Deslize -

Deslize - E você é capaz. Para isso, não se incomode com coisas pequenas, com obstáculos que aparecem do nada, com gente que não vale a pena. Simplesmente leve a sua vida de acordo com os seus valores, seguindo a trilha da sua consciência. Não se deixe levar pela irritação, a raiva; não aceite provocações, não se incomode com a opinião de pessoas mal intencionadas. Não caia nessas armadilhas - é só desgaste e perda de tempo. Agir assim é um desafio diário, mas vale a pena.
- Chuck Palahniuk -

01 dezembro 2010

You're with the band.


8 bandas que eu mais comentei, gostei, pensei, senti e ouvi esse ano. As que ficaram mais próximas de mim durante esse 2010. Ano lotado de novidades musicais, mas também, como dá pra ver na lista, com algumas coisas antigas, que simplesmente resolvi que deveriam estar mais nos meus ouvidos. Bandas que descobri aqui, bandas que me aproximei mais aqui, mesmo já conhecendo, e bandas antigas conhecidas e próximas, que só continuaram o sendo. Me dei conta que indicar algumas poucas músicas é bem bem difícil, mas separei algumas (tentei 3) das minhas preferidas.

The XX
Conheci aqui, no início do ano. Conheci e foi uma paixão avassaladora, daquelas que tu nao consegue ficar nenhum dia longe. Ouvia absolutamente todos os dias, o álbum inteiro. De vez em quando, até umas 3 vezes ao dia. Um som calmo, tranquilo, com vozes diferentes, bem únicas, e lindas. Os três (dois caras e uma menina) são uns esquisitos, caras de gente estranha mesmo. O som é completamente delicioso, e sim, eu parei de ouvir todos os dias, mas a cada vez que volto a ouvir, é a exata mesma sensação (muito) boa.
Bom, há pouco tempo fui no show deles. Comprei meses antes o ingresso, não perderia por nada. Não preciso dizer que foi simplesmente sensacional. Aquela música muito alta te deixava dentro daquelas músicas, toda uma outra atmosfera. Eles lançaram o primeiro – e único até agora – CD no ano passado, e desde então o show deles é basicamente o álbum, não se acrescenta muita coisa, mas mesmo assim não perde toda a magia da banda. E ainda não deu pra enjoar. Indicação? “Shelter”, “Crystalized” e “Infinity”.

Madredeus
Conheci no início do ano passado. Já são dois anos de convivência. Essa banda é de uma paz e de uma pureza inigualável. É em português, de Portugal, e a voz da cantora é apaziguante que só ela. Sempre que vou estudar é ela que fica nos meus fones de ouvido, e também sempre que quero relaxar em casa, tomar um vinho, olhar pro nada, pensar na vida... Me agradar. Tenho uma coisa meio egoísta com essa banda, que eu gosto de curtir meio que pra mim, um clima mais meu, mais introspectivo. Talvez também por eu saber que não é todo mundo que gosta, e que praticamente ninguem na minha volta adora. Eu tenho toda a discografia da banda, e são mais de 15 álbuns. Acreditem ou não, eu escuto todos. Indicando, “Maio Maduro Maio”, “Haja o Que Houver” e “Lisboa Rainha do Mar”. Putz, “Oxalá” tambem.

Monarchy
Monarchy leva uma estrelinha. Sou inclinado a dizer que é a melhor banda que eu escutei esse ano. Não só das que descobri esse ano, como é o caso, mas de todas que passaram pelos meus ouvidos em 2010. E tenha certeza que esse número não é nada pequeno. Bom, é um vício, horrível. A banda são 4 caras, mas só aparecem 2, nas reportagens, entrevistas e afins. Mas eles tem uma coisa ainda, absolutamente ninguem sabe quem são eles. Simplesmente não se sabe quem são aqueles dois caras que escrevem, cantam, tocam e se apresentam com umas máscaras. Não existe foto, não existe vídeo, não existe nomes, nada. Amam o assunto espaço/galáxia/universo, vivem nesse mistério, leem Palahniuk (!), e eu poderia citar mais várias coisas incríveis deles, já que acompanho tudo que dá, o que não é muito. Tenho um grave problema, cada vez que eu escuto o CD eu escolho uma música diferente pra ser a minha preferida. Isso muda no dia seguinte, ou na hora seguinte, se eu não consigo me segurar por 24 horas. Indicação (to escutando pra escolher a/as da vez): “Black, The Colour of My Hearth”, “The Phoenix Alive” e “You Don't Want To Dance With Me”.

The Doors
The Doors. (pensei em deixar só assim)
Doors é Doors. (também daria pra deixar assim)
Mas tá. Doors não foi sempre grande pra mim. Sempre vi as camisetas com aquele rosto que é meio do Val Kilmer, meio do Jim Morrison mesmo. Sempre conheci uma meia dúzia de músicas, raramente ouvi uma por livre e espontânea vontade, tirando algumas raras vezes de Light My Fire. Fui formalmente apresentado a eles no início do ano passado, quando, de fato, fui passar a ler, conhecer e curtir cada segundo de cada música. E aí isso cresceu. Foram dois anos de muita companhia. Ouvi, li, ouvi, vi filme, ouvi. Fui até em show, sorry. Vi dois shows de uma cover de Porto Alegre, por sinal bem bem boa.
Esses caras cresceram aqui pertinho, onde eu vou toda semana, na praia de Venice. Isso é muito massa. Tudo bem, indico: “Riders On The Storm”, “People Are Strange” e “Touch Me”.

Angels & Airwaves
Essa é a banda que escuto pra ficar alegre. Ela é realmente mágica pra mim. Uso ela como um remédio, então sempre que estou mais pra baixo e quero sair, já sei qual a única coisa que tenho que fazer: selecionar a banda e apertar play. Bem simples, fácil e rápido. Na verdade, instantâneo. Antes de fechar o primeiro minuto da primeira música do mesmo CD – o segundo – o meu ânimo já é totalmente outro. Isso é estranho, e duradouro. Que bom.
O vocalista é aquele retardado ex do Blink 182, e o baterista é o ex do Offspring. Eles tem um som muito pra cima, e isso foi muito bem comprovado quando fui no show deles. Um baita (baita!) show. Eu conheci essa banda meio sem querer, procurando umas bandas novas, acho que ano passado. Sou viciado no segundo álbum deles, o I-Empire, o que me atrapalha um pouco, pois raríssimamente escuto os outros dois. Indicaciones: “Call to Arms”, “Breathe” e “Love Like Rockets”.

La Roux
A – por mim apelidada – Deusa Vermelha. Vou começar pela indicação: “In For The Kill”. Que música incrível. Coitadas das pessoas na minha volta, mesmo. Eu devo ter escutado mais de 900 vezes esse ano, sendo realista. Conheci La Roux esse ano, depois que cheguei aqui, e venho batendo récordes de vezes que ouvi. Mas é que não tem muito como ser diferente, a Elly – a cantora – tem uma voz sensacional, um estilo sensacional e umas músicas muito deliciosas. E uma música indescritível. Além de um cabelo que parece um sunday do McDonalds. Só que vermelho. Essa gente esquisita que eu adoro, que me chama atenção sempre. Continuando a indicação, “Quicksand” e “Tigerlily”.

Jack Johnson
Aquela coisa que tu pode escutar todos os dias durante toda a tua vida. Som agradável demais, violãozinho, voz tri boa, tranquilidade, sentimento do bem, memórias e mais memórias. É sempre uma delícia ouvir Jack Johnson, não importa em que situação. É, esse conheci ha bastantes anos atrás, não sei bem quantos. Aquela época que “Flake” tocava até em supermercado (ta, o que é um péssimo indício em todos os casos do mundo, tirando esse). A partir de lá fui tendo álbum à álbum e deixando ele fazer cada vez mais parte da minha vida. Tenho sempre lembranças muito felizes, de épocas maravilhosas da minha vida, de ocasiões e pessoas inesquecíveis. Esse ano, aqui, tive uma alegria gigantesca quando consegui ver um show dele. Um showzinho pequeno, numa estrutura pequena em cima do píer de Sta Mônica, onde eu fiquei a uns 10 metros dele. Foi incrivelmente incrível aquela sensação toda. O bem estava ali naquele ambiente. Difícil, mas indico: “Inaudible Melodies”, “In Between Dreams Medley” e “It's All Understood”.

Michael Jackson
Eu nunca deixei completamente de ouvir Michael. Volta e meia ele andava por ali, dando uma cantada nas minhas caixas de som. Mas tive dois grandes momentos dele na minha vida, muito provavelmente os mesmos dois da grande maioria dos brasileiros. A primeira quando ele foi pro Brasil e a segunda agora, depois da morte dele. O que eu tenho de grande com ele é o fato de eu sempre ter dito na minha vida que, se existisse um show na minha vida que eu pagaria todo dinheiro do mundo pra ir, esse show seria o dele. E que se fosse pra eu pensar em uma única pessoa, em termos de grandeza no entreetenimento todo, essa pessoa seria ele. Acho ele um imenso gigante. E, bom, depois do meio do ano passado, ele tem andado mais vezes nos meus ouvidos. Isso já faz um ano e meio, e ele segue grande no meu iTunes. Indicando Michael Jackson: “Heal The World”, “Human Nature” e “The Way You Make Me Feel”. Tá, Free Willy mandou dizer “Will You Be There”.

2 comentários:

Flora Araújo disse...

Eu adoro Jack Johnson, Doors e agora deu vontade ate de beber uma Absolut ouvindo essa sonzera!

w disse...

Essa e a MELHOR garrafa. Nao li o texto, portanto nao vou repetir nenhuma palavra brilhante que tu possa ter usado.