Bem o bastante
Sim, uma coisa meio que suficiente. Mas um pouco mais que isso.
Mais que o suficiente. O bastante
O bastante pra acreditar nas minhas escolhas. O bastante pra estar feliz por dentro. Pra estar em paz.
Bem o bastante pra ter as minhas certezas. E junto delas, trazer as minhas inseguranças, já que é dificil ter uma sem a outra.
E deixar pra trás qualquer coisa é dificil. E deixar pra trás a quantidade de coisas que eu deixei é bastante duro. Mas sabe bem? É, tem muita coisa que o costume traz pra gente que não sabemos dar o valor que tem. Teimamos em achar que o que o costume traz é ruim, é fraco, é superficial. E quer saber? Teimosia, pura. Acostumar-se é necessário tantas vezes que nem vemos, e essas tantas vezes acontecem de uma forma tão boa, e a gente nem vê que foi ele, o costume, e não aquele monte de outras coisas que creditamos. Errados. Do costume dá pra construir tanta coisa. E ele próprio já é uma grande fundação. Pra não dizer, por vezes, uma obra completa.
Bem o bastante. Bom o bastante.
Pra tantas coisas.
Enquanto bem o bastante é olhar pra dentro, bom o bastante é olhar pra fora. É olhar pra alguma coisa, pra alguém. Tão mais fácil olhar pra fora né?
E olhando pra fora, vejo o bom o bastante que tenho em mim. Com as coisas que já conquistei até aqui e que ainda vou conquistar. Coisas que vou me vendo capaz, que vou vendo que basta esforço. E não que esforçar-se seja fácil, porque não é. Pelo menos nem sempre é. Mas dá-se um jeito, e quando isso acontece, quem se vê bom o bastante é que ganha. Não ganha de ninguém não, só ganha. Porque o esforço é de dentro, é olhando pra dentro.
E quem olha pra dentro?
Bem o bastante.