Deslize -

Deslize - E você é capaz. Para isso, não se incomode com coisas pequenas, com obstáculos que aparecem do nada, com gente que não vale a pena. Simplesmente leve a sua vida de acordo com os seus valores, seguindo a trilha da sua consciência. Não se deixe levar pela irritação, a raiva; não aceite provocações, não se incomode com a opinião de pessoas mal intencionadas. Não caia nessas armadilhas - é só desgaste e perda de tempo. Agir assim é um desafio diário, mas vale a pena.
- Chuck Palahniuk -

28 outubro 2007

Family Guy















Fui questionado por minha irmã sobre os meus medos.
Respondi a ela. Sobre ela.



Meio paradoxal, mas a verdade é que: Meu medo e minha vontade de ser quando crescer eram a mesma coisa. No caso, a mesma pessoa. Pelo menos uma delas. A Renata! É, eu me pelava de medo da Rê e, apesar de encher muito o saco dela e começar com brincadeiras de lutinha, sabendo que aquilo acabaria em mais uma sessão de pancadaria (dela sobre mim, sempre), eu fazia igual tudo isso e me pelava de medo igual. A Rê jogava vôlei e fazia musculação acho que já com uns 10 anos, não podia alguém dar um soco no braço tão forte. E eu era um anão magricelo. Machucava demais. As vezes ela partia pra ignorância e dava tapas na cara e chutes naquele lugar, mas isso não era sempre, só em momentos extremos (como o dia em que ela tava deitada com febre e eu enfiei os 4 pés de uma banco nela). Eu tinha muito medo da Renata.

O fato é que eu queria ser ela quando crescesse, claro que com barba, cabelo curto e uma outra porção de hormônios que mudariam muita coisa. A Rê jogava vôlei pra caramba, pena que era anã. Queria fazer aquilo, e por muito tempo consegui inclusive ser o anão do time. Eu não via a Rê estudar e ia bem no colégio. Sempre fiz o mesmo, mas anos depois descobri que ela estudava sim. O que os olhos não vêem o coração não sente não é mesmo? A Rê conseguia vários arregos em tudo, ela conhecia muita gente. Consegui, ou melhor, ela conseguiu grande parte pra mim. A Rê jogava futebol tri bem. Eu sentia que isso seria importante pra minha vida por mais que não gostasse, um homem tem que saber jogar bola. Frustrante! Até os 22 ainda não consegui, e agora com ela longe então, ta ficando cada vez mais difícil. Mas quer saber? Não faço questão. Joga futebol quem não sabe fazer outra coisa. Desculpem a crítica. A Rê sempre ganhava jogando Lince, Diga Logo e Jogo da Vida, ela era muito inteligente. E essa eu até já passei dela (risos).

Tirando outro medos, como de aranha (que me cago até hoje), do psicopata (que não aprendi “quem” era exatamente durante muito tempo, mas não dormia só de ouvir falar), dos cintos da mãe (que eram divididos em cores conforme a dor que ele causaria, onde o vermelho era o pior de todos) e mais alguns por aí, tinha medo da Renata. Não pensava muito em quem seria quando crescesse. Não sei bem porque, mas não pensava muito nisso. Alguém que pudesse dormir mais de 17 horas por dia, talvez...


PS1. Não, a mãe nunca encostou em mim com seus cintos. Apenas ameaçou. Era o suficiente.

PS2. Sim, tenho muito medo de aranha até hoje. Seja ela do tamanho que for.

PS3. "PS" não é Play Station. Eu odeio videogame.

22 outubro 2007

Reflection

É incrível como o desuso faz a capacidade de qualquer coisa diminuir.

Mil anos que não escrevo. Mil anos que não me expresso assim, desse jeito, que pra mim é o melhor jeito de todos.

O fato é que a vida dá mil voltas e as pessoas mudam como se nunca tivessem sido outras totalmente diferentes. E eu sempre disse o contrário. Dizia que as pessoas não mudavam, que, a menos que realmente se esforçassem e vissem que aqueles não eram os melhores valores, ou pelo menos mais adequados à sua vida, elas não deixavam de ser de uma maneira para serem de outra diferente. Defendia com unhas e dentes a idéia de que quem fez, fará, e de que quem foi, será.

Vem de berço. Sim, grande parte de tudo que pensamos e sentimos vem do colo da mãe e dos braços do pai. Mas não tudo. As pessoas vivem cercadas de outras pessoas, elas interferem nas vidas umas das outras o tempo inteiro. E é aí que aparecem as mudanças. Muita gente influencia na nossa vida e a gente nem percebe, até que se dá conta que mudamos. Mudamos para melhor, mudamos para pior. Mas quem sabe o que é pior e o que é melhor? Melhor pro João, pior pro José. Melhor pra mim, pior pra ele. O meio passa nos influenciando e nos dizemos pouco ou nada influenciáveis. O que as pessoas pensam, o que elas falam, tudo nos toca, tudo nos pede uma resposta, mesmo que em silêncio.

Quero falar da minha família, quero falar dos meus amigos, quero falar de todo mundo que eu amo. Surpresa, eu falo de mim o tempo inteiro. Sou um deles, sou como eles, tenho parte deles em mim, sou parte deles e eles são parte de mim. Somos uma mescla de valores que nossos pais e nossos meios nos deram. Ajo como o pai do meu melhor amigo agia quando tinha 10 anos e nem sei o que ele fazia ou onde vivia. É sim, gerações são influenciadas por outras, filhos são influenciados por pais e os amigos pelos amigos.

Aprendi muita coisa nos últimos tempos. Os 50 anos em 5 do JK se fizeram dentro da minha cabeça. Cresci como nunca, aprendi como nunca, mudei como nunca. Idadezinha chave essa, eu sei, mas a coisa saiu do controle. Muita novidade, muita coisa nova pra pensar e decidir. Muita informação pra assimilar. E isso resulta numa baita mudança de valores. Idéias que me regiam, hoje passam por obsoletas. Velharias que têm de ficar guardadas num baú antigo de madeira e cadeado.

O que você não entende pode significar qualquer coisa.

19 outubro 2007

Deslize!

Deslize - E você é capaz . Para isso, não se incomode com coisas pequenas, com obstáculos que aparecem do nada, com gente que não vale a pena. Simplesmente leve a sua vida de acordo com os seus valores, seguindo a trilha da sua consciência.
Não se deixe levar pela irritação, a raiva; não aceite provocações, não se incomode com a opinião de pessoas mal intencionadas. Não caia nessas armadilhas - é só desgaste e perda de tempo.
Agir assim é um desafio diário, mas vale a pena.

"Sei disso porque Tyler sabe."

- Chuck Palahniuk –

15 outubro 2007

Advice


Aquele filmezinho bem conhecido do filtro solar aconselha as pessoas a morar em NY e em LA. Eu, no auge da minha audácia, faço o mesmo. Aconselho a morarem em algum lugar desse mundão por algum tempo. Mas não digo pra morarem em Dubai, no topo do hotel em forma de vela, nem dentro do Coliseu, ao lado de tigres e gladiadores. Digo que todos deveriam morar algum tempo na serra. Mais especificamente na serra gaúcha. Gramado, Canela, Nova Petrópolis... onde quiserem. Essa região transmite uma paz inigualável. É tudo bonito, é tudo novinho, é tudo pequeno e acolhedor.
Em época de movimento fica bem cheio, mas dá tranquilamente pra aproveitar só o lado bom disso, ao passear na rua coberta de Gramado de tardezinha, ou comer na Toca da Bruxa em Canela, num sábado de noite, quando aquilo tá cheio de criancinhas correndo pra lá e pra cá e se divertindo com bruxas e palhaços que ficam dando voltas com um potão de bala e pirulito. No cardápio tem até Joãozinho. Sim, ele está dentro de uma gaiola bem grande, só esperando o dedo engordar. Nessa época ta cheio de gente bonita e carros bonitos pra serem vistos por lá. Jogar um boliche e depois esticar por lá mesmo, ouvindo uma musiquinha e tomando alguma coisa. Praticamente tudo vale a pena na nossa serra.
Em baixa temporada, aproveita-se demais, e os lados bons crescem exponencialmente. Curtir aquele monte de lugares bonitos lendo e tomando um chimarrão. Dando uma caminhada no sol e comprando chocolates e mais chocolates. E melhor, tudo mais barato. Ficar em casa jogando conversa fora na frente do fogão à lenha. Comendo um pinhão largado de qualquer jeito ali em cima mesmo.
Na nossa serra o custo de vida é bem mais baixo. Na real como praticamente qualquer outro interior. Mas tendo em vista um monte de coisas maravilhosas que tem lá, o custo/benefício é maravilhoso. Morem na serra gaúcha. Mas acreditem no seu dermatologista quando ele fala sobre o filtro solar.

10 outubro 2007

ABSOLUT ME




Começar
Iniciar
Principiar
Encetar















Encetar? Essa palavra existe? Pois eu achei. Ela tem até conjugações. Todas elas.
Bom, enceto aqui (eu enceto, tu encetas, ele enceta, nós encetamos, vós encetais, eles encetam) um desses blogs que as pessoas falam de si e de coisas que pensam. De si, das coisas e dos outros. Especialmente das coisas. Seja lá o que for "coisas".