Deslize -

Deslize - E você é capaz. Para isso, não se incomode com coisas pequenas, com obstáculos que aparecem do nada, com gente que não vale a pena. Simplesmente leve a sua vida de acordo com os seus valores, seguindo a trilha da sua consciência. Não se deixe levar pela irritação, a raiva; não aceite provocações, não se incomode com a opinião de pessoas mal intencionadas. Não caia nessas armadilhas - é só desgaste e perda de tempo. Agir assim é um desafio diário, mas vale a pena.
- Chuck Palahniuk -

20 novembro 2011

black heart empty mind


o preto

menos sensacões
menos sentimentos
mais vazio
mais ar
menos matéria
mais simples
não machuca os olhos
não queima
cura
relaxa
descansa
produz de verdade
cria
não copia
não pensa
inova
conflita
desafia
não pondera
sonha
é forte
é livre
imagina
é repleto
é irreal
não tem fronteira
não tem culpa
não tem avaliação
aguça
instiga
tem capsaicina
dói
toca
arde
lembra
mexe
acelera
movimenta-se
movimenta
é ativo
lidera
não segue
se faz seguido
é profundo
é animal
luta
é irracional
é instinto
é forte
atinge o profundo
cura lentamente
cura de verdade
busca o verdadeiro
desconhece o verdadeiro
tenta
tenta novamente
keep walking
keep coming
é aberto
aberto pro novo
aberto pro diferente
visa o desconhecido
aceita o desconhecido
confia em si
passa por cima
não se machuca
não revida

17 maio 2011

manual



Uma hora dessas queria escrever um desses. Mas por enquanto a gente vai lendo esse do genial Zé Pedro:


Trilhos

José Pedro Goulart


Não fume. Não use drogas. Evite becos escuros. Cerque a casa. Não trepe sem camisinha. Cuidado com os pés descalços no chão frio. Não misture leite com melancia. Não coma e tome banho em seguida. Dedetize a residência. Defume a casa contra o mau olhado. Encontre empregados de confiança. Não dê confiança demais aos empregados. Não durma de barriga para cima no primeiro ano de vida. Não durma de barriga para baixo depois dos quarenta. Não pare. Não coma alimentos com gordura trans. Não coma gordura hidrogenada. Não coma gorduras de espécie alguma.

Não provoque. Não discuta no trânsito. Não reaja em caso de assalto. Não deixe de pagar os impostos. Não beba. Tire a mão da cabeça durante o jantar. Não fale de boca cheia. Não dê sua senha do banco para ninguém. Troque de senha periodicamente. Não esqueça nenhuma senha. Vigie a babá. Não dê intimidades ao professor na academia. Não pratique jogos de azar. Não coma carboidratos antes de dormir. Não assista televisão deitado. Não leia sentado na privada. Não ria alto em lugares públicos. Não traia. Não sinta ciúmes. Não inveje. Não atravesse fora da faixa. Não pare em semáforos depois da meia-noite.
Observe os sinais que o seu filho adolescente emite. Tome de três a quatro litros de água por dia. Mastigue vagarosamente os alimentos. Levante o assento da patente antes de fazer xixi. Não corra. Emagreça. Faça abdominais. Não tome sol entre dez e quatro. Não durma tarde. Não durma até o meio-dia. Não divida a toalha com as amigas no vestiário. Não olhe para alguém enquanto troca de roupa no vestiário. Não perca tempo. Não tome bebida oferecida por estranhos. Cuidado com os estranhos que você conhece na internet. Não pule as preliminares no sexo. Não revele seus sentimentos muito cedo.
Fale pouco. Não ponha o dedo no nariz. Não faça barulho ao tomar café ou sopa. Descruze os braços. Cuide da postura. Não use roupas extravagantes. Não fale sozinho. Não cante perto de gente desconhecida. Não ponha a cabeça fora da janela do carro. Não estimule pedintes com esmolas. Não dê sinais externos de riqueza. Não vote em ladrão. Não vote em branco. Não deixe de votar. Não nade depois da rebentação. Não discuta na alfândega. Não deixe os filhos sozinhos. Não deixe de ter tempo para si. Não envelheça antes da hora. Não mostre os dentes demais. Não ande na contramão. Não saia dos trilhos.

08 março 2011

Good enough



Bem o bastante
Sim, uma coisa meio que suficiente. Mas um pouco mais que isso.
Mais que o suficiente. O bastante
O bastante pra acreditar nas minhas escolhas. O bastante pra estar feliz por dentro. Pra estar em paz.
Bem o bastante pra ter as minhas certezas. E junto delas, trazer as minhas inseguranças, já que é dificil ter uma sem a outra.
E deixar pra trás qualquer coisa é dificil. E deixar pra trás a quantidade de coisas que eu deixei é bastante duro. Mas sabe bem? É, tem muita coisa que o costume traz pra gente que não sabemos dar o valor que tem. Teimamos em achar que o que o costume traz é ruim, é fraco, é superficial. E quer saber? Teimosia, pura. Acostumar-se é necessário tantas vezes que nem vemos, e essas tantas vezes acontecem de uma forma tão boa, e a gente nem vê que foi ele, o costume, e não aquele monte de outras coisas que creditamos. Errados. Do costume dá pra construir tanta coisa. E ele próprio já é uma grande fundação. Pra não dizer, por vezes, uma obra completa.
Bem o bastante. Bom o bastante.
Pra tantas coisas.
Enquanto bem o bastante é olhar pra dentro, bom o bastante é olhar pra fora. É olhar pra alguma coisa, pra alguém. Tão mais fácil olhar pra fora né?
E olhando pra fora, vejo o bom o bastante que tenho em mim. Com as coisas que já conquistei até aqui e que ainda vou conquistar. Coisas que vou me vendo capaz, que vou vendo que basta esforço. E não que esforçar-se seja fácil, porque não é. Pelo menos nem sempre é. Mas dá-se um jeito, e quando isso acontece, quem se vê bom o bastante é que ganha. Não ganha de ninguém não, só ganha. Porque o esforço é de dentro, é olhando pra dentro.
E quem olha pra dentro?
Bem o bastante.

25 fevereiro 2011

Goals.



Trecho muito legal de um texto que li, de um cara que estuda gestão de tempo. Ele acaba falando sobre carreira, sobre objetivos profissionais e tal. Uma vez vi uma palestra dele e gostei bastante. 
Bom, aqui vai o pedaço do texto:

"Questionei algumas pessoas que tiveram uma nula ou baixa realização dos seus planos no ano anterior. E depois de um mar de desculpas vagas, o que realmente aparece é que eles não estavam comprometidos com nada que planejaram. 

Triste realidade, mas muita gente está vivendo exatamente desse mesmo jeito agora. São apenas zumbis, que ligaram o piloto automático e estão sobrevivendo ao dia-a-dia. Talvez, até mesmo você, não esteja profundamente comprometido com a sua meta de emagrecer, viajar, falar inglês, prosperar, de fazer a empresa crescer, etc.
São insanas as pessoas que buscam resultados diferentes no ano novo fazendo tudo do mesmo jeito que fizeram no ano passado. São insanas as pessoas que acham que as coisas vão cair do céu, que vão acontecer por osmose, que alguém vai fazê-las subir rapidamente na empresa. São insanas as pessoas que criticam a sorte pelo resultado. São insanas as pessoas que culpam o tempo por ser tão rápido.
Semana passada, fechamos o planejamento estratégico da Triad e nas minhas férias fechei o meu planejamento pessoal do ano. Foi muito legal descobrir que eu fui um insano!
Um dos meus projetos está andando muito devagar há dois anos. Devagar porque eu, sem perceber, repeti um plano medíocre nesses dois anos, fiz poucas coisas diferentes! Comparado a tudo que andou de forma excepcional no ano, esse especificamente ficou bem tímido. Fantástico acordar para isso! Na verdade, não me comprometi profundamente com esse objetivo, apesar de querer muito que ele aconteça. Não coloquei foco, energia, não ousei, revisei o plano poucas vezes, arrisquei pouco, fechei os olhos em alguns momentos.
Isso acontece a todo o momento, com quase todo mundo! Quando a falta de comprometimento está controlada em uma ou outra coisa o impacto é pequeno, mas tem gente que não se compromete com a própria vida. Deixa tudo para depois, não se compromete com o amanhã porque não se comprometeu nem com o hoje. Não consegue descobrir o seu importante, pois nunca se comprometeu em parar e refletir profunda e honestamente sobre isso.
Quer saber se 2011 será o SEU ano? É simples, basta saber o quanto você está realmente comprometido em fazer com que as coisas aconteçam!
Comprometa-se com você mesmo antes de reclamar que as coisas simplesmente não acontecem e faça de 2011 um ano diferente. Quem sabe esse não é o ingrediente que falta para você sair do lugar e fazer com que as metas de ano novo se concretizem?"

15 fevereiro 2011

Photobooth


Tenho gostado, sabe, de me expressar pela imagem.
Tenho adorado essa história de fotografia. De fazer, de ver.
De ver, bem mais do que fazer.
Gosto de tirar foto, gosto bastante. Quero comprar uma daquelas máquinas profissionais e sair por aí, fotografando tudo que dá na telha. Mas olhar fotos, procurar, escolher, guardar, olhar de novo. Interpretar, achar alguma coisa delas, sentir alguma coisa com elas.
E transmitir alguma coisa por elas.
Tenho gostado bastante.
É uma coisa que gosto de fazer pra relaxar, pra não pensar em muita coisa. Pra só olhar pra foto e sentir alguma coisa. Sentimento bom? Guardo. E tenho feito isso bastante, sempre que tenho essa oportunidade, de ficar por aqui, tentando esvaziar a cabeça.
Há algum tempinho, fiz um blog só de fotos. São imagens que pego por aí. Que acho na internet, que recebo de amigos, ou até que tiro. Mas o que mais tem mesmo são achadas - ou roubadas - em sites e blogs de fotografia.
Expressar um sentimento ou um pensamento por meio de imagens feitas por outras pessoas nem sempre é a coisa mais fácil do mundo. Mas as vezes dá.
Bom, o endereço tá aqui e espero que seja legal: http://absolutnothing.wordpress.com/
Vou deixar um link aqui do lado, pra ser mais fácil. E dele, tem tambem um link pra voltar pra cá.
O nome? absolut nothing.

04 janeiro 2011

Cada um no seu quadrado.


Meio clichê escrever – e falar – que não gosta do final de ano. A maioria das pessoas que eu conheço faz isso, mas julgar é que não vou. Todo mundo sabe que essa época traz um monte de sentimentos à tona, deixa todo mundo cheio de memórias e pensamentos altos. Todo mundo sabe que o pessoal tá cansado de um ano cheio de trabalho e/ou estudo, ou até mesmo cheio de muito nada. Todo mundo sabe que não só é época de olhar pra trás e ver o que acertou e o que errou, como tambem é época de olhar pra frente e se planejar. E essa é a parte mais difícil. Cobrar a si mesmo sobre o que quer pro novo ano.
A gente lembra de quem mora longe, a gente conta o tempo que já passou desde que alguém se foi, a gente percebe ter visto pouco quem mora perto. Sim, todo ano é assim. Pra todo mundo. E alguem ainda se sente diferente falando que não gosta de natal? A resposta é sim, mas deixa pra lá.
Resumo da ópera, pessoal bebendo seu espumante, comendo seu panetone, suas frutas secas e em calda, trocando seus presentes, e a família ali, lembrando dos natais passados e rindo à toa com os seus. E é assim que o natal é ruim pros que reclamam.
Gosta de natal? Aproveita. Gosta de ano novo? Aproveita. Não gosta? Dá um jeito, cada um aproveita da maneira que quer.
Meu natal não teve árvore, meia ou peru. Mas teve uma viagem sensacional, pra um lugar lindo. Uma cidade européia no meio da América. Natal maravilhoso, e não lembro de ter enxergado a barba do Papai Noel.
Meu ano novo não teve roupa branca, brinde da meia noite ou sete ondas. Mas teve um dos melhores DJs do mundo tocando pros meus ouvidos. Das 23 as 5. Ano novo demais, cheio de sensações boas e sorrisos.
Eu gosto sim dessa função toda de fim de ano, mas a magia disso vem quando as pessoas aprendem a aproveitar do seu jeito, com o sentimento voltado pr'aquilo que acredita. Pr'aquilo que faz bem. E nada faz com que deixe de ser triste e nostálgico, mas até isso pode ser bem aproveitado.
Tá certo que as músicas de natal não ajudam em nada, mas como eu ia falando, se acharmos o nosso jeito – e o nosso fone de ouvido – tudo se resolve.