Deslize -
- Chuck Palahniuk -
23 julho 2010
09 julho 2010
Economias e socos.
Achei um blog bem legal. Comecei a lê-lo de vez em quando. Esses dias eu tava procurando rankings de sites, e achei um ranking de blogs. Sabe-se lá quem faz esses rankings e qual a validade deles, mas alguém faz. E esse blog tava lá, encabeçando a lista.
O nome é ZenHabits. A frasezinha embaixo do nome é “smile, breathe & go slowly”. Ele é inteiramente branco, as imagens são claras e leves. Sim, um pouco oposto desse ambiente todo preto que a gente se encontra, aqui no meu querido absolutthing.
Bom (numero 1), eu adoro preto.
Bom (numero 2) (eu adoro começar frases com “bom”) (sempre me cuido pra não começar todas), o ultimo post desse blog foi muito muito legal, e resolvi trazer ele pra cá. Eu sei, não se pode copiar assim, copiado, mas vou semi-copiar. E, de qualquer maneira, o nome ta alí, o que acaba por desconfigurar plágio.
Aquele ambiente todo leve, calmo, branco. A foto é de uma menina de branco – na frente de uma parede branca com uma janela tapada por cortinas brancas, abrindo uma caixa branca – e o texto falando sobre simplicidade. O que me vem na cabeça? Clube da Luta, óbvio.
O filme que, do seu jeito, só quer falar sobre a simplicidade. Sobre deixar de se apegar tanto às suas coisas. O blog usa thing ou stuff, mas pra nós, coisa é qualquer....coisa. Mas vamos falar sobre coisas como sendo coisas. Digo, objetos, bens materiais. Bens.
Coisas.
Bom (3), dizia eu, que o Clube da Luta fala exatamente sobre isso, sobre se desapegar e viver o lado simples da vida. Claro que talvez isso só seja realmente notado depois da vígésima segunda vez que se vê o filme. E claro, tambem, que tem uns socos, uns chutes e umas atitudes um pouco... um pouco... diferentes.
Ao texto. (semi-copiado/resumido/levemente modificado/selecionado/eduardiado)
Como simplificar quando você curte as suas coisas.
Pare de comprar! (Adoro pensar assim.)
Conheco algumas pessoas que resolveram adotar esse tipo de pensamento, mais simples e menos consumista. Essas são as pessoas mais fascinantes e inspiradoras de todas.
Mas vamos ser realistas, a maioria das pessoas adora suas coisas e adora comprar mais delas. Assim como nossas atitudes em relação a comer bem, nossos sentimentos em relação aos nossos bens materiais são complicados. A gente sabe o que nos faz bem, mas a gente só não quer deixar de lado as coisas que gostamos. Nossas coisas fazem com que nos sintamos bem.
Existe como ter uma vida simples e ainda assim adorar nossas coisas? Será que deixar de lado nossas coisas conta muito nesse lance de vida simples?
Viver de forma simples e se desapegar dos materiais vão fazer sua vida melhor, isso é certo. Já existem horrores de pesquisas e evidências confirmando. Mas é possível que alguns bens materiais possam nos dar mais felicidade e diversão? Como podemos saber o que é ruim e o que é bom? O que é exagero e o que não é?
A motivação pela qual compraremos algo é o que vai decidir. As coisas que temos, ou que queremos comprar, são pra satisfazer nosso ego ou fazem bem pra nossa alma? Alguns bens podem nos trazer sentimentos realmente bons, mas tem outros muitos que servem só pra aliviar nossa vontade de comprar.
Se prestarmos mais atençao nas nossas idéias sobre os materiais, podemos ter um equilíbrio entre adorar nossas coisas e viver simples.
Alguns pensamentos que podem ser úteis:
1 – Olhe pra sua casa. Toda ela. Você vê coisas que nunca usa e não dá bola? Por que você não dá isso? Faça mais espaço tirando essas coisas do seu ambiente. E provavelmente alguem vai precisar dessas coisas.
2 – Pense no porque você está guardando algumas coisas. São verdadeiramente úteis ou significantes? São pra impressionar os outros ou pra fazer você se sentir mais importante?
3 – Preste atenção em como você gasta seu tempo. Você tem coisas pra hobbies que você nunca pratica? Você tem uma cozinha cheia de utensílios mas você quase nunca faz comida? Se você realmente acredita que vai voltar a praticar um hobby, encaixote as coisas e guarde até você fazer. Mas pense bem. E seja realista em relação a quanto tempo voce tem pra usar aquelas coisas exóticas que você comprou numa promoção.
4 – Sua profissão lida com coisas? Tem algumas que lidam sim, e essas pessoas podem ter dificuldades com isso, já que vivem rodeados por coisas cada vez melhores e mais novas. Existe beleza e arte em muita coisa, mas considere isso: você não precisa ter todas essas coisas pra apreciá-las. Uma vez o Eckhart Tolle (um escritor, falo depois sobre ele) falou pra Oprah (a José Eugênio Soares deles) pra ela não comprar tudo que ela gostava ou queria. E ela poderia, se quisesse.
5 – Prefira experiências à coisas. Gastos com vivências dão muito mais prazer do que gastos com materiais. A memória das experiências melhora com o tempo. Vivências fazem você se relacionar mais com pessoas, o que, certamente, traz mais felicidade. Se você quer muito gastar dinheiro, gaste com uma baita experiência com alguem que você goste.
6 – Quando você pensa nas suas coisas, ou quer comprar algo novo, avalie essas questões:
Isso faz a sua vida mais bela e faz bem pra sua alma.
Isso faz parte de uma paixão ou hobby.
Isso ajuda a deixar a família e os amigos juntos de uma maneira criativa e significativa.
Isso ensina.
Isso faz a sua vida mais simples.
Isso ajuda alguem.
Isso é útil e necessário pro seu dia-a-dia.
Isso faz parte de uma tradição ou faz você lembrar de uma ocasião especial.
7 – Você vai saber que está comprando sem pensar direito se você:
Comprar por puro capricho.
Comprar pra impressionar os outros.
Comprar porque você acha que mereçe. A frase “ah, eu mereço isso” é o maior veneno de todos.
Comprar quando tá sem grana.
Comprar somente pra repôr algo que ainda está bom.
Comprar porque outra pessoa tem e você quer ter tambem.
Comprar porque a propaganda seduziu você.
Comprar porque você está entediado.
Compra porque comprar acalma você.
É possível equilibrar a simplicidade com as compras e posses. Você tem que curtir coisas sem viver de aparências.
Uma vez que você conseguir ter algumas coisas e não deixar que elas tenham você, você vai ter uma deliciosa harmonia entre o que você tem e quem você é.
Fiquei de falar do escritor, o Tolle. Esse cara escreveu um livro desses de auto-ajuda que chama “O Poder do Agora”. Eu ganhei ele, e li as primeiras 50 páginas, nem isso. Esse livro fez uma diferença gigantesca na minha vida, mesmo estando na prateleira dos auto-ajuda, que junto com a dos best-sellers (e me parece que esse livro é auto-ajuda E best-seller juntos), eu procuro passar longe.
Bom (4), O Poder do Agora começa falando que nossa mente não se resume a pensar. E isso é incrível. Eu aprendi a pensar menos e isso foi importantíssimo na minha vida. Não falo em pensar menos nas coisas, em me tornar mais inconsequente, falo em conseguir descansar minha mente dos meus pensamentos.
Logo continuo lendo o livro. E digo mais, recomendo.
Dizem que os grandes gênios tiveram suas idéias quando de cabeça vazia.