usados de forma pejorativa, não mesmo. Todas as milhões de pessoas que ficaram encantadas com o Menino do Pijama, se referem justamente a isso ao explicar seus fascínios, à linguagem simples que o tema é abordado, já que a história é contada por um menino de 9 anos.

Tudo bem que a justificativa seja essa. É uma criança quem conta a história, não podia ser muito mais profundo ou elaborado. Esse é o intuito, dizem. Talvez se o menino tivesse visto mais coisas e contado com suas palavras, mas ele viu tão pouco, ele passou por tão pouco. Um livro de 180 páginas – e letras grandes – que faz passar 1 ano e não muda praticamente nada após esse tempo, pra mim torna-se pobre, vago. Sim, ele é vago porque vem dos olhos de uma criança, eu entendi. Vago demais na minha opinião, bobinho demais. Mas, essa é a minha opinião, e mais, essa é a minha opinião hoje. Talvez seja pela minha época de vida, talvez seja por ter lido ele entre dois livros tão fortes. Ou talvez eu tenha realmente pensado nessa história como algo que praticamente pudesse (apenas) ser lido por crianças. Elas não entenderiam algumas coisas, mas essas são tão poucas que é isso que pode ter me feito pensar.

Bom, ainda temos uma chance. Sabe os dois escritores que citei aqui? Palahniuk e Welsh? Ambos já fizeram algo em comum, que é o que pode salvar nosso querido livrinho. Os dois já escreveram livros que, algum tempo depois, entraram no hall dos raríssimos livros que tiveram sua história transformada em um filme e ficaram pra trás da versão de cinema. Clube da Luta do primeiro, e o próprio Trainspotting, do segundo. Dois super mega ultra excelentes filmes que, contados nas páginas impressas não tem a mesma magia que os gênios David Fincher e Danny Boyle conseguiram botar na tela. Eu sei que Ewan McGregor, David Carlyle, Brad Pitt e Edward Norton ajudam um tanto quanto bastante, mas todo mundo sabe que a maioria esmagadora das adaptações, das páginas pro cinema, não consegue superar a boa leitura.

Vamos torcer pra que esse tal Mark Herman, também conhecido por dirigir um filme que foi pro Brasil com o nome de “Na Maior” - nome perfeito pra passar na Sessão da Tarde, entre a Lagoa Azul e Férias de Verão, tenha feito um bom trabalho e salvo a fábula do menino de pijama.