Deslize -

Deslize - E você é capaz. Para isso, não se incomode com coisas pequenas, com obstáculos que aparecem do nada, com gente que não vale a pena. Simplesmente leve a sua vida de acordo com os seus valores, seguindo a trilha da sua consciência. Não se deixe levar pela irritação, a raiva; não aceite provocações, não se incomode com a opinião de pessoas mal intencionadas. Não caia nessas armadilhas - é só desgaste e perda de tempo. Agir assim é um desafio diário, mas vale a pena.
- Chuck Palahniuk -

14 setembro 2009

O que Michael Jackson perguntou pra Saint Peter quando chegou no céu?


Fazem uns 5 dias que não para de chover. Nem um minuto sequer.

(faz/fazem: faço um parênteses (e faço outro aqui dentro pra, além de lembrar que deveriam ter chaves e colchetes no teclado dos computadores, caso quiséssemos inserir parênteses dentro de parênteses, como nas equações de matemática, comentar que acho que não existe a ação de FAZER um parênteses. Talvez abrir, e depois fechar, sei lá. E também que o mais correto seria fazer uns parênteses, ou um parêntese, mas como dizer que vou fazer um parêntese se são dois sinaizinhos?) para contar que sempre tive essa dúvida, sobre como usar o “faz” e o “fazem” quando me refiro ao tempo. Eu lembro claramente de aprender isso na aula de português com a professora Isabel (que falava “pedrestes” e sabia que falava, mesmo sendo professora de português. E onde estão os colchetes pra eu usar aqui?), mas absolutamente não lembro da conclusão. Então fica aquela coisa de eu sempre ficar na dúvida de qual usar, pensando que dessa vez vou acertar. Quando a gente sabe que sempre se confunde entre duas alternativas, a gente sempre pensa que agora vai acertar, só que isso nem sempre acontece. Esses dias encontrei uma prima de uma amiga, essa prima é casada com um cara, mas ela já foi casada com outro. Um dos dois era Ricardo, mas eu nunca sei qual, então sempre que encontro acho que vou acertar. Chega na hora H e eu prefiro não arriscar.)

Isso não pode fazer bem. Nem pra mente humana, nem pra vida humana.

Não pra vida humana porque foram diversas enchentes e muitas pessoas desabrigadas e/ou mortas.

Não pra mente humana porque isso enlouquece qualquer um.
Olhar pela janela e não ver nenhum raio de sol não evoca um sorriso nunca. E passar uma manhã e uma tarde sem evocar um sorriso também não pode fazer bem.
Sair na rua e ter que dar aquela corridinha até o carro, molhar um pouco a porta pelo lado de dentro e pisar na poça d`água que, invariavelmente, se forma imediatamente ao lado da entrada do motorista, irrita qualquer um. Mas irrita porque acontece todas as vezes que você quer sair, e já fazem(/faz) 5 dias que acontece, todas as vezes que você quer sair.
Ter que colocar casaco em dia de calor. Ou ter que deixar o calor de lado pra que venha aquele friozinho irritante que acompanha algumas chuvas. Especialmente as ininterruptas por quase uma semana.
Andar com o vidro do carro fechado. Quando tá 35 graus e o ar condicionado é indispensável tudo bem, mas quando não é esse o caso... É uma merda. Eu não gosto de ar condicionado, salvo os calores escaldantes, então ser obrigado a andar com o vidro fechado e ver tudo embaçar é muito irritante. E ter que fazer isso todos os momentos e todos os dias então...
Ah, pra piorar hoje é domingo. E quem nunca ouviu alguém reclamar de domingos chuvosos? E quem nunca reclamou?

Poderia discorrer bem mais sobre o quanto a chuva ininterrupta é massacrante, mas não vou.
Muito porque não sei se é uma boa idéia ficar reclamando de São Pedro. Afinal, ele tem que cuidar do tempo e de todas as pessoas que morrem e chegam no céu. Pelo menos é isso que falam todas as piadas sobre pessoas que chegam lá. Invariavelmente chegam lá e fazem alguma pergunta pra ele. Aí eu fico imaginando um portão grande, apoiado nas nuvens, claro, e ele por ali, tipo um host, abordando cada um que chega.
E muito porque o barulhinho da chuva caindo ali fora, na hora de dormir, dá sono e é uma delícia.

11 setembro 2009

Slowly

De volta aos meus afazeres.
De volta à minha vida.
De volta à minha rotina.


Posso dizer que cumpri com o que tinha combinado comigo mesmo.
Meu telefone ficou constantemente desligado e praticamente não vi meus emails nessas duas semanas. Abri ali o hotmail, vi se não tinha nenhum título que dissesse que alguém estava morrendo e saí. E isso foram apenas duas vezes.
Descansei. Fiz muito nada. Dormi. Fiz mais muitíssimo nada.
Foi simplesmente uma delícia.
Consegui fazer algo que julgava impossível. Eu julgava e sei que tem um dito popular que diz muito claramente que tudo que é bom dura pouco. E todo mundo baixa a cabeça.
Quis discordar. E consegui.
Fiz as minhas duas semanas durarem uma eternidade.
Cada minuto durou bem mais de 60 segundos e cada segundo pareceu gigante. Prestei atenção nos meus segundos inteirinhos. E isso, acreditem, é mágico.
O simples fato de olhar, atentar, sentir. Fazer isso faz o tempo passar devagar, arrastado e, principalmente, pleno.
Fiz o tempo passar devagar.